04 julho 2024

ESTER: A MULHER QUE AGIU PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS JUDEUS

(Comentário do 2° tópico da Lição 01: Duas importantes mulheres na história de um povo) 

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, faremos também um resumo da biografia de Ester, uma judia que viveu cerca de cinco séculos depois de Rute. Ester nasceu no cativeiro babilônico, era órfã e foi criada por seu primo Mardoqueu. 

Na sequência, falaremos da ascensão da jovem Ester ao posto de rainha do império persa. Por causa da recusa da rainha Vasti a participar de um banquete do rei Assuero, este resolveu destituí-lo do posto de rainha e fez um concurso e convocou todas as virgens do reino para escolher dentre elas a nova rainha. Seguindo as orientações do seu pai adotivo, Ester participou da seleção e foi a escolhida. 

Por último veremos que, em qualquer circunstância da nossa vida, seja no campo ou no palácio, vale a pena confiar em Deus e ser fiel a Ele, pois os seus princípios são imutáveis. 


1. De Belém para Susã. Partimos da história de Rute, que aconteceu  Belém de Judá, no período dos juízes, e vamos para a história de outra mulher notável, que foi usada por por Deus para livrar do extermínio os descendentes de Abraão. Trata-se da rainha Ester, que viveu em Susã, na Pérsia, cerca de cinco séculos depois de Rute. 

O contexto de Ester era o oposto de Rute. Enquanto Rute era uma estrangeira que se casou com um israelita, Ester era uma judia que se casou com um estrangeiro. A história de Rute aconteceu no campo, em condições de extrema pobreza. A história de Ester, por sua vez, aconteceu no palácio do império persa, durante o reinado de Assuero (Xerxes I, que sucedeu Dario I, em 485 a.C). 

O nome hebraico de Ester era Hadassa, que significa “Murta”, uma planta de folhas perfumadas e belas flores, que eram usadas para confeccionar grinaldas e perfumar os ambientes dos nobres. Ester era o nome persa e significa “estrela”. Ester fazia parte de um grupo de judeus nascidos no cativeiro babilônico. Este cativeiro durou setenta anos e teve o seu fim decretado pelo imperador Ciro, mas muitos judeus não retornaram à sua terra. 


2. De órfã a rainha. Temos poucas informações sobre as origens de Ester. Sabemos apenas que ela era filha de um homem chamado Abiail, que era tio de Mardoqueu (Et 2.14), que ela perdera os pais na infância, e que fora criada por seu primo Mardoqueu (Et 2.7). O texto bíblico nos informa que Mardoqueu era da tribo de Benjamim, filho de Jair e neto de Simei, cujo pai se chamava Quis. Provavelmente era da descendência de Saul, pois o pai de Saul também se chamava Quis e era tribo de Benjamin (Et 2.5).

Ester vivia com o seu pai adotivo em Susã, uma fortaleza do império persa, de onde o rei Assuero governava cento e vinte e sete províncias. No terceiro ano do seu reinado, este rei fez um enorme banquete para as autoridades e os nobre do reino, a fim de mostrar-lhes as glórias do seu reino. Esta festa durou cento e oitenta dias. No final destes dias de festa, o rei fez outro banquete de sete dias para todo povo e se encheram de vinho. 

Tomado pelo vinho, o rei Assuero mandou chamar a rainha Vasti, para que se apresentasse no palácio, a fim de exibir a sua beleza. A rainha se recusou a comparecer e, passado o efeito do vinho, o rei foi aconselhado pelos sábios e destituiu a rainha do seu cargo. Falaremos deste assunto na lição 07.

Os sábios também o aconselharam a convocar todas as moças virgens das províncias e, dentre elas, escolher a nova rainha. O rei acatou o conselho dos sábios, depôs a rainha e fez um decreto convocando as moças virgens de todo o seu reino. Ao saber desta convocação, Mardoqueu preparou Ester, que era muito bela, para também participar e orientou-a a não revelar a sua origem judaica. 

Ester fez como Mardoqueu lhe orientou e, por providência divina, foi escolhida para ser a nova rainha. Esta escolha não foi por acaso, ou simplesmente por sua beleza, pois certamente haviam muitas moças belas, filhas dos nobres. A escolha de Ester foi uma providência de Deus, para salvar o seu povo do extermínio que foi decretado anos depois, como veremos em lições posteriores. 


3. No campo ou no palácio. Rute e Ester viveram em épocas e situações muito diferentes. Enquanto uma era uma pobre viúva, não israelita e que passou por muitas dificuldades, a outra era uma belíssima moça judia, que apesar de ser órfã e viver em terra estranha, tornou-se a rainha de um dos impérios mais poderosos da antiguidade. Estas duas mulheres experimentam a provisão de Deus em tempos de crise e esboçaram as mesmas virtudes. Seja no campo ou no palácio, na extrema pobreza ou no centro do poder, Deus está no controle de tudo e conduz os passos daqueles que lhe são fiéis.  


REFERÊNCIAS: 


QUEIROZ, Silas. O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 3º Trimestre de 2024. Nº 98, pág.36.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2004, p.354

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.RIO DE JANEIRO: CPAD, 2004, p.692

Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2: Josué a Ester. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2005.

CABRAL, Elienai. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

UM CONVITE DE DEUS

(Comentário do primeiro tópico da Lição 01: As promessas de Deus). Ev. WELIANO PIRES No primeiro tópico, tomando como base o capítulo 55 do ...