20 dezembro 2020

O QUE HÁ DE ERRADO COM A PSICOLOGIA?


A palavra psicologia significa literalmente “estudo da alma”. Ora, um estudo da alma humana não pode ser feito por incrédulos, pois, apenas o Cristianismo tem os recursos para compreender a natureza da alma humana e para entender como ela pode ser transformada. A disciplina secular da psicologia baseia-se em suposições ateístas e em fundamentos evolucionários, e é capaz de lidar com as pessoas apenas superficial e temporariamente. Sigmund Freud, o pai da psicologia moderna, era um humanista incrédulo, que criou a psicologia como substituta para a religião.

Antes de Freud, o estudo da alma era considerado uma disciplina espiritual. Em outras palavras, era inerentemente associado à religião. A contribuição de Freud foi definir a alma e o estudo do comportamento humano em termos totalmente seculares. Ele separou a antropologia (estudo do ser humano) da esfera espiritual, e assim, abriu caminho para teorias ateístas, humanistas e racionalistas sobre a conduta humana.

Estas teorias, fundamentalmente antibíblicas, se tornaram o fundamento de toda a psicologia moderna. É claro que, os psicólogos de hoje usam centenas de modelos e técnicas de aconselhamento baseados em uma infinidade de teorias conflitantes, de modo que é impossível falar de psicoterapia como uma ciência unificada e consistente. No entanto, a base da psicologia moderna pode ser resumida em várias ideias comuns, que têm suas raízes no humanismo freudiano.

Infelizmente, são estas ideias abaixo que muitos cristãos estão empenhadamente tentando conciliar com a verdade bíblica:

  • A natureza humana é basicamente boa;
  • As pessoas têm as repostas para os seus problemas dentro de si;
  • A chave para entender e corrigir as atitudes e os atos das pessoas encontra-se em algum ponto do seu passado;
  • Os problemas dos indivíduos são resultado de algo que outros lhes fizeram;
  • Os problemas humanos podem ser de natureza puramente psicológica, sem estarem relacionados a qualquer condição espiritual e física;
  • Problemas profundamente arraigados podem se resolvidos apenas por conselheiros profissionais na terapia;

As Escrituras, a oração e o Espírito Santo são recursos inadequados e simplicistas para resolver determinados tipos de problema.

Estas e outras teorias semelhantemente ímpias têm saído de variadas abordagens psicológicas e se infiltrado nas Igrejas, causando um efeito profundo e perturbador, na capacidade de ajudar as pessoas. Muitos cristãos sinceros estão se desviando sobre o que é o aconselhamento bíblico e o que ele devera realizar.

Alguns lembretes fundamentais podem ser úteis. Por exemplo: A palavra de Deus é o único manual confiável para o estudo verdadeiro da alma. Ela é tão abrangente no diagnóstico e tratamento de cada questão espiritual que, com o poder do Espírito Santo no Cristão, Ela o faz semelhante a Jesus Cristo. Este é o processo de santificação bíblica. Este é o objetivo do aconselhamento bíblico.

FONTE: 

MAC ARTHUR, John e MACH, Wayne A. Introdução ao aconselhamento bíblico: um guia de princípios e práticas para líderes, pastores e conselheiros. 1ª Ed. RIO DE JANEIRO: Thomas Nelson, p. 23-24. 2016.

19 dezembro 2020

ESTUDO DA LIÇÃO 12: QUANDO DEUS SE REVELA AO HOMEM



Culto de ensino bíblico, com o Presbítero Weliano Pires e sua família.

Estudamos a lição 12 da nossa Escola Bíblia Dominical, revista da CPAD. Nesta lição estudamos os questionamentos de Deus a Jó, registrados nos capítulos 38-41 do livro de Jó. Depois de tanto argumentar com os seus amigos, defendendo a sua inocência, reclamando do silêncio de Deus e desejando ser ouvido por Deus, Jó agora é confrontado pelo próprio Deus, que lhe faz diversas perguntas, que evidentemente, Jó não teria como responder. 

15 dezembro 2020

Lição 12: Quando Deus se revela ao homem

 


Data: 20 de Dezembro de 2020


TEXTO ÁUREO :

“Então, o SENHOR respondeu a Jó desde a tempestade […]” (Jó 40.6).

VERDADE PRÁTICA

“Mesmo transcendente, e distinto de sua criação, Deus se revela ao homem mortal.”


HINOS SUGERIDOS: 363, 380 e 434 da Harpa Cristã.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jó 38.1-4; 39.1-6; 40.15-18,24; 41.1-3.

Jó 38

1 — Depois disto, o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho e disse:

2 — Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?

