29 junho 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 01: A ASCENSÃO DE SALOMÃO E A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

Graças a Deus iniciamos mais um trimestre de estudos em nossa Escola Bíblia Dominical, com o tema: O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação — As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. O nosso estudo engloba um período de 384 anos (970 a.C a 586 a.C). É um período muito longo e com muitos acontecimentos. Evidentemente, não daria para estudar tudo em treze lições. Portanto, o assunto está bem resumido e alguns reinados ficarão de fora. 

O comentarista deste trimestre é o Pr. Claiton Ivan Pommerening, que é pastor auxiliar na Assembléia de Deus em Joinville (SC); doutor e mestre em Teologia; escritor e comentarista de Lições Bíblicas da CPAD; membro do Conselho Geral Rede Assembleiana de Ensino; diretor da Faculdade Refidim e do Colégio CEEDUC em Joinville – SC; e editor executivo da revista REPAS/CEC/CGADB.

Devido à quantidade de assuntos a serem tratados em pouco tempo, não teremos uma lição introdutória, como de costume. Já na primeira lição, iniciamos falando sobre a ascensão de Salomão ao reino e a construção do Templo. Salomão era o filho de Davi com a viúva de Urias, o soldado que foi traído e covardemente assassinado a mando de Davi, que tivera uma relação adúltera com a esposa dele. Para não ser descoberto, acabou tramando com Joabe, comandante do Exército, para que colocasse Urias na frente da batalha, para que morresse. 

Davi desejava construir o templo, mas, Deus não permitiu, porque ele foi um rei guerreiro e matou muita gente. (1 Cr 28.3). Mas, Deus lhe prometeu que daria paz e o seu sucessor no reino o faria.  Davi, então, adquiriu o local e juntou todo o material necessário para a construção do Templo. 

O primeiro livro dos Reis inicia falando da velhice e dos últimos dias de Davi. Durante este período, Adonias, filho de Davi e Hagite, que por ordem de idade era o quarto filho e o mais velho entre os vivos, se autoproclamou rei (1 Rs 1.5). Mas, Deus já havia dito a Davi que Salomão seria o seu sucessor. (1 Cr 22.9-10). Humanamente falando, era muito difícil impedir que Adonias reinasse, pois ele tinha o apoio de Joabe, o comandante do exército e de Abiatar o sumo sacerdote, líder religioso. Mas, Natã, o profeta aconselhou Batseba a conversar com Davi e ele constituiu Salomão como rei. 

Antes de morrer, Davi deu alguns conselhos a Salomão e o orientou a resolver algumas pendências do seu reino, como os casos de Joabe, Barzilai e Simei. Davi o orientou também a obedecer a Lei do Senhor. 

Nesta primeira lição, estudaremos três tópicos: a sabedoria de Salomão, a consolidação do poder de Salomão e a construção do templo. No primeiro tópico, falando sobre a sabedoria de Salomão, falaremos sobre a virtude de Salomão ao fazer o seu pedido a Deus por sabedoria. Poderia ter pedido riquezas ou a morte dos seus inimigos, mas preferiu ser sábio. Depois, falaremos sobre a humildade de Salomão, ao reconhecer a própria incapacidade e pedir sabedoria a Deus. Por último, falaremos sobre a sabedoria na vida prática, estabelecendo as diferenças entre a sabedoria que vem de Deus e a sabedoria terrena. 

No segundo tópico, falaremos sobre a consolidação do poder de Salomão. Discorreremos sobre a glória  e riquezas do reino salomônico no auge do poder. Depois, analisaremos as concessões indevidas que ele fez, que pouco a pouco foram corrompendo-lhe o coração e o levaram à idolatria e a outros pecados.

No terceiro e último tópico, falaremos sobre a construção do templo. No início do seu reinado, Salomão tinha o nobre propósito de edificar a casa do Senhor, cuja incumbência recebera do seu pai, Davi. Salomão não poupou esforços e não economizou recursos na construção. Fez com materiais de altíssima qualidade, pois, era para Deus e ele entendia que para Deus devemos fazer o melhor que podemos. Falaremos também neste terceiro tópico sobre as duas manifestações da Glória do Senhor no templo, quando os sacerdotes introduziram a arca e quando Salomão inaugurou o templo. 

Pb. Weliano Pires


28 junho 2021

INTRODUÇÃO AO 3º TRIMESTRE DE 2021



Neste 3º trimestre de 2021, estudaremos o tema: O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação — As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. O nosso estudo engloba um período de 384 anos (970 a.C a 586 a.C). É um período muito longo e com muitos acontecimentos. Evidentemente, não daria para estudar tudo em treze lições. Portanto, o assunto está bem resumido e alguns reinados ficarão de fora. 


O COMENTARISTA


O comentarista é o Pr. Claiton Ivan Pommerening, que é pastor auxiliar na Assembléia de Deus em Joinville (SC). Pr. Claiton é doutor e mestre em Teologia; escritor, membro do Conselho Geral Rede Assembleiana de Ensino; diretor da Faculdade Refidim e do Colégio CEEDUC em Joinville – SC; e editor executivo da revista REPAS/CEC/CGADB. Ele foi comentarista da Revista de Jovens e adultos do 4º trimestre de 2015, com o título: A Obra da Salvação — Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida; e da Revista de Jovens do 3º Trimestre de 2016, com o título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim. 


A POLÊMICA


Surgiu uma polêmica envolvendo o comentarista. Ele foi acusado de defender algumas ideologias que são contrárias à nossa declaração de fé, como o Marxismo, a Teologia da Libertação e o Ecumenismo. Alguns ministérios ligados à Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil chegaram a proibir o estudo desta lição, substituindo-a pela revista dos jovens. Mas, conforme a explicação da CPAD e da CGADB, as lições foram submetidas ao crivo do consultor doutrinário da CPAD, Pr. Elienai Cabral, e ao Conselho de Doutrina da CGADB, que aprovaram o conteúdo da Revista e a ortodoxia doutrinária do comentarista. 


As acusações dizem respeito a textos publicados pelo autor em suas teses e não ao conteúdo da Revista. Eu não li toda a revista ainda e asseguro aos meus alunos e leitores que, tenho total independência e compromisso com a ortodoxia bíblica. Caso verifique qualquer apoio a estas ou outras ideologias antibíblicas, farei as devidas contestações.


