17 agosto 2021

O MERGULHO NO RIO JORDÃO


Estudaremos neste tópico, os detalhes da cura de Naamã. Depois de receber a carta do rei da Síria, o rei de Israel, ficou irritado, pois entendeu aquela atitude como um pretexto para iniciar uma guerra. 

Eliseu assumiu o protagonismo e falou para o rei de Israel que respondesse ao rei da Síria, pedindo para que Naamã viesse ter com ele e ele saberia que havia Deus em Israel. 

Naamã veio todo pomposo, mas, ficou decepcionado com a forma que Eliseu o recebeu. Ele esperava talvez, que fosse honrado e que Eliseu fizesse as coisas segundo o que ele imaginava. Mas, o profeta não se deixou impressionar.  

Falaremos por último, neste tópico, que Deus opera milagres, mas não o faz com misticismo e superstições. 


1. Eliseu não se impressionou com a pompa. Naamã preparou a sua cavalaria, encheu-se de presentes e foi ter com Eliseu, achando que seria recebido com honrarias. Entretanto, Eliseu não se deixou levar pela pompa do comandante siro e sequer o atendeu pessoalmente. Mandou-lhe um recado, com as instruções sobre como ele deveria proceder para ser curado (2 Rs 5.10).

Um verdadeiro servo de Deus não faz acepção de pessoas. Não trata o rico de forma diferenciada. Ele faz o seu trabalho seguindo as orientações da Palavra de Deus e não para agradar pessoas ricas e importantes. 


2. A decepção e a cura de Naamã. Antes que Naamã chegasse, Eliseu mandou um recado para que ele mergulhasse sete vezes no Rio Jordão. Naamã achou que isso era uma humilhação, pois, segundo ele, os rios de Damasco eram muito melhores. Irritado, Naamã quis voltar para a sua terra, mas, os seus servos o convenceram a fazer o que o profeta mandou.

Naamã fez como Eliseu havia mandado e o milagre aconteceu! A sua pele ficou limpa como a de um bebê. Após ser curado, Naamã ficou muito grato e ofereceu presentes a Eliseu, mas o profeta os recusou. 

Aprendemos aqui que é preciso se humilhar e obedecer para receber um milagre de Deus. Aprendemos também que um verdadeiro homem de Deus não busca recompensas materiais por aquilo que Deus faz através dele. Eliseu vivia na dependência de Deus e não procurava ganhar dinheiro com o seu ministério. Infelizmente, em nossos dias há pessoas oferecendo milagres em troca de ofertas e benefícios pessoais. 


3. Deus ainda opera milagres e não misticismos. A cura de Naamã não está relacionada ao número sete ou ao Rio Jordão e sim à obediência de Naamã. Deus não opera milagres através de numerologia e misticismo. 

Muitas pessoas na atualidade, principalmente os neopentecostais usam números, objetos e locais como amuletos para receber milagres. Isso é uma forma de idolatria. Deus faz milagres: Quando Ele quiser, da forma que Ele quiser, onde Ele quiser, com quem Ele quiser e para atender aos seus propósitos. 


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Pb. Weliano Pires



16 agosto 2021

NAAMĀ, O CHEFE DO EXÉRCITO SÍRIO


No contexto desta lição, o rei de Israel era Jorão filho de Acabe. Havia guerra entre Israel e Síria desde os tempos do rei Acabe. No primeiro confronto, Acabe venceu a guerra, mas, não matou Ben-Hadad, rei da Síria. Depois, Acabe fez uma aliança com Josafá, rei de Judá, e foram à guerra contra os siros, para retomar o território de Ramote de Gileade. O rei da Síria havia dado ordens aos seus soldados para não pelejarem contra ninguém, a não ser contra o rei de Israel. Foi exatamente isso que eles fizeram e Acabe foi morto. 

Nestes confrontos, o exército da Síria capturou alguns prisioneiros israelitas, entre eles, uma adolescente, que foi trabalhar na casa de Naamã, o comandante do exército, que era leproso. 


1. Naamã, um comandante honrado. Naamã era o principal comandante militar do rei da Síria, no reinado de Ben-Hadad. Era reconhecido e honrado por suas habilidades militares. Sob o seu comando, a Síria atacou Israel várias vezes. Por outro lado, este respeitado comandante militar sofria de uma enfermidade da pele que o afligia muito. 