3 — Agora cinge os teus lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me.

4 — Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.

Jó 39

1 — Sabes tu o tempo em que as cabras monteses têm os filhos, ou consideraste as dores das cervas?

2 — Contarás os meses que cumprem ou sabes o tempo do seu parto?

3 — Elas encurvam-se, para terem seus filhos, e lançam de si as suas dores.

4 — Seus filhos enrijam, crescem com o trigo, saem, e nunca mais tornam para elas.

5 — Quem despediu livre o jumento montês, e quem soltou as prisões ao jumento bravo,

6 — ao qual dei o ermo por casa e a terra salgada, por moradas?

Jó 40

15 — Contempla agora o beemote, que eu fiz contigo, que come erva como o boi.

16 — Eis que a sua força está nos seus lombos, e o seu poder, nos músculos do seu ventre.

17 — Quando quer, move a sua cauda como cedro; os nervos das suas coxas estão entretecidos.

18 — Os seus ossos são como tubos de bronze; a sua ossada é como barras de ferro.

24 — Podê-lo-iam, porventura, caçar à vista de seus olhos, ou com laços lhe furar o nariz?

Jó 41

1 — Poderás pescar com anzol o leviatã ou ligarás a sua língua com a corda?

2 — Podes pôr uma corda no seu nariz ou com um espinho furarás a sua queixada?

3 — Porventura, multiplicará as suas suplicações para contigo? Ou brandamente te falará?


COMENTÁRIO

Revisão da lição passada:

Na lição passada estudamos a teologia do jovem Eliú que se mantivera calado, ouvindo as acusações de Elifaz, Bildade e Zofar e as respectivas réplicas de Jó. Eliú expôs a sua teologia em quatro longos discursos, que estão registrados nos capítulos 32 a 37 do livro de Jó. 

Em seus discursos, Eliú mostra o sofrimento como uma forma de revelar a soberania, caráter, justiça e vontade soberana de Deus. O ponto central da teologia de Eliú é que o sofrimento deve ser visto como algo pedagógico e não como uma punição pelo pecado, como disseram os outros amigos de Jó. 

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 12

Estamos chegando ao final do Livro de Jó. Vimos no prólogo do livro, um resumo da vida próspera de Jó, antes das calamidades que lhe sobrevieram. Ainda no prólogo, vimos o testemunho de Deus sobre Jó, as acusações de Satanás a Jó e a permissão de Deus para que o inimigo tocasse em tudo, exceto na vida de Jó. Jó perdera tudo o que possuía, em um único dia: bens materiais, família e a saúde. 

Dos capítulos 3 ao 37, vimos os discursos dos amigos de Jó e as respectivas réplicas do patriarca. Os amigos de Jó viam no sofrimento dele, uma punição divina pelos pecados cometidos e, por isso, o acusavam de haver pecado contra Deus. Eles acreditavam que Deus pune os pecadores e prospera os justos. Logo, segundo este entendimento, todos os que sofrem estão sendo punidos por Deus. 

Na presente lição, vamos estudar os questionamentos de Deus a Jó, registrados nos capítulos 38, 39, 40 e 41. Depois de tanto argumentar com os seus amigos, defendendo a sua inocência, reclamando do silêncio de Deus e desejando ser ouvido por Deus, Jó agora é confrontado pelo próprio Deus, que lhe faz diversas perguntas, que evidentemente, Jó não teria como responder. 

Estas perguntas de Deus revelam: 

1. Deus como um ser pessoal e não uma energia como dizem os panteístas;  

2. A infinita sabedoria de Deus expressa nas coisas criadas e na sustentação do universo; 

3. O poder e a justiça de Deus, através das figuras de duas grandes criaturas indomáveis: o behemoth e o leviatã.

I. A REVELAÇÃO DE UM DEUS PESSOAL

Diferente do que dizem os panteístas, que acreditam que Deus é uma energia e se confunde com a criação, o Deus da Bíblia é um ser pessoal, pois, Ele tem intelecto, vontade e sentimentos.

1. O Deus que tem voz. (Jó 38.1). Até este momento, Jó, a esposa e os seus amigos haviam falado. Mas, não se tinha ouvido a voz de Deus. Agora, Deus quebrou o silêncio e se revelou a Jó do meio de um redemoinho e falou. O Deus da Bíblia não é um ídolo mudo ou uma energia. Ele é uma pessoa e tem voz. (Sl 115).