OS LIVROS DOS REIS


O conteúdo do nosso estudo neste trimestre está registrado nos Livros de 1 e 2 Reis. Na Bíblia hebraica, estes livros estão incluídos entre os profetas anteriores, que são os livros de Josué, Juízes, Samuel (um único livro) e Reis (também um único livro). Entretanto, os dois livros dos reis, em um único volume, ficaram muito grandes. Naquela época não havia papel, nem impressão. Os textos bíblicos eram copiados manualmente, em um material chamado papiro, feito de tiras desta planta, que era muito abundante no Egito. 

Na tradução do hebraico, para a versão grega, chamada de Septuaginta, os livros dos reis foram divididos em quatro volumes: 1 Reis (1 Samuel), 2 Reis (2 Samuel), 3 Reis (1 Reis) e 4 Reis (2 Reis). Na tradução para a língua portuguesa, a Bíblia foi organizada por assuntos e, dessa forma, os livros foram agrupados entre os chamados livros históricos que vai de Josué a Ester e os livros dos reis foram separados em quatros volumes: 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. 


AS TREZE LIÇÕES DO TRIMESTRE


Neste trimestre, devido à quantidade de assuntos a serem tratados em pouco tempo, não teremos uma lição introdutória, como de costume. Logo na primeira lição, já iniciamos com a ascensão de Salomão ao reino e a construção do Templo. Salomão foi o filho de Davi com a viúva de Urias, o soldado que foi traído e covardemente assassinado a mando de Davi, que tivera uma relação adúltera com a esposa dele. Para não ser descoberto, acabou tramando com Joabe, comandante do Exército, para que colocasse Urias na frente da batalha, para que morresse.

O primeiro filho desta relação morreu. O segundo filho foi Salomão e Deus o amou e disse que ele seria o sucessor de Davi no reino. (2 Sm 12.24). O profeta Natã, chamou o seu nome Jedidias, que significa “amado pelo Senhor” e Davi o chamou Salomão, que deriva de “Shalom” e significa paz. 

Na velhice de Davi, o seu filho Adonias usurpou o trono, mas o profeta Natã junto com Batseba, a mãe de Salomão, avisaram a Davi e este constituiu Salomão como rei. Salomão assumiu o trono com a missão de construir o Templo. O seu pai havia deixado tudo preparado para isso. Davi foi um grande guerreiro e conquistou praticamente todo o território prometido por Deus a Abraão. Foi a maior extensão territorial que Israel já possuiu durante toda a sua história. Deus prometeu a Davi, que haveria paz em Israel nos dias do seu filho Salomão, para que ele pudesse construir o templo. 

Quando assumiu o trono, Salomão reuniu o povo e fez uma longa oração a Deus. Deus respondeu a Salomão e disse para ele pedir o que quisesse. Salomão pediu a Deus, sabedoria para governar o seu povo. Deus disse que, como ele não pedira riquezas, nem a morte dos seus inimigos, lhe daria sabedoria, como ele havia pedido, mas também lhe daria riquezas e paz. De fato, Salomão foi o rei mais sábio e mais rico da história, e durante o seu reinado não houve guerras. Todas as nações do mundo queriam ser amigas dele e lhe davam presentes. 

Entretanto, apesar de ser sábio, rico e temente a Deus, Salomão também cometeu alguns erros. O primeiro deles foram os chamados casamentos políticos. Salomão buscou a amizade com outras nações casando com filhas de reis estrangeiros Ele não precisava disso, pois, Deus havia lhe prometido a paz. Além disso, os casamentos mistos eram proibidos na Lei de Deus. O resultado destes casamentos foi um desastre para o final da sua vida. As mulheres lhe perverteram o coração e o levaram à idolatria. Deus o repreendeu e disse que não lhe tiraria o reino, por causa da aliança feita com o seu pai Davi. Mas, entregaria dez tribos ao seu servo, nos dias do seu filho. Este será o assunto da lição 02. 

Após a morte de Salomão, o seu filho Roboão assumiu o trono. O povo de Israel reclamou com ele que o seu pai havia lhes imposto uma carga tributária muito alta. Roboão chamou os anciãos de Israel e perguntou o que ele deveria responder ao povo. Os anciãos, de forma sábia, disseram que o povo tinha razão e que ele deveria aliviar os tributos. Roboão, então, resolveu se aconselhar com os jovens da sua idade e estes o aconselharam o contrário. Disseram que ele deveria ser mais duro ainda e responder ao povo que iria piorar a situação. Isso, evidentemente, causou a revolta de dez tribos, que seguiram a Jeroboão, o servo de Salomão e o constituiram rei sobre si, ficando apenas as tribos de Judá e Benjamim com a família de Davi. Roboão quis fazer guerra contra Jeroboão, mas Deus proibiu e ele desistiu (1 Rs 12.21-24).

Este será o assunto estudado na Lição 2: O reino dividido: Jeroboão e Roboão. Jeroboão, ao assumir o reino do Norte, teve medo de que o povo ao subir a Jerusalém para adorar a Deus no Templo, sentisse saudades e desistisse de apoiá-lo. Então ele criou a adoração aos bezerros de ouro, em Betel, e estabeleceu falsos sacerdotes, para queimarem incensos e oferecerem sacrifícios neste altar. Jeroboão ficou conhecido como “aquele que fez Israel pecar''. Por isso, a sua dinastia não prosperou. O seu filho Nadabe assumiu o trono, mas, reinou apenas dois anos e foi morto por Baasa. Baasa também foi mau, seguindo os caminhos de Jeroboão. Reinou 24 anos no Reino do Norte. O seu filho Elá reinou durante dois anos e foi morto quando estava embriagado, pelo seu general Zinri, que usurpou o trono. Zinri exterminou todos os descendentes de Baasa, cumprindo a profecia do profeta Jeú. Mas, o reinado de Zinri, também não prosperou. Ele reinou apenas sete dias. Houve uma divisão entre o povo e a metade seguiu a Onri, comandante do Exército, que venceu Zinri e assumiu o trono. Onri reinou doze anos e, apesar de ser ímpio, foi um estadista muito importante. Foi ele que edificou a cidade de Samaria e a transformou na capital do reino do Norte. Onri é o pai de Acabe, que será o assunto da lição 3. 

Nas lições 3 a 8, o nosso estudo será voltado para os ministérios proféticos de Elias e Eliseu. Na lição 3, falaremos do confronto entre o rei Acabe e o profeta Elias. Na lição 4, veremos o confronto entre Elias e os profetas de Aserá e Baal, ocorrido no monte Carmelo, onde desceu fogo do Céu e consumiu completamente o altar, bezerro, pedras, lenha e até a água. Na ocasião, Elias mandou exterminar os falsos profetas. 