A palavra usada para se referir à doença de Naamã é “sara’at”. Esta palavra é usada para designar vários tipos de doenças de pele. Então, não é possível saber o tipo de lepra que ele tinha e se era contagioso. É certo que se Naamã fosse israelita, teria que viver isolado, pois, a lepra era considerada uma maldição, que contaminava tanto física, como cerimonialmente. Os israelitas não podiam ter contato com leprosos. 

A situação dramática de Naamã nos ensina que, a grandeza material não leva a nada. Mesmo sendo um homem importante, Naamã tinha um problema sério que o afligia e ele era impotente para resolvê-lo. Em nossos dias, muitas pessoas famosas e ricas vivem como se Deus não existisse, confiando apenas na fama e no dinheiro. Mas, há situações em que o dinheiro nada pode fazer. 


2. A escrava, uma testemunha de Deus. Na casa de Naamã trabalhava como escrava, uma jovem israelita, que foi escravizada em uma das incursões militares comandadas por Naamã (2 Rs 5.2). O texto bíblico não revela a idade desta jovem e diz apenas que era uma menina. A história desta menina, que não sabemos sequer o nome ou a ascendência, ganhou destaque importante nas Escrituras.

Esta menina tinha todos os motivos para viver amargurada e também para odiar Naamã e o seu povo. Ela reunia quatro condições desfavoráveis que a tornavam inferior e desacreditada: 

a. Ela era mulher. Naquela época, as mulheres eram desprezadas e não tinham nenhuma participação nas conversas públicas. 

b. Ela era uma criança ou adolescente. A sociedade da época valorizava muito a experiência dos mais velhos e desprezava a opinião de crianças e adolescentes.

c. Ela era estrangeira. Havia naquela época muito nacionalismo e xenofobia. Os estrangeiros, mesmo se não fossem escravos, não eram bem vistos.

c. Ela era escrava. Os escravos não eram tratados como seres humanos. Trabalhavam  duro e recebiam apenas o alimento básico para sobreviver. Não tinha nenhum direito, muito menos de dar opiniões. 


Vemos aqui a importância do testemunho de uma serva de Deus. Certamente, ela dava bom testemunho diante dos seus patrões, senão não teriam levado a sério a sua sugestão. A sua opinião se tornou o assunto de uma reunião do comandante do exército com o rei. Esta menina venceu os seus traumas e medos e tornou-se uma agente de Deus em terra estranha, para curar o seu senhor da lepra. 


3. A caravana de Naamã. Depois que ouviu a informação da menina escrava, sobre o profeta que havia em Samaria  que poderia curá-lo da lepra, Naamã foi  falar com o rei da Síria. O rei entendeu que poderia resolver isso de forma diplomática e enviou uma carta, com presentes ao rei de Israel, pedindo que ele “curasse o seu comandante” (2 Rs 5.7). Ao receber aquela carta, o rei de Israel interpretou esta atitude como uma provocação para a guerra e rasgou as suas vestes em sinal de indignação, pois, segundo ele, não era Deus para curar ninguém (2 Rs 5.7).

Aqui aprendemos que questões espirituais e de relacionamento com Deus não podem ser resolvidas por articulações políticas. Naamã falou com o seu chefe, que falou com o rei de Israel, mas, nenhum deles conseguiu fazer nada. A solução veio através de uma escrava que era serva de Deus e depois de um profeta que não tinha nenhum vínculo com o palácio. 

A política é muito importante para a vida em sociedade. Como cidadãos deste mundo podemos votar, ser votados e participar da política do nosso país, a fim de melhorar a vida das pessoas em nossa sociedade. Entretanto, nas questões espirituais, precisamos falar com Deus e observar a sua palavra. Há dois extremos que devemos evitar: o primeiro é espiritualizar tudo e achar que não precisamos de política; o segundo é espiritualizar tudo e querer transformar a pregação do Evangelho em uma luta política.


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Pb. Weliano Pires

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 8: NAAMÃ É CURADO DA LEPRA


Com esta lição, chegamos ao fim dos estudos sobre o ministério profético de Eliseu. Teríamos muito a estudar sobre este ministério que teve a realização de quatorze milagres, mas, o nosso estudo abrange os dois livros dos Reis. Esta é também a penúltima lição envolvendo o Reino do Norte. Temos apenas mais uma, que será a Lição 10, onde trataremos do cativeiro de Israel ou reino Norte, que ocorreu durante o reinado de Oséias. O povo de Israel foi levado cativo para a Assíria. 