2. A poderosa manifestação de Deus. Conforme vimos na lição passada, temos aqui uma manifestação teofânica de Deus, ou seja, uma manifestação pessoal de Deus, antes da encarnação de Cristo. Deus se manifestou de forma poderosa a Jó, por meio de um redemoinho e o patriarca ouviu a sua voz. No capítulo 40, Jó responde humildemente, ao ouvir os questionamentos de Deus:  “Então Jó respondeu ao Senhor, dizendo: 

"Eis que sou vil; que te responderia eu? A minha mão ponho à boca. Uma vez tenho falado, e não replicarei; ou ainda duas vezes, porém não prosseguirei.” (Jó 40:3-5)

Qualquer ser humano, ao presenciar uma manifestação de Deus, fica maravilhado. Moisés era um profeta que conversava e tinha intimidade com Deus. Mas, quando ele se aproximou do monte para receber as tábuas da Lei e viu o monte fumegando, disse: “Estou todo assombrado e tremendo” (Hb 12.21). 

3. O Deus que está presente. Jó conhecia Deus apenas de ouvir falar. Nos capítulos 3 a 37, fala-se de Deus como o "El Shaddai", o Deus Todo-poderoso. A concepção que os amigos de Jó tinham sobre Deus, era de um ser infinitamente superior à criação, que era distante e ausente dela. Mas, agora Deus se revela como o Deus onipresente, que está presente em todos os lugares, que se envolve na criação e nos problemas dela e que se relaciona com o ser humano.

II. A REVELAÇÃO DE UM DEUS SÁBIO

Deus é o criador do Céus e da terra e todas as coisas, visíveis e invisíveis, que há no universo. Como criador e sustentador de todas as coisas, Deus conhece todos os mistérios da natureza. Nesta revelação de Deus a Jó, por meio de várias perguntas sobre os mistérios da natureza, Deus desafia Jó sobre o funcionamento dos astros, dos mares, da terra e dos animais.

1. Na mecânica celeste. O universo foi criado por Deus, com leis estabelecidas para  que ele funcione sem a necessidade da intervenção humana. Aliás, as intervenções humanas têm causado prejuízos e destruição ao meio ambiente ao longo dos anos. Através de perguntas, Deus desafia Jó a contemplar a complexidade do Universo que Ele criou, mostrando as limitações do patriarca, que era tido como um sábio. Jó simplesmente se calou e ouviu Deus falar.  

2. Na dinâmica da vida.  Jó, provavelmente, tinha algum conhecimento sobre o reino animal, pois era criador de grandes rebanhos. Porém, Deus o desafiou com muitas perguntas sobre a vida, reprodução e alimentação e autopreservação dos animais selvagens, como a cabra montês, o jumento e o boi selvagens, os leões a águia e a avestruz. Ainda hoje, muitos se acham sábios com teorias mirabolantes sobre o surgimento do Universo, como o Big bang e a teoria da evolução. Mas, não resistiriam a meia dúzia de perguntas do Criador sobre a criação e sustentação das coisas criadas.

3. Na necessidade de se conhecer melhor a Deus. Jó era um sábio e falou muitas verdades sobre Deus. Mas, esqueceu das suas limitações e do quanto não sabia sobre Deus. Jó necessitava ter um pouco mais de humildade, pois, ousou questionar a majestade e soberania de Deus. Alem, disso desejava falar com Deus de igual para igual, apresentando a sua defesa. Após Deus lhe revelar a imensa sabedoria divina nas coisas criadas, Jó humilhou-se perante Deus e perguntou-lhe: “...Que te responderia eu?”. Por mais que o homem tenha conhecimento bíblico e científico, ele será sempre pequeno e limitado. Nós só podemos conhecer a respeito de Deus, até ao ponto em que Ele se revelar. 

III. A REVELAÇÃO DE UM DEUS PODEROSO E JUSTO

Deus faz referência a duas criaturas misteriosas, temidas e indomáveis, para revelar o seu imenso poder. Se estas criaturas terríveis causavam medo e pânico naqueles que a encontrassem, imagine o Criador delas!

1. O Behemoth e o Leviatã. Não sabemos que tipo de animais eram estes. Sabemos pelo livro de Jó, algumas características deles.  

a. O Behemoth. A palavra hebraica Behemoth vem da mesma raiz de Behema, usada para se referir a grandes animais, independente da espécie. Behemoth está no plural, talvez porque os antigos hebreus usavam o plural não apenas para indicar quantidade, mas também intensidade. 