Na lição 5, falaremos sobre o reinado de Acazias, filho de Acabe, seu sucessor no reino. Acazias assumiu o trono e serviu publicamente a Baal. Por causa disso, ele adoeceu de uma doença mortal e mandou consultar a Baal-Zebul, deus de Ecrom, para saber se sararia desta doença. Deus, então, mandou o profeta Elias ao encontro dos mensageiros deste rei e perguntar-lhes se não havia Deus em Israel, para ele consultar Baal-Zebul. Em seguida, Deus mandou dizer que ele não sararia desta doença, mas, certamente seria morto. Os mensageiros retornaram a Acazias com aquela sentença e ele enviou um capitão com cinquenta homens, para que Elias comparecesse ao palácio. Elias disse: 

- Se eu sou homem de Deus, desça fogo do Céu e consuma a ti aos teus cinquenta soldados. 

O rei tornou a enviar outro capitão com cinquenta soldados e aconteceu a mesma coisa. Na terceira tentativa, o capitão se prostrou diante do profeta e implorou para que ele fosse. Desta vez, Elias foi e entregou a sentença de morte ao rei Acazias. 

Na Lição 6, falaremos sobre O profeta Elias e Eliseu, seu sucessor. Falaremos sobre o final do ministério de Elias, a despedida de Elias e Eliseu, o pedido corajoso de Eliseu, o arrebatamento de Elias ao Céu e a concretização do ministério profético de Eliseu, como autêntico sucessor de Elias. 

Continuando, na Lição 7 falaremos sobre O ministério de Eliseu, destacando alguns milagres, como confirmação do seu ministério profético. Falaremos um pouco sobre zelo do Senhor pelo Seu povo, mesmo durante o reinado de ímpios, socorrendo a viúva de Sarepta. Falaremos também sobre a relação entre fé e obediência. 

Na lição 8, estudaremos o episódio em que o general siro, Naamã, é curado da lepra. Nesta lição veremos três pontos importantes: a busca de Naamã pela cura, o orgulho de Naamã diante da  ordem de Eliseu e a ambição de Geazi, o moço de Eliseu. 

Na lição 9, vamos estudar o reinado de Joás, que foi rei de Judá, o chamado Reino do Sul, onde reinava a descendência de Davi. Havia uma profecia de Elias, de que a casa de Acabe inteira seria exterminada. Deus levantou no Reino do Norte, um rei chamado Jeú, para esta missão. O rei Josafá, do Reino do Sul, era um rei bom e temente a Deus. Mas, ele cometeu o erro de fazer amizade com Acabe que foi um dos piores reis de Israel.

Jeorão, filho de Josafá, casou-se com Atalia, filha de Acabe. Acazias, filho deste casal, foi o sucessor no Reino do Sul. Na matança que Jeú fez dos descendentes de Acabe, matou também Acazias, rei de Judá, que era neto de Acabe. A sua mãe, Atalia, se revoltou e mandou matar toda a família real do Reino do Sul e assumiu o trono, reinando por seis anos. O sacerdote Joiada escondeu a Joás, filho do rei Acazias, que era criança. Aos sete anos, ele foi ungido rei e Atalia foi morta. Joás foi um bom rei, durante a vida do Sacerdote Joiada que o ungiu rei. Mas, após a morte do seu tutor, ele se entregou à idolatria, injustiças e impiedade. O castigo divino não demorou. O seu reino foi invadido pela Síria e os seus próprios servos conspiraram contra ele e o mataram. 

Na lição 10, estudaremos o final trágico das dez tribos, com o cativeiro de Israel: reino do norte. Falaremos sobre as injustiças e distanciamento de Deus por parte dos reis de Israel, que o levaram à decadência política, social, moral e espiritual. Israel insistiu na idolatria e no sincretismo religioso, apesar das muitas advertências dos profetas. Então, Deus permitiu que a Assíria os levasse para o cativeiro e eles nunca mais voltaram. O rei da Assíria trouxe outros povos para habitar na região. 

A partir da lição 11 não existe mais o Reino do Norte. Estudaremos, então, os reinados de dois reis de Judá que foram justos e fizeram reformas religiosas importantes. Na lição 11 faremos sobre O reinado de Ezequias. A lição mostra a integridade do reinado de Ezequias; as afrontas de Senaqueribe, rei da Síria; e o final trágico deste rei, que foi morto pelos próprios filhos, depois que um anjo do Senhor matou 185 mil soldados do seu exército, em resposta à oração de Ezequias. 

Na Lição 12, falaremos sobre O reinado de Josias. Josias era filho do rei Amom, que foi um péssimo rei. Os seus servos conspiraram contra ele e o mataram em sua própria casa. Mas, o povo de Judá se uniu, matou os conspiradores e constituíram o seu filho Josias como rei, com apenas oito anos de idade. (2 Rs 21.23,24). Josias foi o último dos reis justos da descendência de Davi. Foi considerado o melhor rei de Judá, no aspecto espiritual. (2 Rs 23.25). 

No décimo oitavo ano do seu reino, Hilquias, o sumo sacerdote encontrou o Livro da Lei no templo e o entregou ao escrivão Safã, que o leu diante do rei. Ouvindo as palavras da Lei, Josias rasgou as suas vestes em sinal de humilhação. Depois, mandou consultar ao Senhor, através da profetisa Hulda. A profetisa entregou a mensagem de Deus, dizendo que Deus traria julgamento sobre o Reino do Sul, por causa dos pecados cometidos. Entretanto, devido a humilhação do rei Josias diante de Deus, ele e seu reinado seriam poupados deste julgamento que viria depois da sua morte. Josias renovou a aliança com o Senhor: mandou reparar o templo; derrubou os altares e retirou todos os ídolos e os queimou fora de Jerusalém; e mandou também celebrar a Páscoa. 

Por último, na Lição 13, falaremos sobre O cativeiro de Judá. Da mesma forma que fizera o Reino do Norte, mesmo diante de inúmeros alertas dos profetas, o Reino do Sul também não deu ouvidos e Deus os entregou ao cativeiro babilônico. Após a morte de Josias, o seu filho Jeoacaz reinou em seu lugar e não seguiu os passos do pai. Reinou apenas três meses e o rei do Egito, Faraó Neco, mandou prendê-lo e constituiu o seu irmão Eliaquim como rei, a quem deu o nome de Jeoaquim. 