Nesta lição 8, estudaremos sobre um milagre extraordinário, que foi a cura da lepra de Naamã, que era o comandante do exército da Síria. Apesar de ser um excelente estrategista militar e ser orgulho do seu país, Naamã era leproso. 


No primeiro tópico, falaremos sobre Naamã como um comandante militar honrado, devido às muitas batalhas que ele vencera. Entretanto, a lepra o deixava vulnerável e o afligia. Neste contexto, uma adolescente que era prisioneira de guerra e servia em sua casa, testemunhava o sofrimento do seu senhor e falou à sua senhora que o profeta Eliseu poderia curá-lo da lepra. Naamã relatou o caso ao rei da Síria e este enviou uma carta ao rei de Israel, para que ele “curasse ao seu general”. O rei de Israel viu neste pedido, um pretexto para uma guerra.


No segundo tópico, falaremos sobre os detalhes da cura de Naamã. Após a carta do rei da Síria ao rei de Israel, este ficou atemorizado e rasgou as suas vestes, em sinal de desespero. Mas, Eliseu mandou que Naamã viesse ter com ele, para que ele soubesse que havia Deus em Israel. Naamã quando soube, preparou a sua cavalaria, encheu-se de presentes e foi ter com Eliseu, achando que seria recebido com honrarias. Antes que ele chegasse, Eliseu mandou um recado para que ele mergulhasse sete vezes no Rio Jordão. Naamã ficou irritado e quis voltar para a sua terra, mas, os seus servos o convenceram a fazer o que o profeta mandou. O milagre aconteceu! Naamã foi curado da lepra. Depois da cura, ele ofereceu presentes a Eliseu, mas o profeta os recusou. 


No terceiro e último tópico, falaremos sobre Geazi, o moço de Eliseu, que foi acometido de lepra. Geazi não se conformou com o fato do profeta recusar os presentes de Naamã. Sem que Eliseu soubesse, Geazi foi atrás de Naamã. Quando o alcançou disse que Eliseu havia mudado de idéia e inventou uma mentira de que haviam chegado dois dos filhos dos profetas e Eliseu precisaria de um talento de prata e duas mudas de roupas. Naamã, agradecido pela cura, deu não apenas um, mas dois talentos de prata  e duas mudas de roupas. Geazi guardou os presentes e foi-se a Eliseu como se nada tivesse acontecido. Mas, Deus revelou tudo a Eliseu e ele então falou para Geazi que, a lepra de naamã passaria para ele. E assim aconteceu. 


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Pb. Weliano Pires

15 agosto 2021

LIÇÃO 08: NAAMÃ É CURADO DA LEPRA


TEXTO ÁUREO:

Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se, como a carne de um menino, e ficou purificado.” (2 Rs 5.14)


VERDADE PRÁTICA:

"Deus não opera milagres necessariamente segundo nossas expectativas. Ele faz da forma e no momento que lhe apraz."


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Jo 4.46-54 

A fé no que Jesus diz é suficiente para gerar cura

Terça – Mt 10.8 

Jesus deu autoridade aos discípulos para curar em seu nome

Quarta – Tg 5.14,15 

A oração feita com fé é capaz de curar e libertar o pecador

Quinta – Jó 5.8,9 

Os milagres que Deus realiza são inimagináveis

Sexta – At 20.33,34 

Um exemplo contra a cobiça

Sábado – Sl 103.3 

O Senhor tem poder para curar doenças e perdoar pecados


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Reis 5.1-10,14,25-27


1- E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos siros; e era este varão homem valoroso, porém leproso.

2- E saíram tropas da Síria e da terra de Israel levaram presa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã

3- E disse esta à sua senhora: Tomara que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.

4- Então, entrou Naamã e o notificou a seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel

5- Então, disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi e tomou na sua mão dez talentos de prata, e seis mil siclos de ouro, e dez mudas de vestes.

6- E levou a carta ao rei de Israel. dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o restaures da sua lepra.

7- E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim, para eu restaurar a um homem da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim.

8- Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel

9- Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e com o seu carro e parou na porta da casa de Eliseu.

10- Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás purificado.

14- Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se, como a carne de um menino, e ficou purificado.

25- Então, ele entrou e pôs-se diante de seu senhor. E disse-lhe Eliseu: De onde vens, Geazi? E disse: Teu servo não foi nem a uma nem a outra parte.

26- Porém ele lhe disse: Porventura, não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou de sobre o seu carro, a encontrar-te? Era isto ocasião para tomares prata e para tomares vestes, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois, e servos, e servas?

27- Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve.


HINOS SUGERIDOS: 156, 192, 453 da Harpa Cristã


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Esta lição nos impressiona pela forma de Deus operar seus milagres. Eliseu mandou Naamã lavar-se nas águas turvas do Rio Jordão como uma simples demonstração de humildade e obediência. Naamã precisava entender que a cura jamais viria pela ação humana ou por meios naturais. Ela viria, sim, milagrosamente pela graça e pelo poder de Deus. Converse com seus alunos sobre a importância da humildade e da obediência diante da urgência de um milagre. A grandeza, o orgulho e a desobediência não levam a coisa alguma “um grande homem…, porém leproso” (v.1). Naamã obedeceu às orientações do servo do Senhor e foi completamente curado (v.14).


OBJETIVO GERAL:

  • Revelar que Deus deseja curar e salvar a todos.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:


  • Relatar a busca de Naamã por sua cura;
  • Salientar o orgulho e a falta de fé de Naamã;
  • Identificar a ambição de Geazi.


INTRODUÇÃO


A cura da lepra de Naamã nos revela que os métodos de Deus nem sempre são fáceis de compreender. Naamã, o comandante do exército da Síria, precisou exercitar sua obediência e fé, pois tal ato era demasiadamente humilhante para um homem de sua posição. Porém, ao deixar de lado o orgulho e cumprir a rigor o que Eliseu lhe dissera, Naamã alcançou a cura.


Ponto Central: O Senhor trabalha por meios inimagináveis.


1- NAAMĀ, O CHEFE DO EXÉRCITO SÍRIO


1. Naamã, um comandante honrado. Naamã era um ministro do alto escalão do governo da Síria, cuja capital era Damasco. A Síria havia atacado Israel várias vezes (1 Rs 11.25; 20.1,22; 22.31). Naamã era um comandante admirado e respeitado por todos devido às suas muitas vitórias em batalhas. Mas era leproso; e essa doença afetava sua integridade e o deixava vulnerável.


2. A escrava, uma testemunha de Deus. Em uma de suas incursões de guerra contra Israel, Naamã fez uma menina de escrava (2 Rs 5.2). Esta passou a morar na sua casa e, vendo o sofrimento do seu senhor, sugeriu à esposa de Naamã que fosse falar com o profeta Eliseu (2 Rs 5.3). A escrava se tornou uma agente de Deus na casa de Naamã, ainda que na condição de serva. Não importa onde estejamos e nem as nossas condições, sempre haverá uma oportunidade para falarmos de Deus às pessoas.


3. A caravana de Naamã. Naamã acreditou na palavra da escrava e foi até o seu rei a fim de lhe contar o que ela lhe dissera. O rei sírio preparou uma carta ao rei de Israel, recomendando a cura de seu comandante, bem como enviou presentes (2 Rs 5.5). O rei de Israel, ao saber do que se tratava a visita de Naamã, ficou atemorizado e rasgou as suas vestes, pois acreditava ser essa visita, um pretexto do rei sírio para atacá-lo (2 Rs 5.7).


SÍNTESE DO TÓPICO I

O Senhor está pronto para curar. basta que o busquemos e que depositemos nossa confiança e fé nEle.


SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO


A verdadeira aula é um diálogo entre o professor e os alunos; o ideal seria que toda aula fosse como a resposta de uma pergunta dos alunos. Não é bom que somente o professor crie e fale, mas que ouça o aluno falar por sua vez. Não é aconselhável transformar a aula num simples monólogo do professor para uma plateia de ouvintes receptivos e inertes, com o falso pressuposto, mais ou menos generalizado, de que a obrigação do aluno é ouvir, calar e reter.


O verdadeiro ensino não consiste apenas na transferência de conhecimentos de uma cabeça para outra. Ensinar é fazer pensar, é estimular para a identificação e resolução de problemas; é ajudar a criar novos hábitos de pensamento e de ação. O professor deve ser um comunicador dialogal e não um transmissor unilateral de informações.