O texto de Jó 40.15-24 mostra-nos algumas características deste terrível animal: 

  • Ele come erva como o boi;
  • Possui grande força nos seus lombos e na musculatura do seu ventre;
  • Sua cauda se endurece como cedro e os tendões de suas coxas são entretecidos (entrelaçados);
  • Seus ossos são como tubos de bronze, e seus membros são como barras de ferro;
  • Ele pasta nos montes ao lado dos animais do campo;
  • Ele se deita debaixo das árvores sombrias, fica oculto entre os juncos e a lama, e os salgueiros dos ribeiros o cercam;
  • O beemote não se assusta com a violência das águas no transbordamento dos rios;
  • Ninguém pode capturá-lo quando ele está olhando, ou lhe furar-lhe o nariz e prendê-lo com um laço.

Alguns estudiosos identificam este animal com o hipopótamo. Mas, outros dizem que a sua cauda, que é comparada ao cedro, não se parece com a do hipopótamo. Outros dizem que era possivelmente um dinossauro ou algum monstro pré-histórico. Há ainda os que sugerem que seria apenas um ser mitológico das crenças antigas e Deus estaria usando-o para mostrar a inutilidade destas crenças. Em linguagem figurada, o behemoth pode simbolizar a força bruta de um grande animal selvagem. 

b. O leviatã. A palavra leviatã tem origem incerta. Muitos a definem como “monstro marinho”, “dragão” ou “grande réptil aquático”. Algumas versões da Bíblia traduzem esta palavra por crocodilo.

O texto de Jó 41:18-35 descreve o Leviatã como sendo uma criatura muito grande, que possui uma força descomunal, com uma pele extremamente resistente e que expelia fogo de sua boca. Por isso, alguns estudiosos o identificam com alguma espécie de dinossauro marinho. Simbolicamente, o leviatã representava tanto a força natural, como os poderes sobrenaturais. 

2. Justiça e graça. Deus queria mostrar a Jó, através da complexidade destes dois grandes animais, que Jó era incapaz de lidar com a complexidade dos dilemas humanos, como o sofrimento dos justos e a prosperidade dos ímpios. Por mais justos e honestos que sejamos, a nossa justiça jamais poderia ser comparada à Justiça de Deus, Os padrões de Deus são altíssimos e nenhum ser humano, por sua própria conta, jamais os alcançaria. Por isso que somos justificados unicamente pela fé em Cristo. (Rm 5.1; Ef. 2.8-10).

CONCLUSÃO

Depois de muitos questionamentos dos amigos de Jó e das suas respectivas réplicas, reafirmando a sua inocência, Deus se revelou a Jó, fazendo-lhe diversas perguntas sobre a criação e sobre os mistérios do universo. Jó, evidentemente, não tinha respostas para estas perguntas e se humilhou diante de Deus. 

O objetivo de Deus não era recriminá-lo ou acusá-lo, mas, mostrar as limitações e imperfeições do patriarca e o seu desconhecimento sobre a majestade e soberania divina.

Nos momentos de angústia, aflição e desespero, o nosso Deus sempre está conosco. Ele se revela e fala conosco de diversas formas. Mesmo que Ele esteja, aparentemente, em silêncio, Ele está trabalhando e estará sempre no controle de tudo. 

 

Pb. Weliano Pires

Igreja Evangélica de Deus

Ministério do Belém

São Carlos - SP

 

REFERÊNCIAS: 

Revista LIÇÕES BÍBLICAS. RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020. 

Revista Ensinador Cristão.  RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020.

(HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.186).




11 dezembro 2020

Estudo da Lição 11 - A teologia de Eliú: o sofrimento é uma correção divina?

 

Culto online de estudo bíblico com o Pb. Weliano Pires e sua família. Estudamos a lição 11, da nossa Escola Bíblica Dominical, cujo tema é "A teologia de Eliú: o sofrimento é uma correção divina?". 

Vimos nesta lição a teologia do jovem Eliú, que se mantivera calado, ouvindo as acusações de Elifaz, Bildade e Zofar e as respectivas réplicas de Jó. A teologia de Eliú é exposta em quatro longos discursos e está registrada nos capítulos 32 a 37. O ponto central da teologia de Eliú é que o sofrimento deve ser visto como algo pedagógico e não como uma punição pelo pecado, como disseram os outros amigos de Jó.

O sofrimento é uma realidade que faz parte da vida do Cristão neste mundo. A forma como nós o encaramos faz toda diferença. No sofrimento, Jó conheceu a Deus de perto e não apenas de ouvir falar. O sofrimento na vida do crente não é para destruí-lo e sim para aperfeiçoá-lo e aproximá-lo de Deus.

Lição 11 - A teologia de Eliú: o sofrimento é uma correção divina?



TEXTO ÁUREO

“Ao aflito livra da sua aflição e, na opressão, se revela aos seus ouvidos” (Jó 36.15).