Jeoaquim também foi mau e nos seus dias, Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu Jerusalém e a dominou por três anos. Depois de três anos, Jeoaquim se rebelou e foi levado prisioneiro para a babilônia. O seu filho Joaquim ficou em seu lugar, como preposto da Babilônia em Jerusalém por três meses. Joaquim também era ímpio e, durante o seu governo, Nabucodonosor mandou levá-lo à Babilônia, junto com os utensílios de ouro do Templo, e estabeleceu a Zedequias, seu irmão, como governante. 

Zedequias reinou por onze anos sob o domínio babilônico. Foi um rei ímpio e, mesmo ouvindo as profecias de Jeremias, não deu ouvidos e se rebelou contra Nabucodonosor. O exército babilônico, então, destruiu Jerusalém e o templo e levou o povo cativo para o cativeiro, que durou 70 anos. 


Bons estudos! 


Pb. Weliano Pires


27 junho 2021

Lição 01: A Ascensão de Salomão e a Construção do Templo



TEXTO ÁUREO: 

“E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor.” (1 Rs 8.11)

VERDADE PRÁTICA: 

O pedido de sabedoria feito por Salomão a Deus aponta para a maturidade espiritual que Deus deseja para seus filhos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Tg 1.5 - Deus concede sabedoria àqueles que pedem

Terça – Pv 2.6 - A sabedoria provém do Senhor

Quarta – Sl 37.30 - O homem justo profere palavras sábias

Quinta – Cl 4.5-6  - Falar com sabedoria produz melhores relacionamentos

Sexta – Tg 4.6 - Deus não compactua com os orgulhosos

Sábado – Pv 29.23 - A pessoa que se afasta do orgulho será honrada

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Reis 4:29-34; 6.1,11-14

1 Reis 4

29 E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar.

30 E era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios.

31 E era ele ainda mais sábio do que todos os homens, e do que Etã, ezraíta, e Hemã, e Calcol, e Darda, filhos de Maol; e correu o seu nome por todas as nações em redor.

32 E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.

33 Também falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais e das aves, dos répteis e dos peixes.

34 E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão, e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.

1 Reis 6

1 E sucedeu que no ano de quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de Zive (este é o mês segundo), começou a edificar a casa do SENHOR.

11 Então veio a palavra do Senhor a Salomão, dizendo:

12 Quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos meus estatutos, e fizeres os meus juízos, e guardares todos os meus mandamentos, andando neles, confirmarei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai;

13 E habitarei no meio dos filhos de Israel, e não desampararei o meu povo de Israel.

14 Assim edificou Salomão aquela casa, e a acabou.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR 

Comece a aula perguntando a seus alunos qual a diferença entre inteligência e sabedoria. Sabedoria é uma habilidade ou uma virtude? Deixe a turma debater por algum tempo sobre a distinção desses dois termos antes de iniciar a introdução da aula propriamente. É importante também debater sobre a relação entre sabedoria e astúcia ou esperteza. Uma pessoa astuta pode ser considerada sábia? Que relação tem a sabedoria de Salomão com a prosperidade de Israel sob seu governo?

A seguir, encaminhe seus alunos para a conclusão demonstrando que, enquanto o conhecimento representa as nossas experiências e aprendizagens adquiridas do mundo exterior, a sabedoria, especialmente a proveniente de Deus, nos dá a condição de transformarmos estes conhecimentos em prática de vida, a fim de mantermos o equilíbrio, a coesão e a justiça.

Não deixe de apresentar o comentarista da lição. Trata-se do pastor Claiton Pommerening, doutor e mestre em Teologia; membro do Conselho Geral da RAE – Rede Assembleiana de Ensino; autor de obras editadas pela CPAD; diretor da Faculdade Refidim e do Colégio CEEDUC (Joinville – SC); editor executivo da revista REPAS/CEC/CGADB; pastor auxiliar na Assembléia de Deus em Joinville (SC).

OBJETIVO GERAL:

  • Expor a necessidade de permanecer em comunhão com Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

  • Evidenciar as virtudes de Salomão;
  • Destacar o comportamento orgulhoso de Salomão no fim de sua vida;
  • Apontar os feitos de Salomão.

INTRODUÇÃO

Por amor ao Rei Davi, Deus permitiu que Salomão estabelecesse o reino sólido, próspero, justo, cheio de glória e poder. Foi durante o reinado de Salomão em Israel que atingiu seu apogeu na história. Entretanto, mesmo diante de todas essas grandezas, promovida por sua sabedoria, e se destacado, o monarca se deixou levar por interesses políticos e desejos pecaminosos.

I – A SABEDORIA DE SALOMÃO

1. A Virtude de Salomão. Antes mesmo de receber a sabedoria como um  dom divino, Salomão já apresentava alguns traços desta virtude, pois ao ser inquirido por Deus quanto a qualquer perdido que quisesse me fazer (1Rs 3.5), o grande rei escolherá a sabedoria, que se depreende o quanto já era sábio. Ora, se fosse ganancioso pediria dinheiro, se fosse orgulhoso pediria glória, se fosse vaidoso pediria muitos dias de vida, se fosse vingativo pediria a morte dos inimigos (1Rs 3.11,13; 2Cr 1.10). Mas de que adiantaria todas essas coisas se lhe faltasse a sabedoria? Salomão teve um elevado senso de prioridade ao pedir a Deus a coisa certa.

2. O sábio pede sabedoria. Ao pedir sabedoria de Salomão se mostrou um homem humilde, e isso pode ser constatado em uma das respostas que deu ao Senhor: ” Sou ainda menino pequeno, não sei como sair, nem como entrar” (1Rs 3.7b). Significa que ele tinha plena consciência da grandeza de sua tarefa (1Rs 3.8), não permitindo que a imponência do seu reinado me conduzisse à prepotência. Ao contrário, demonstrou profundo autoconhecimento, o que é peculiar a toda pessoa sábia.

3. A sabedoria na prática de vida. Tiago escreveu em sua epístola que existe uma falsa sabedoria que se evidencia pela inveja e sentimento faccioso. Nossa sabedoria não vem de Deus, mas é terrena animal e diabólica (Tg 3.15). É fruto de ciúmes, divisionista, perturbação e obras perversas (Tg 3.16). No entanto, o apóstolo asseverou que se alguém não tem sabedoria peça a Deus que a todos dê liberalmente (Tg 1.5). As características dessa virtude que vem do alto são a pureza, a pacificação, a prudência, a benevolência, a misericórdia, os bons frutos, a imparcialidade e a sinceridade (Tg 3.17)

SÍNTESE DO TÓPICO I 

A virtude deve ser uma marca do Cristão autêntico. A partir de uma vida virtuosa, os filhos de Deus serão abençoados em tudo que fizerem.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

A tragédia de vida de Salomão não foi uma catástrofe pessoal repentina, mas a diminuição gradual de sua completa devoção à Deus. Isso está relacionado com os interesses de suas “muitas esposas”, resultando em sua própria adoração idolátrica. Ele trilhou o repetido caminho para longe de Deus: o conhecimento do coração tornou-se somente o entendimento da mente e o conhecimento da mente, no final, deu lugar à apostasia total.