II – O MERGULHO NO RIO JORDÃO


1. Eliseu não se impressionou com a pompa. Ao saber sobre o que estava acontecendo e o porquê de o rei de Israel ter rasgado as suas vestes, Eliseu disse: “Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel.” (2 Rs 5.8b). Então o comandante Naamã foi até a casa de Eliseu. Porém, ele não o recebeu, mas mandou um mensageiro com as instruções do que ele haveria de fazer para ser curado (2 Rs 5.10).


2. A decepção e a cura de Naamã. O comandante sírio esperava que o profeta o recebesse com honras e que lhe tocasse com as mãos, mas a ordem foi de mergulhar sete vezes no rio Jordão. A decepção de Naamã foi evidente (2 Rs 5.11.12). Foi preciso a intervenção de seus empregados para que a ordem fosse cumprida. Contrariado, o comandante mergulhou sete vezes no rio Jordão e sua pele ficou como a de uma criança; ele estava purificado de sua lepra (2 Rs 5.14)


3. Deus ainda opera milagres e não misticismos. O número sete, que Eliseu usou, representa a perfeição de Deus na simbologia hebraica. Entretanto, o episódio em 2 Reis 5 é o único que relata o uso desse número pelo profeta. Tal fato não nos dá o direito de usar uma forma de numerologia em nossos cultos ou campanhas intermináveis. Podemos e devemos invocar as bênçãos de Deus, pois esperamos o seu agir milagroso. Onde Ele age não é preciso numerologia ou superstição, pois o poder de Deus está acima de tudo isso. E mesmo que não haja um milagre visível, Ele está agindo, pois a fé é confiar nEle mesmo quando as coisas não acontecem do nosso jeito (Hb 11.13) Não por acaso, Jesus disse que “muitos Leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro” (Lc 4.27).


SÍNTESE DO TÓPICO II

Para ser alcançado pelo milagre divino é necessário abandonar o orgulho e a falta de fé


SUBSÍDIO HISTÓRICO-GEOGRÁFICO


Deus cura Naamã (2 Rs 5.8-14) 


Os detalhes descrevem o cenário externo que, entretanto, era apenas incidental em relação ao milagre da cura que Deus realizou através de Eliseu. Ele representava um outro episódio significativo no ministério de Eliseu, e tinha o propósito de demonstrar que só o Senhor é Deus, e que os deuses de outras nações nada representavam. O rio Abana (12), atual Barada, começa nas montanhas do Líbano e corre através de Damasco, e torna possível a existência dessa cidade por causa do oásis formado em seu percurso. O rio Farpar (ou Farfar) não foi identificado tão facilmente como o Abana. É possível que a Bíblia se refira a um rio que começa nas montanhas do Líbano e corre cerca de 16 quilômetros em direção à região sudoeste de Damasco e que, nesse caso, seria chamado de rio de Damasco. Outra sugestão é que o rio Farpar seja uma referência a um afluente do Barada, o Nahr Taura.


[…] O registro da cura de Naamã representa um cativante relato da ‘cura do leproso. Existe aqui um retrato notável sobre: (1) A grandeza que não leva a coisa alguma – um grande homem… porém leproso, 1; (2) O testemunho da fé de uma escrava, 2-4; (3) Um pedido inesperado e humilde, 9-11; (4) Alternativas mais atraentes, 12; (5) A obediência e a cura completa, 13,14″ (Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.349).


III – GEAZI É ACOMETIDO DA LEPRA


1. A rejeição dos presentes. Após a sua cura física e sentimental, Naamã estava disposto a voltar a Eliseu, a fim de lhe presentear (2 Rs 5.15). A Bíblia não deixa claro se esse presente foi o mesmo enviado pelo rei sírio anteriormente; pode ser que o primeiro presente tenha ficado com o rei de Israel. Porém se for o mesmo, a quantia era composta de trezentos e cinquenta quilos de prata, e uns setenta quilos de ouro, e dez mudas de roupas finas; um valor muito grande para ser rejeitado. Mas, mesmo assim, Eliseu rejeitou o presente (2 Rs 5.16).


2. Homens de Deus não se deixam vender. A atitude de Eliseu ao recusar o presente de Naamã revela um comportamento de quem não vende a si mesmo ou as bênçãos de Deus (2 Rs 5.16). Tanto Elias quanto Eliseu eram honestos consigo mesmos e com Deus.