VERDADE PRÁTICA

“O sofrimento não deve ser visto apenas sob o aspecto punitivo, mas principalmente, educativo.”


HINOS SUGERIDOS: 363, 380 e 434 da Harpa Cristã.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jó 32.1-4; 33.1-4; 34.1-6; 36.1-5.


Jó 32

1 — Então, aqueles três homens cessaram de responder a Jó; porque era justo aos seus próprios olhos.

2 — E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão; contra Jó se acendeu a sua ira, porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus.

3 — Também a sua ira se acendeu contra os seus três amigos; porque, não achando que responder, todavia, condenavam a Jó.

4 — Eliú, porém, esperou para falar a Jó, porquanto tinham mais idade do que ele.


Jó 33

1 — Assim, na verdade, ó Jó, ouve as minhas razões e dá ouvidos a todas as minhas palavras.

2 — Eis que já abri a minha boca; já falou a minha língua debaixo do meu paladar.

3 — As minhas razões sairão da sinceridade do meu coração; e a pura ciência, dos meus lábios.

4 — O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida.


Jó 34

1 — Respondeu mais Eliú e disse:

2 — Ouvi vós, sábios, as minhas razões; e vós, instruídos, inclinai os ouvidos para mim.

3 — Porque o ouvido prova as palavras como o paladar prova a comida.

4 — O que é direito escolhamos para nós; e conheçamos entre nós o que é bom.

5 — Porque Jó disse: Sou justo, e Deus tirou o meu direito.

6 — Apesar do meu direito, sou considerado mentiroso; a minha ferida é incurável, embora eu esteja sem transgressão.


Jó 36


1 — Prosseguiu ainda Eliú e disse:

2 — Espera-me um pouco, e mostrar-te-ei que ainda há razões a favor de Deus.

3 — Desde longe repetirei a minha opinião; e ao meu Criador atribuirei a justiça.

4 — Porque, na verdade, as minhas palavras não serão falsas; contigo está um que é sincero na sua opinião.

5 — Eis que Deus é mui grande; contudo, a ninguém despreza; grande é em força de coração.

 

INTRODUÇÃO


Na lição passada, estudamos o último discurso de Jó em sua defesa. Vimos que Jó fez uma retrospectiva de sua vida e pôde ver o quanto foi abençoado por Deus. Porém, Jo olhou para o momento presente e viu que contrariava todo o seu passado. Jó fez um discurso com três partes: a lembrança do seu passado feliz; o lamento pelo seu sofrimento no presente; a defesa da sua ética sexual e social e perspectivas em relação ao futuro.


Na lição desta semana, estudaremos a teologia do jovem Eliú, que se mantivera calado, ouvindo as acusações de Elifaz, Bildade e Zofar e as respectivas réplicas de Jó. A teologia de Eliú é exposta em quatro longos discursos e está registrada nos capítulos 32 a 37. O ponto central da teologia de Eliú é que o sofrimento deve ser visto como algo pedagógico e não como uma punição pelo pecado, como disseram os outros amigos de Jó.


I. O SOFRIMENTO COMO UMA FORMA DE REVELAR DEUS


1. Quem era Eliú. Não temos muitas informações sobre Eliú, mas, diferente dos outros amigos de Jó, temos algumas informações familiares de Eliú. Ele é identificado como filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão (Jó 32.2,6) Segundo o texto de  Gênesis 22.21, Buz é um filho de Naor, irmão de Abraão. Sendo assim, Buz era irmão do pai de Rebeca, esposa de Isaque. O texto de Jeremias 25.23,24 mostra que Buz ficava na região da Arábia. 

2. A soberania de Deus (33.14,15). Eliú queixa-se do fato de Jó ter reclamado do silêncio de Deus. Ele destaca a soberania de Deus e diz que o ser humano não deve questionar ao seu Criador. De fato, Deus é Senhor e soberano. Ele não deve satisfação nenhuma dos seus atos. Falando ao profeta Jeremias, no capítulo 18, Deus usa a figura do barro e do oleiro, para mostrar que Ele pode fazer o que quiser: “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.” (Jr 18.6).