Pergunte se a seus alunos se a sabedoria, ou conhecimento cultivado de Deus, é garantia de lealdade contínua ao Senhor. Promovam o pequeno debate sobre o assunto, e peça a ele que procure na Bíblia outros exemplos semelhantes.

II – A CONSOLIDAÇÃO DO PODER

1. A glória do reino de Salomão. O reinado de Salomão não apenas se tornou amplo em termos territoriais, mas foi firmado e estabelecido em paz e justiça (1Rs 4.24). O povo de Judá e Israel tinha tanta fartura e vivia em tão boas condições que podia até festejar e se alegrar (1Rs 4.20). Todos os governos, quando administrados sob essas premissas, se tornam duradouros trazendo ao povo paz e segurança (1Rs 4.25a).

2. O orgulho precede a ruína. Infelizmente, até mesmo os homens mais sábios estão sujeitos à queda quando deixam de temer a Deus e entram por caminhos tortuosos. Os desvios de Salomão foram chegando aos poucos, à medida que fazia pequenas concessões em seu coração e estabelecia acordos e conchavos políticos que deterioraram sorrateiramente seus valores espirituais (1Rs 11.1,2). Salomão enganou a si mesmo pela ganância e pela sede de poder que deixou invadir seu coração. Todavia, é importante destacar que isso não aconteceu no início do seu reinado (1Rs 11.4-6). Essa degradação de valores começou conforme Salomão permitia que pequenos desvios assumissem proporções gigantescas.

SÍNTESE DO TÓPICO II

Devemos ter cuidado com as concessões que fazemos, pois uma vida de entrega ao pecado começa com pequenos deslizes.

SUBSÍDIO DEVOCIONAL

2 Crônicas 1.11,12 

Salomão poderia pedir qualquer coisa, porém pediu sabedoria para governar a nação. Pelo fato de Deus ter aprovado a forma como rei definir suas prioridades, dele também prosperidade, riqueza e Honra. Jesus também falou a respeito de prioridades. Ele disse que quando colocamos Deus em primeiro lugar, tudo aquilo que realmente necessitamos também nos é concedido (Mt 6.33).

Embora isso não seja uma garantia de que seremos tão ricos e famosos como Salomão, ao colocarmos Deus em primeiro lugar, a sabedoria que recebemos nos permitirá gozar uma vida ricamente gratificante. Quando temos o propósito de viver e aprender a contentar-nos com o que temos, alcançaremos uma riqueza tal como jamais poderíamos ter imaginado.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003,p.594-95).

III – A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

1. O nobre propósito de Salomão. O propósito de Salomão na construção do Templo foi muito nobre: edificar uma casa ao nome do Senhor, meu Deus” (1Rs 5.5). Você percebe que havia pureza no coração do sábio rei de Israel nos primeiros anos do seu Reinado. Na construção do Templo, foram empregados diversos materiais de altíssimo valor, tais como centro do Líbano e muito ouro. Todo tempo foi revestido de ouro. O lugar Santíssimo teve as paredes, o teto e o piso revestido de ouro puro (1 Rs 6.20-22). Salomão quis demonstrar seu imenso Amor a Deus edificando uma Morada de altíssima qualidade e excelência.

2. O templo do Espírito Santo. Essa visão de Deus entrada no templo é uma forte característica do Antigo Testamento, mas com a redenção do homem, efetuada por Cristo na cruz do Calvário a Morada de Deus passa a ser o próprio homem regenerado. E é nesse lugar que se deve fazer riqueza e beleza, porque o Espírito de Deus habita nele (1Co 6.19).

3. A glória do Senhor. A glória do Senhor se manifestou no templo, depois de pronto a, em duas ocasiões especiais: A primeira foi quando o sacerdote levou a arca para o lugar Santíssimo. A glória foi tanta que eles não puderam permanecer de pé para ministrar o serviço sagrado (1Rs 8.11; 2Cr 6.14). Alegria e o temor da presença de Deus fizeram Salomão proferir uma das mais belas orações da Bíblia (1Rs 8.22-53; 2Cr 6.14-42), que reconhece a grandeza, o senhorio, poder, A misericórdia e o amor de Deus sobre todas as coisas. A segunda ocasião que a glória do Senhor se manifestou foi quando Deus respondeu a Salomão na inauguração do templo (2Cr 7.1-3). Desta vez, além da glória, desceu também Fogo do Céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios.

SÍNTESE DO TÓPICO III 

Tudo que fizermos em prol da obra do senhor e para sua glória deve ser realizado com coriza de coração

SUBSÍDIO HISTÓRICO

"Uma vez que Salomão obteve um firme controle do reino, voltou-se para o extenso programa de construções, iniciando com a construção do templo. Davi já havia comprado a eira de Araúna – o local separado por Deus – e o rei ordenava que o terreno fosse totalmente limpo a fim de começar a obra. Ele também preparou os materiais da construção, particularmente blocos de pedras trabalhadas e metais preciosos, e fez acordo com os fenícios para o fornecimento de madeiras para construção. Tudo que Salomão precisava fazer era reunir os materiais e construtores no mesmo local, e dar início à Obra.

Hirão foi informado de que tudo estava pronto, então começou o envio de madeiras para construção Vila conforme havia prometido. Salomão enviou os gêneros alimentícios acordados e outros bens como forma de pagamento. Também foram convocados trinta mil cortadores de lenha para que mensalmente, em torno de dez mil homens fossem auxiliar os trabalhadores de Hirão no Líbano. Setenta mil carregadores foram destacados para o serviço, mais oito mil cortadores de pedras.

Todos os trabalhadores foram supervisionados por três mil e trezentos homens que respondiam diretamente a Adonirão, o oficial encarregado dos trabalhadores forçados (1 Rs 5.13-18).” (MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.312).