3. Por ganância, Geazi é acometido da lepra. Depois de visitar Eliseu, Naamã partiu para a Síria. Quando Naamã iniciava sua viagem, Geazi, cheio de ganância em seu coração, foi até ele e, mentindo, se apoderou dos presentes oferecidos a Eliseu (2 Rs 5.21-24). Tal atitude nos revela o caráter distorcido de Geazi. Visando o bem material ele mentiu ao comandante sírio, traiu Eliseu e desonrou a Deus. Por isso, o jovem foi acometido de lepra e saiu diante do profeta, “branco como a neve” (2 Rs 5.27).


CONHEÇA MAIS...


“Os que experimentam em sua própria vida o poder da graça divina são os mais capacitados para falar deste assunto. Naamã também se mostra agradecido ao profeta Eliseu, que rejeitou toda a recompensa, não porque cresse que seria ilícita ou porque já teria recebido presentes de outros, mas para mostrar aos sírios que os servos do Deus de Israel consideram as riquezas do mundo com santo desprezo.” 

Para saber mais leia: Comentário Bíblico Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 302.


SÍNTESE DO TÓPICO III

É inadmissível que os servos de Deus negociem milagres e curas do Senhor por presentes ou favores humanos.


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO


O pecado de Geazi foi um pecado complicado.


1. O amor ao dinheiro, aquela raiz de todos os males, estava na base do pecado. Seu senhor desprezou os tesouros de Naamã, mas ele os cobiçou (v.20). Seu coração estava guardado nas bagagens de Naamã e Geazi devia correr atrás dele para pegá-lo. Multidões, por cobiçarem as riquezas do mundo, se traspassaram a si mesmos com muitas dores.


2. Ele censurou a seu senhor por recusar presente de Naamã, condenou-o como tolo por não receber ouro quando podia tê-lo feito, cobiçou e invejou a sua bondade e generosidade a esse estrangeiro, embora fosse para o bem da alma dele. Resumindo, ele se achou mais sábio do que o seu senhor.


3. Quando Naamã, como uma pessoa de maneiras polidas, desceu de sua carruagem para encontrá-lo (v.21), Geazi lhe disse uma mentira deliberada, que o seu senhor o enviara até ele, e assim recebeu, para si mesmo, aquele presente que Naamã pretendia dar ao seu senhor.


4. Ele abusou de seu senhor, e de maneira vil o representou diante de Naamã como alguém que tinha se arrependido de sua generosidade, que era inconstante como quem não sabe o que quer, que dizia e voltava atrás, que não fazia uma coisa honrável, mas que logo devia desfazer novamente. A sua história dos dois filhos dos profetas era tão tola quanto falsa. Se ele tivesse implorado uma oferta para os dois jovens estudantes, com certeza menos do que um talento de prata seria o bastante.


5. Havia o perigo de ele desviar Naamã daquela santa religião à qual acabara de aderir, e diminuir a boa opinião que tinha a respeito dela. Ele poderia então dizer, como os inimigos de Paulo insinuaram a respeito dele (2 Co 12.16,17), que, embora o próprio Eliseu não tivesse sido um peso, ainda sendo astuto, ele o apanhou com fraude, enviando aquele que o cobrava” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Josué a Ester Edição Completa. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.566).


CONCLUSÃO


A cura de Naamã nos mostra que Deus está disposto a perdoar e salvar a todos, independentemente de posição social ou nacionalidade. E, apesar de muitas vezes não compreendermos, o Senhor opera maravilhas de formas diferenciadas (2 Rs 5.11.12). Naamã, a princípio, não havia entendido o caminho para a cura, mas assim que a recebeu, reconheceu o Senhor como único e verdadeiro Deus.


QUESTIONÁRIO


1. Quem era Naamã? 

Naamã era comandante dos exércitos da Síria.


2. Que importância teve a menina escrava na cura de Naamã? 

Ela se tornou uma agente de Deus na casa de Naamã, ainda que na condição de serva.


3. O que Naamã esperava do profeta Eliseu? 

Esperava que o profeta o recebesse com honras e que lhe tocasse com as mãos, mas a ordem foi de mergulhar sete vezes no rio Jordão.