3. O orgulho humano. Mesmo sendo infinitamente superior às suas criaturas, Deus ama o ser humano e se importa com os seus problemas. Eliú argumenta que Deus responde de várias maneiras, seja falando ou através de sonhos e visões. (Jó 33.14,15). O jovem Eliú sugere que Jó seria orgulhoso e, por isso, Deus não o respondia. De fato, o orgulho humano impede que ele se aproxime de Deus. Mas, esse não era o caso de Jó. Vejamos o que disse Jó, em um dos seus discursos: “Como, então, poderei eu discutir com ele? Como achar palavras para com ele argumentar?” (Jó 9.14)


3. O mistério da redenção. Eliú entende que Deus também usa a enfermidade como um canal de comunicação com o ser humano e, por causa dela, envia-lhe um anjo (“Malek”, que significa mensageiro), para anunciar o que o homem deve fazer, ou para interceder por sua cura.  (Jó 33.19-23). Jó havia feito referência a um mediador celeste, que intercedesse por ele diante de Deus: “Eis que também agora a minha testemunha está no céu, e nas alturas o meu testemunho está”. (Jó 16:19); “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25). 

Muitos vêem na figura deste mensageiro, uma teofania do Senhor Jesus Cristo. Teofania é um termo teológico para expressar manifestação divina antes da encarnação do verbo, normalmente através de um personagem que a Bíblia chama “O Anjo do SENHOR”, e pelo contexto, percebemos que trata-se do próprio Deus, como em  Êxodo 3.2, quando Deus falou com Moisés. 


II. O SOFRIMENTO COMO MEIO DE REVELAR A JUSTIÇA E A SOBERANIA DE DEUS


1. A justiça de Deus. Eliú ao defender a Justiça de Deus, acusa Jó de orgulho e insolência, por ter defendido a sua inocência. Assim como fizeram os outros amigos, Eliú parece entender que Jó havia pecado e insistia em sua inocência. Sendo assim, ele defende a Justiça de Deus, argumentando que Deus retribui a cada um segundo as suas próprias obras e não comete injustiça. Logo, o sofrimento de Jó era uma retribuição justa da parte de Deus. Realmente, Deus é justo e não comete injustiças. Ele julga com a mais absoluta justiça. Mas, Jó não estava sendo punido por seus pecados. 

2. O caráter de Deus. Em seu discurso, no capítulo 34, Eliú descreve alguns aspectos do caráter justo de Deus:

a. Deus é justo quando pune o homem (Jó 34.11,12) 

b. Deus é o governante supremo e não deve satisfações a ninguém (Jó 34.13);

c. Deus é o dono da vida e cabe a Ele decidir quem vive e quem morre. (Jó 34.14,15)

d. Deus não faz acepção de pessoas. (Jó 34.16-20) 

e. Deus é onisciente e conhece não apenas as ações, mas também, as intenções das pessoas. (Jó 34.21-25)

f. Deus é justo e não deixará a maldade impune. (Jó 34.25-30).


3. A vontade soberana de Deus. Eliú encerra o capítulo mostrando a Jó que Deus, em sua soberania e livre vontade, não tem a obrigação de agir segundo o querer do homem. (Jó 34. 33). Ao contrário do que pensam os panteistas, que afirmam que Deus é uma energia impessoal, as Escrituras nos mostram que Deus é um ser pessoal. Deus tem intelecto, sentimento e vontade. Além de ter vontade própria, a vontade de Deus é soberana, ou seja, Deus faz o que Ele quer, quando quer e como quer. 

Na opinião de Eliú, Deus jamais age com injustiça e ele está certo neste ponto. Porém, assim como os seus amigos, ele erra quando parte do pressuposto de que Jó pecou e o seu sofrimento é, de certa forma, uma retribuição da parte de Deus. 


III. O SOFRIMENTO COMO UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE DEUS

1. Aprendendo com o sofrimento. Conforme vimos em lições anteriores, os outros amigos de Jó acreditavam que o sofrimento é uma punição de Deus para os ímpios e que os justos não passam por tribulações. Segundo criam, se Jó estava sofrendo, só tinha uma explicação: Ele estava em pecado e Deus o estava punindo. Eliú, provavelmente, acreditava também que Jó havia pecado contra Deus. Porém, diferente dos outros, ele não via o sofrimento como uma punição divina e sim como instrumento com um instrumento de ensino. 


2. Adorando a Deus em meio ao sofrimento. No capítulo 36 e versículo 26, Eliú afirma que “Deus é grande, e nós o não compreendemos”. Eliú enaltece a majestade e grandeza de Deus na criação e espera com isso, levar Jó a reconhecê-lo como tal. (Jó 36.24-25). Eliú acha contraditório o fato de Jó exaltar a Deus e por outro lado reclamar dele. De fato, murmuração e adoração não podem andar juntas. Devemos adorar a Deus em qualquer circunstâncias. Algumas ideias absurdas que se prega nas Igrejas neopentecostais de "não aceitar", "determinar" e "exigir", não combinam com adoração ao Deus soberano. 