CONCLUSÃO

Nunca houve na Terra um homem com tanta sabedoria como Salomão, e que soubesse empregá-la com justiça e correção durante anos de reinado. Esse grande rei de Israel, em seu governo, proporcionou ao povo de Deus um longo período de paz, harmonia e prosperidade. Ele usou sua sabedoria tanto para consolidar seu poder quanto para construir um majestoso templo para Morada e culto a Deus

QUESTIONÁRIO

1. O que levou Salomão a pedir sabedoria a Deus? 

Salomão tinha um elevado senso de prioridade

2. Qual era a maior virtude de Salomão? 

Sua sabedoria.

3. Quais são os dois tipos de sabedoria apresentados na Bíblia? 

A falsa sabedoria que se evidencia pela inveja e sentimento faccioso, e a sabedoria que vem de Deus (Tg 3.14-17). 

4. O que levou Salomão à ruína? E por quê? 

Salomão começou a fazer pequenas concessões em seu coração e a estabelecer acordos e conchavos políticos que deterioraram sorrateiramente seus valores espirituais (1 Rs 11.1,2). 

5. A partir da redenção do homem efetuada por Cristo no Calvário, qual o local de habitação do Espírito Santo? 

O próprio homem regenerado (1Co 6.19). 


25 junho 2021

OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO


Neste terceiro e último tópico, falaremos a respeito da relação entre os dons espirituais e o fruto do Espírito. Os dons espirituais estão relacionados ao trabalho da Igreja. São capacitações sobrenaturais concedidas pelo Espírito de Deus, não para tornar o crente superior aos demais ou para doutrinar a Igreja e sim para a edificação do corpo de Cristo. O Fruto do Espírito, por sua vez, está relacionado à conduta do Cristão.  São nove virtudes que o Espírito Santo produz no crente que anda no Espírito (Gl 5.22,23). 

1. A necessidade dos dons espirituais. Não resta dúvidas de que os dons espirituais são indispensáveis à Igreja. Tanto que Jesus, antes de subir ao Céu, ordenou aos seus discípulos que ficassem em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder.  Ao longo deste trimestre, estudamos cada uma das categorias dos dons que o Espírito Santo concede à Sua Igreja. Cada um deles tem uma função específica e o conjunto deles serve para a edificação, consolação e exortação da Igreja do Senhor. Uma Igreja para manter-se viva, necessita da atuação constante do Espírito Santo. No Livro de Atos dos apóstolos, vemos o Espírito Santo dirigindo os trabalhos da Igreja de forma poderosa. Os resultados foram extraordinários. Entretanto, é preciso pautar-se pelo amor e agir com ordem e decência. 

2. Os dons espirituais e o amor cristão. Se os dons são importantes e indispensáveis ao funcionamento da Igreja, como vimos acima, sem amor eles não têm valor algum. (1 Co 13.1-3). No texto de 1 aos Coríntios, onde fala dos dons espirituais, nos capítulos 12 e 14, temos o capítulo 13 entre eles, dedicado à excelência do amor. A impressão que temos é que o apóstolo Paulo terminou o capítulo 12, falou sobre amor no capítulo 13 e depois retornou ao tema. Mas, no texto original não há capítulos e versículos. Então, o amor está diretamente relacionado aos dons espirituais. Na verdade, não existe vida cristã sem amor. Jesus resumiu todos os mandamentos do Antigo Testamento em apenas dois: Amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. 

3. A necessidade do fruto do Espírito. O Fruto do Espírito Santo é a reprodução do caráter de Cristo no crente. Ele se contrapõe às obras da carne, que são obras pecaminosas, que atentam contra a santidade de Deus, a santidade do corpo e contra o amor ao próximo. 

Paulo deixa bem claro que as obras da carne são geradas pela concupiscência da carne, pela concupiscência dos olhos e pela soberba vida e que, aqueles que praticam tais obras, não herdarão o Reino de Deus. O Fruto do Espírito é um só, mas, ele se divide em nove virtudes, que são o resultado de uma vida guiada pelo Espírito Santo: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. (Gl 5.22). 


CONCLUSÃO


Com esta lição concluímos o nosso estudo sobre os dons espirituais e ministeriais. Falamos sobre a multiforme sabedoria de Deus e vimos que os dons espirituais são diversos e plurais. Deus concede dons a quem Ele quer, para aquilo que for útil. 

Vimos ao longo deste trimestre que o propósito dos dons espirituais não é elitizar o crente ou para demonstrar espiritualidade. Mas, são para servir à Igreja de Cristo, na edificação, exortação e consolação da Igreja. 

Nesta última lição falamos também que os crentes são despenseiros das bênçãos divinas e como tal, não são donos dos dons recebidos. São apenas administradores e devem se portar com moderação, vigilância e amor.  

Por último vimos a relação intrínseca entre os dons espirituais e o Fruto do Espírito Santo. Os dons são capacitações concedidas pelo Espírito Santo para a edificação da Igreja do Senhor. Enquanto o fruto são virtudes do caráter de Cristo que o Espírito Santo produz no crente, capacitando a vencer a natureza humana decaída.


Pb. Weliano Pires

24 junho 2021

BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS


Neste segundo tópico falaremos sobre as qualidades dos ‘bons despenseiros’ dos mistérios divinos. O apóstolo Pedro exortou a igreja, sobre a administração dos dons. Para isso, ele usou a figura do despenseiro, que, antigamente, era o homem que cuidava da despensa. Era alguém de total confiança do patrão, que cuidava da aquisição, conservação e distribuição dos mantimentos.

Os despenseiros de Deus são os responsáveis pela “despensa divina”, portadores dos dons que Deus lhes concedeu para a edificação, exortação e consolação da Sua Igreja. Os despenseiros não são donos dos dons e devem usá-los com fidelidade, pois, terão que prestar conta ao Senhor. Há algumas virtudes descritas na Bíblia que os despenseiros devem apresentar: sobriedade, vigilância, amor, hospitalidade e fidelidade ao Senhor.

1. Sobriedade e vigilância. O despenseiro é um administrador do depósito de alimentos. Ele deve manter este depósito abastecido e retirar dele o melhor para a família. Na metáfora usada na Bíblia, os ministros e os portadores de dons espirituais são despenseiros da Casa de Deus (Tt 1.7) e, como tal, devem ser irrepreensíveis. Paulo destaca a sobriedade e a vigilância do candidato ao episcopado como habilidades indispensáveis ao exercício do ministério. (1 Tm 3.2).

A sobriedade fala de moderação, temperança e equilíbrio. O despenseiro nunca pode se descontrolar. Todo cristão deve ser sóbrio ou moderado, pois, o domínio próprio faz parte do fruto do Espírito, como veremos a seguir. O apóstolo Pedro escreveu: “Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo.” (1 Pe 1.13). No caso dos ministros, esta exigência aumenta, pois, eles administram não apenas a própria vida, mas, a Casa de Deus. 