4. Quais curas Naamã recebeu? 

Foi curado da lepra e do orgulho.


5. O que aprendemos com a cura de Naamã? 

A cura de Naamã nos mostra que Deus está disposto a perdoar e salvar a todos, independentemente de posição social ou nacionalidade.


12 agosto 2021

A MORTE QUE HAVIA NA PANELA


Neste terceiro tópico, vamos falar sobre o veneno que foi retirado da panela. Eliseu ordenou que um dos filhos dos profetas preparasse um ensopado para os alunos da escola de profetas. O moço não conhecia muito bem de plantas e acabou escolhendo uma planta venenosa. Eliseu quando soube, ordenou que jogassem farinha na panela e foi neutralizado o efeito do veneno. 

1. A escola de profetas. Segundo os estudiosos da Bíblia, as escolas de profetas surgiram no tempo do profeta Samuel. Na ocasião em que Samuel ungiu a Saul como rei de Israel, há a referência a um grupo de profetas, entre os quais Saul também profetizou, como sinal de que Deus o escolhera para ser rei (1 Sm 10.5,10; 19,20). Depois, estas escolas foram ampliadas e se consolidaram durante a monarquia, nos ministérios de Elias e Eliseu. 

Vemos referências no primeiro livro dos Reis aos “filhos dos profetas” ou discípulos dos profetas em Betel, Jericó e Gilgal. (2 Rs 2.3,5). Estas escolas de profetas possuíam estrutura física e funcionavam no modelo de internato. “E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face, nos é estreito.” (2 Reis 6.1) [grifo meu].

Evidentemente, estas escolas não ensinavam a profetizar, pois, isso é um dom concedido por Deus e ninguém aprende a profetizar. As escolas de profetas tinham o objetivo de ensinar a Palavra de Deus e encorajar os alunos a buscarem a compreensão das Escrituras. 

O currículo ensinado era a Lei de Moisés, especialmente o Livro de Deuteronômio, que continha os princípios da aliança entre Deus e Israel. As escolas de profetas desenvolviam o relacionamento dos alunos com o Senhor, tornando-os resistentes à idolatria e à impiedade que havia nos dias de Elias e Eliseu. Isso, é claro, os tornava alvo de perseguições por parte de reis ímpios como Acabe e Jezabel (1 Rs 18.4). 

Aqui aprendemos a importância de se ensinar a Palavra de Deus pois, somente através do ensino bíblico, poderemos formar pessoas tementes a Deus. O profeta Oséias, usado por Deus, escreveu: “O meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento.” (Os 4.6). Onde não há ensino bíblico, ou o ensino é negligenciado e deturpado, o pecado avança. 

2. A morte na panela. Em uma ocasião, na Escola de profetas de Gilgal, Eliseu ordenou que o seu servo preparasse uma espécie de ensopado para a refeição dos alunos (2 Rs 4.38). Talvez por desconhecimento de plantas, ou quem sabe pela escassez de alimentos, pois o texto bíblico diz que “a fome assolava a região”, o moço escolheu uma planta venenosa chamada de “parra brava” (espécie de trepadeira venenosa) e fez dela um ensopado com os seus frutos (2 Rs 4.39). Quando provaram, os filhos dos profetas se desesperaram e gritaram que havia morte na panela.  (2 Rs 4.40). Confiante em Deus, Eliseu pediu um pouco de farinha, colocou no caldeirão e mandou servir a comida, afirmando que não havia mais perigo algum. 

Mais uma vez, o profeta Eliseu agiu pela fé e Deus operou o milagre. Os filhos dos profetas também tiveram fé ao comer da comida, crendo na Palavra de Deus que estava na boca de Eliseu. Jesus também prometeu aos seus discípulos que, ao pregarem o Evangelho por todo o mundo, os sinais lhes seguiram. Um destes sinais seria “se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum”. (Mc 16.15,16)

É importante ressaltar que, estas pessoas não estavam sendo imprudentes e tentando a Deus. Eles estavam trabalhando para o Senhor e o fato aconteceu por desconhecimento ou escassez. Não podemos sair por aí comendo coisa venenosa e achar que Deus vai fazer milagre e nos salvar da morte. 