CONCLUSÃO


O sofrimento é uma realidade que faz parte da vida do Cristão neste mundo. A forma como nós o encaramos faz toda diferença. No sofrimento, Jó conheceu a Deus de perto e não apenas de ouvir falar. O sofrimento na vida do crente não é para destruí-lo e sim para aperfeiçoá-lo e aproximá-lo de Deus. 


Pb. Weliano Pires

Igreja Evangélica de Deus

Ministério do Belém

São Carlos - SP


REFERÊNCIAS: 


Revista LIÇÕES BÍBLICAS. RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020. 

Revista Ensinador Cristão.  RJ: CPAD, 4° Trimestre de 2020.


04 dezembro 2020

Estudo da Lição 10: A última defesa de Jó



Culto online de ensino bíblico com o Pb. Weliano Pires e sua família. Estudamos a lição 10, da nossa Escola Bíblica Dominical, cujo tema é: A última defesa de Jó. 

Nesta lição veremos que Jó faz uma retrospectiva de sua vida. Ele pôde ver o quanto foi abençoado, embora o momento presente contrariasse todo o seu passado. Jó faz um discurso com três partes: a lembrança do seu passado feliz; o lamento pelo seu sofrimento no presente; a defesa da sua ética sexual e social e perspectivas em relação ao futuro. 

É muito importante fazermos esse exercício retrospectivo, mas sem, contudo, perder a esperança. O que Deus fez em nosso passado deve-nos trazer a esperança para o presente.

03 dezembro 2020

Lição 10: A última defesa de Jó

Data: 06 de Dezembro de 2020

TEXTO ÁUREO: 

“Ou não vê ele os meus caminhos e não conta todos os meus passos?” (Jó 31.4).

 

VERDADE PRÁTICA

“Ao olhar retrospectivamente para o passado, lembre o quanto Deus trabalhou nele.”

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jó 29.1-5; 30.1-5; 31.1-5.

Jó 29

1 — E, prosseguindo Jó em sua parábola, disse:

2 — Ah! Quem me dera ser como eu fui nos meses passados, como nos dias em que Deus me guardava!

3 — Quando fazia resplandecer a sua candeia sobre a minha cabeça, e eu, com a sua luz, caminhava pelas trevas;

4 — como era nos dias da minha mocidade, quando o segredo de Deus estava sobre a minha tenda;

5 — quando o Todo-Poderoso ainda estava comigo, e os meus meninos, em redor de mim;

Jó 30

1 — Mas agora se riem de mim os de menos idade do que eu, e cujos pais eu teria desdenhado de pôr com os cães do meu rebanho.

2 — De que também me serviria a força das suas mãos, força de homens cuja velhice esgotou-lhes o vigor?

3 — De míngua e fome se debilitaram; e recolhiam-se para os lugares secos, tenebrosos, assolados e desertos.

4 — Apanhavam malvas junto aos arbustos, e o seu mantimento eram raízes dos zimbros.

5 — Do meio dos homens eram expulsos (gritava-se contra eles como contra um ladrão),

Jó 31

1 — Fiz concerto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?

2 — Porque qual seria a parte de Deus vinda de cima, ou a herança do Todo-Poderoso desde as alturas?

3 — Porventura, não é a perdição para o perverso, e o desastre, para os que praticam iniquidade?

4 — Ou não vê ele os meus caminhos e não conta todos os meus passos?

5 — Se andei com vaidade, e se o meu pé se apressou para o engano.

INTRODUÇÃO

Na lição passada, vimos o tema: Jó e a inescrutável sabedoria de Deus. Estudamos o capítulo 28 do livro de Jó, onde ele faz uma apresentação da verdadeira sabedoria, fazendo um contraste entre a sabedoria meramente humana e a sabedoria que vem de Deus. Jó conclui dizendo que a verdadeira sabedoria é o temor do Senhor.  

Na lição desta semana, veremos que Jó faz uma retrospectiva de sua vida. Ele pôde ver o quanto foi abençoado, embora o momento presente contrariasse todo o seu passado. Jó faz um discurso com três partes: a lembrança do seu passado feliz; o lamento pelo seu sofrimento no presente; a defesa da sua ética sexual e social e perspectivas em relação ao futuro.

É muito importante fazermos esse exercício retrospectivo, mas sem, contudo, perder a esperança. O que Deus fez em nosso passado deve-nos trazer a esperança para o presente. 

I. JÓ RELEMBRA SEU PASSADO DE GLÓRIA

Nesta primeira parte do seu discurso, Jó lembra os tempos passados quando era visto e reconhecido socialmente por todos. Jó era muito rico e espiritualmente próspero. Ele também era socialmente reconhecido pelos jovens, necessitados e anciãos. 