Outra exigência, junto com a sobriedade, é a vigilância. Vigiar significa estar alerta e agir sempre com cuidado para não expor a riscos a si mesmo e aos outros. No sentido bíblico é estar alerta para não cair nas ciladas do adversário e não pecar. 

2. Amor e hospitalidade. Muitas palavras perdem o seu real significado com o passar do tempo, ou tem mais de um significado. Com a palavra amor não é diferente. No grego há quatro palavras, que são traduzidas por amor:

a. Ágape. Amor perfeito, incondicional e de Deus. É o amor descrito em 1 Coríntios 13. 

b. Philia. Amor fraternal entre as pessoas. É daí que vem a palavra filantropia. 

c. Eros. Amor romântico da relação íntima entre homem e mulher. Esta palavra deu origem à palavra “erótico”.

d. Storge. Amor pelos familiares e pessoas próximas. 

Paulo diz que "todas as vossas coisas devem ser feitas com amor." (1 Co 16.14). Diz também que os dons espirituais sem amor não valem nada. (1 Co 13.1-3). O amor exigido na Bíblia não é um sentimento e sim uma escolha. Esse amor provém de Deus, que ama a quem não merece ser amado. Os despenseiros, portanto, devem agir sempre movidos pelo amor, que não busca os próprios interesses, não faz acepção de pessoas e jamais fará mal ao próximo. 

A hospitalidade faz parte do amor ao próximo. Nos tempos bíblicos, as pessoas viajavam por vários dias a pé, a cavalo, ou em embarcações primitivas, e necessitavam de hospedagem para dormir e se alimentar. Não existiam hotéis e pousadas como hoje. Então, hospedar alguém em casa era uma questão humanitária. Inclusive, os missionários necessitavam muito deste apoio dos irmãos, pois andavam de cidade em cidade, enfrentando longas e cansativas viagens. 

Nos dias atuais, no entanto, é preciso muita cautela com a hospitalidade, por causa da questão segurança da família. Muitos se fingem de cristãos e se receberem abrigo em nossas casas, podem nos furtar e cometerem outros crimes contra os nossos familiares. 

3. O despenseiro deve administrar com fidelidade. O despenseiro não é dono do dom ou ministério e não pode usá-lo para interesses pessoais, ou para agradar a quem quer que seja. O Senhor nos confiou os seus dons para servirmos à Igreja, de forma a agradar a Deus. Não importa qual seja o dom, tudo vem de Deus e é a Ele que devemos agradar. Devemos servir ao Senhor com fidelidade, pois, iremos prestar contas daquilo que recebemos.  “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4.10).


Pb. Weliano Pires


23 junho 2021

OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS



Neste primeiro tópico, falaremos sobre o caráter diverso dos dons espirituais e ministeriais. Os dons são dádivas concedidas por Deus para aquilo que for útil. A própria palavra dom significa dádiva ou presente. Durante este segundo trimestre estudamos as mais variadas formas, que Deus atua por meio da sua Igreja, concedendo-lhe dons espirituais, ministeriais e de serviço. 

1. Os dons são diversos (1 Co 12.4). Os dons são diferentes uns dos outros, mas, eles se complementam. É a diversidade na unidade. Assim como o corpo humano é um e possui muitos membros, que trabalham das mais diversas formas para manter o corpo funcionando, assim são os dons espirituais. (1 Co 12.12). Deus não concede todos os dons a uma pessoa, para que ela não se sinta independente dos outros. Deus concede diversos tipos de dons, segundo a Sua Vontade e de acordo com a necessidade de cada Igreja local. 

2. Os dons são amplos e plurais. A sabedoria de Deus é multiforme, plural e imensurável. Os dons são apenas um fragmento da sabedoria de Deus, que Ele concedeu para a edificação, exortação e consolação do corpo de Cristo. 

Em Romanos 12.3.-8 há uma lista de dons assistenciais; já em 1 Coríntios 12 há uma lista de dons espirituais; e em Efésios 4.11 há uma lista de dons ministeriais. Os teólogos fazem estas divisões em categorias, para efeitos didáticos. Mas, isso não significa que há apenas nove dons espirituais, sete dons assistenciais e cinco dons ministeriais. Há outros dons mencionados no Novo Testamento, que não foram denominados e que não estão nessas listas: 2 Tm 1.6; 1 Pe 4.10,11; Hb 2.4. 

3. Dádivas do Pai. Tudo o que nós temos e somos provém de Deus. Ele é o doador da vida, o Criador e o sustentador de todas as as coisas. Sem Ele, nada do que foi feito se fez. (Jo 1.3). Em Romanos 11, após escrever sobre o endurecimento dos judeus em relação ao Evangelho e falar sobre o futuro de Israel, Paulo citou um hino, exaltando a profundidade das riquezas, conhecimento e sabedoria de Deus e o concluiu dizendo o seguinte: “Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.” (Rm 11.35,36). 

Estes versículos acima são de uma profundidade inimaginável! Lendo-os superficialmente, não paramos para pensar no que está sendo dito. Paulo diz algumas verdades teológicas muito importantes neste texto acima: 

a. Deus é o doador inicial de todas as coisas e não deve nada a ninguém, nem satisfações;

b. Todas as coisas pertencem a Ele, inclusive a nossa vida; 

c. Todas as coisas existem por Ele. Tudo o que existe no Universo é Deus que sustenta; 

d. Todas as coisas foram criadas para Ele e não para nós; 

e. Somente Deus deve ser glorificado e adorado. 


Há muitas dádivas de Deus à Sua Igreja e à humanidade em geral, conforme já mostramos. Entretanto, há algumas dádivas específicas que Deus concedeu à Sua Igreja, para serem usadas na proclamação do Evangelho. O comentarista cita apenas três delas na revista: o amor, a filiação divina e o ministério da reconciliação. No livro de apoio ao trimestre, o Pr. Elinaldo Renovato cita outras dádivas importantes que Deus também concedeu à sua Igreja: o Batismo com o Espírito Santo, o crescimento  espiritual e o espírito de fortaleza, de amor e de moderação.

1. O amor. O apóstolo João diz “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. (1 Jo 4.8). Todo amor procede Deus. O amor faz parte do Seu caráter. Paulo diz que “o amor de Deus foi derramado em nossos corações...” (Rm 5.5a). Diz ainda que “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm 5.8). O amor de Deus é a maior dádiva de Deus, se não fosse por este imenso amor, estaríamos todos perdidos! 