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Pb. Weliano Pires

ELISEU AUMENTA O AZEITE DA VIÚVA


Neste segundo tópico, falaremos sobre o milagre do aumento do azeite de uma viúva de um dos filhos dos profetas, que estava desesperada após a morte do marido, pois, ele havia deixado dívidas e os seus filhos seriam levados como escravos. A situação em que viviam as viúvas em Israel naqueles tempos era muito difícil. Não havia previdência social e elas ficavam completamente desamparadas, após a morte do marido. 

Uma botija de azeite foi suficiente para Deus operar o milagre e que a fé, obediência e união familiar também foram determinantes para que o milagre acontecesse. 

1. A situação das viúvas em Israel. Nos tempos bíblicos, a vida das mulheres era muito difícil, pois elas não podiam estudar ou trabalhar fora como hoje. Dependiam totalmente dos maridos para sobreviver.  No caso das viúvas, passavam a depender do filho primogênito. Se não tivesse filhos ou tivesse apenas filhos menores, estaria completamente desamparada, pois não havia seguridade social como hoje. 

Para piorar a situação das viúvas, as dívidas não eram quitadas com a morte do marido e os credores levavam os filhos do devedor como escravos. A lei mosaica proibia que os israelitas fizessem entre eles, mas eram tempos de apostasia, onde não se respeitava a Lei de Deus. 

Esta viúva ficou em uma situação desesperadora: falta de renda para se manter, dívidas e a ameaça de perder os filhos. Ela decidiu apelar para o homem de Deus e Deus ouviu o seu clamor. 


Este episódio nos alerta para a necessidade de cuidar da nossa família, tanto em vida, quanto planejar o futuro. A situação hoje é muito diferente daquela época, pois hoje temos a previdência social e vários auxílios do governo. Mesmo assim, muitos crentes partem para a eternidade, deixando a família desamparada, inclusive pastores, pregadores e cantores, que não fazem seguro de vida e não pagam o INSS. O apóstolo Paulo escreveu que “aquele que não cuida da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”. (1 Tm 5.8).


2. Uma única botija de azeite foi suficiente para Deus operar o milagre. Eliseu, ouvindo o relato da situação dramática daquela viúva, perguntou o que ela tinha em casa. Ela respondeu que tinha apenas uma botija de azeite. O profeta falou para ela pegar vasos emprestados com os vizinhos, entrar em sua casa com os filhos e fechar a porta. Depois, ela deveria despejar o azeite nos vasos que pegara emprestado (2 Rs 4.2-4).

Aprendemos aqui que, Deus não precisa de grandes coisas para operar milagres. Ele opera o milagre, com o pouco que temos. A mulher tinha apenas uma botija de azeite e Deus usou apenas o que ela tinha e multiplicou.

Outra coisa importante que aprendemos com esta mulher é a importância do bom relacionamento com os vizinhos. Imagine se esta mulher fosse intrigada com as vizinhas! Onde iria conseguir vasos emprestados? O crente deve se afastar do pecado e da roda dos escarnecedores. Mas, não precisa se afastar das pessoas. Precisamos ser bons vizinhos, bons colegas de trabalho, bons colegas na escola e bons amigos. 

3. Fé, obediência e família unida. Além do bom relacionamento com os vizinhos, mais três coisas foram muito importantes na vida dessa mulher: a fé, a obediência e a união familiar. 

a. Fé. A fé é o principal requisito para que aconteça um milagre. Em Hebreus 11.6, lemos que “sem fé é impossível agradar a Deus”. Onde não há fé, não pode haver milagre. A fé é a confiança inabalável em Deus e na sua Palavra. A mulher ouviu a palavra do profeta, que naquela época era a Palavra de Deus, e creu. Se ela não cresse, não faria o que ele falou. 

b. Obediência. A obediência é a fé em prática. Tiago disse que a fé sem obras é morta. Não adianta alguém dizer que tem fé e não obedecer à Palavra de Deus. Portanto, a obediência é o complemento da fé. 

c. União familiar. O profeta ordenou que a mulher fechasse a porta e realizasse o processo com o azeite, entre a sua família. Se ela tivesse problemas familiares, ou algum incrédulo entre eles, iria murmurar ou sairia contando o segredo familiar e o milagre não aconteceria. Isso nos ensina que não devemos envolver pessoas de fora na intimidade familiar. Deus se agrada de uma família unida e indissolúvel. Na bonança ou na escassez, a família precisa estar unida.


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Pb. Weliano Pires

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