2. A filiação divina. Muitas pessoas têm um pensamento equivocado de que todos os seres humanos são filhos de Deus. Mas, não é isso que a Bíblia ensina. Todos nós somos criaturas de Deus. Nascemos pecadores e separados de Deus, por causa do pecado da raça humana. É verdade que Deus não atribui a culpa a um recém nascido, mas, isso não significa que não seja pecador por natureza. A Bíblia nos diz que Jesus “veio para o que era seu [os Judeus], mas o seus não o receberam. Mas, a todos os que o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crerem no Seu Nome.” (Jo 1.11,12). Então, a filiação divina é mais uma dádiva de Deus àqueles que crerem em Jesus. 

3. O ministério da reconciliação. Conforme foi dito acima, o ser humano nasce separado de Deus pelo pecado. O pecado faz divisão entre o homem e Deus (Is 59.2). Deus, que é absolutamente santo, não pode conviver com o pecado. O ser humano que ainda vive no pecado é um inimigo de Deus. Cristo veio para desfazer esta inimizade e reconciliar o homem com Deus. “Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação.” (2 Co 5.18,19). Nenhum ser humano tem condições de, por si mesmo, reconciliar-se com Deus. Somente Cristo pode fazer esta mediação e desfazer a parede de separação, que é o pecado. (1 Tm 2.5). 

4. O Batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo é uma bênção subsequente à salvação, que Deus concede aos seus servos para  fazerem a sua obra com ousadia. É diferente da entrada do Espírito Santo no crente, quando este recebe a Cristo como Salvador e o Espírito Santo passa a morar nele. Quando as pessoas perguntaram a Pedro o que deveriam fazer, ele respondeu:  “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em Nome de Jesus Cristo para a remissão dos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2.38). É o Senhor Jesus que concede o batismo no Espírito Santo àqueles que nEle crerem. João Batista pregou dizendo: “Eu vos batizei com água; Ele, entretanto, vos batizará com o Espírito Santo.” (Mc 1.8). 

5. O crescimento  espiritual. Na Igreja de Corinto havia partidarismo. Os crentes discutiam entre si, uns dizendo serem de Paulo, de João, de Pedro, de Apolo e outros de Cristo. Paulo viu nesta atitude dele, carnalidade e imaturidade e disse: “Eu plantei, Apoio regou; mas Deus deu o crescimento. Pelo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1 Co 3.6,7). Aqui, ele se refere ao crescimento espiritual ou maturidade. A semente do Evangelho é plantada em nosso coração, mas, é Deus que a faz brotar e crescer.

6. O espírito de fortaleza, de amor e de moderação. Paulo escrevendo a Timóteo disse: “Porquanto, Deus não nos concedeu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.” (2 Tm 1.7). Antes de conhecer a Cristo, o ser humano tem um espírito de covardia, ódio e desequilíbrio. Quando o Espírito Santo passa a habitar em nós, produz em nosso coração a ousadia, o amor e o equilíbrio. Veremos mais sobre isso no último tópico, quando falaremos do Fruto do Espírito Santo.  


Pb. Weliano Pires

22 junho 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 13: A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS


Com a Graça de Deus, chegamos ao final de mais um trimestre de estudos, em nossa Escola Bíblica Dominical. Foram treze lições enriquecedoras, sobre os Dons espirituais e ministeriais. Nesta última lição falaremos sobre a multiforme Sabedoria de Deus. A lição faz uma conclusão do tema estudado no trimestre, falando sobre o caráter diverso dos dons espirituais e ministeriais; as qualidades dos bons despenseiros dos mistérios divinos; e a relação dos dons espirituais com o fruto do Espírito.

A palavra multiforme significa “de diversas formas”, “diversas maneiras” ou “em estados numerosos''. Então, quando a Bíblia fala da multiforme sabedoria de Deus, está dizendo que a sabedoria de Deus é infinita e se manifesta de várias formas e não pode ser delimitada pelo intelecto humano. 

Há uma unidade e comunhão perfeita entre as pessoas da Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Portanto, mesmo sendo distintos (não diferentes), há diversidade nas operações, mas, há perfeita unidade e harmonia entre os dons concedidos por Deus à Sua Igreja. Deus não concede todos os dons a uma única pessoa, para que haja dependência uns dos outros e se completem. 

No primeiro tópico, falaremos sobre o caráter diverso dos dons espirituais e ministeriais. São dádivas concedidas por Deus à sua Igreja, segundo a Sua vontade, para aquilo que for útil. A própria palavra dom significa dádiva ou presente. Os dons são diversos, amplos e plurais. Durante este 2º trimestre estudamos as mais variadas formas que Deus atua por meio da sua Igreja, concedendo-lhe dons espirituais, ministeriais e de serviço. Deus concede diversos tipos de dons, de acordo com a necessidade de cada Igreja local. 

No segundo tópico falaremos sobre as qualidades dos ‘bons despenseiros’ dos mistérios divinos. A despensa é o local onde se armazena os mantimentos de uma casa. Os despenseiros de Deus são os responsáveis pela “despensa divina”, portadores dos dons que Deus lhes concedeu para a edificação, exortação e consolação da Sua Igreja. Estes devem apresentar sobriedade, vigilância, amor, hospitalidade e fidelidade ao Senhor. Os despenseiros não são donos dos dons e devem usá-los com fidelidade, pois, terão que prestar conta ao Senhor. 

No terceiro e último tópico, falaremos a respeito da relação entre os dons espirituais e o fruto do Espírito. Os dons espirituais são indispensáveis à Igreja, não resta dúvidas. Não somos como os cessacionistas que dizem que os dons cessaram, com a conclusão do Novo Testamento. Mais do que nunca, a Igreja do Senhor necessita dos dons espirituais para realizar a missão que o Senhor Jesus nos confiou. Entretanto, os portadores dos dons espirituais e ministeriais devem pautar as suas vidas pelo amor, que é o mais excelente dos dons. Paulo disse que os dons sem amor não têm valor algum. (1 Co 13). 

O Fruto do Espírito, por sua vez, está no singular, mas ele é formado por nove virtudes: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. (Gl 5.22,23). São virtudes que o Espírito Santo produz do interior do crente que anda no Espírito. 


Pb. Weliano Pires

A PAZ QUE JESUS PROMETEU

(Comentário do 3º tópico da Lição 08: A promessa de paz) .  Ev. WELIANO PIRES  No terceiro tópico, falaremos da Paz prometida por Jesus. Ver...