1. Prosperidade material e espiritual (29.1-11). Jó, num sentimento de nostalgia, recorda que no passado Deus protegia a ele é à sua família e recorda que a presença de Deus estava sempre com ele. Isso demonstra que a prosperidade de Jó não era apenas material, como já vimos em lições anteriores, mas também espiritual.

2. Reconhecimento social (29.14-25). Jó, em seus tempos de prosperidade, era um homem extremamente respeitado na sociedade em que vivia, não apenas pelos mais velhos, mas, também pelos jovens. As descrições e linguagem jurídica, contidos no capítulo 29, sugerem que ele fazia parte de um grupo de conselheiros e juízes da comunidade em que vivia. Mesmo sendo rico e influente, Jó era justo e altruísta. Ele ajudava aos pobres, órfãos e viúvas e defendia as causas dos menos favorecidos que não tinham ninguém por eles. (Jó 29.12,13). 

3. Uma ponderação importante. O comentarista faz aqui uma diferenciação importante entre a justiça social e filantropia praticados por Jó e os princípios socialistas de justiça social. Na atualidade, muitos simpatizantes do socialismo distorcem textos bíblicos, com o objetivo de achar apoio bíblico para a sua ideologia. Mas, em momento algum, a Bíblia defende a justiça social, com a divisão de renda mediante a força do estado, tomando de uns para dar a outros. O que a Bíblia recomenda é que o cristão, em particular, dê do que é seu aos necessitados. A mensagem do Evangelho não tem nada a ver com mudança econômica deste mundo. Nós não somos daqui e não fomos chamados para tornar o mundo melhor. 

II. JÓ LAMENTA SEU ESTADO PRESENTE

Nesta segunda parte do seu discurso, Jó trata do momento de sofrimentos que ele estava atravessando. No lugar da riqueza, Jó teve uma imensa perda de bens; no lugar de certezas espirituais, dúvidas e questões; no lugar do respeito e reconhecimento, vergonha e escárnio diante de todos da cidade. Jó, de fato, soube o que foi ter tudo e, em seguida, não ter nada.

1. Desprezo por parte dos jovens e das classes menos favorecidas (30.1-23). No antigo Oriente, os mais velhos eram respeitados e considerados sábios. Além disso, Jó havia conquistado o respeito dos jovens e dos menos favorecidos, por conta da sua conduta justa e humanista. Entretanto, agora com o seu infortúnio, ele era desprezado e escarnecido por estes grupos sociais. Isso nos mostra a ingratidão do ser humano sem Deus. As pessoas valorizam mais o "ter" do que o "ser". Há uma frase que diz: "Quer saber quantos amigos você tem? faça uma festa. Quer saber a qualidade deles? Fique doente ou precise deles."

2. Abatimento físico e emocional (30.16-31). Jó sentia-se abandonado por Deus e nessa parte do seu lamento, Jó relembra o seu sofrimento físico e emocional. No capítulo 30, versículo 18, Jó olha para as suas vestes desfiguradas e vê a marca do seu sofrimento. Alguns comentaristas dizem que palavra traduzida por "desfigurada", pode ser traduzida por "manchada", dando-nos a ideia de que as vestes de Jó haviam sido manchadas pelos seus ferimentos. 

3. Deus teria abandonado Jó? Jó sentia-se abandonado por todos: sua esposa, seus "amigos" e até por aqueles que ele ajudara nos tempos de prosperidade. Diante de tamanha amargura, Jó achava que Deus estava por trás do seu sofrimento e também o havia abandonado. Mas, isso não era verdade. Em todo o tempo, Deus estava com ele. Jó só compreendeu isso depois. Deus jamais abandona um filho seu. Nas lutas e aflições, temos a impressão de que Deus nos esqueceu e não nos ouve. Mas, isso jamais acontecerá. (Is 49.15). 

III. O FUTURO EM ABERTO DE JÓ

Na terceira e última parte do discurso, Jó defende a sua ética sexual. Não havia nada que manchasse a sua vida nessa área. Ele faz também uma defesa de sua ética social. Jó tinha compromisso com os menos favorecidos, com os seus servos e com as pessoas que tinham contato direto com ele. Diante desse quadro todo, Jó deseja algo: ser inocentado diante de Deus.

1. Jó em defesa de sua ética sexual (31.1-4). Mesmo vivendo antes da Lei mosaica, quando Deus estabeleceu os parâmetros para a sexualidade, Jó tinha uma consciência pura. Jó vivia a monogamia e não se deixar engodar pela impureza sexual. Jesus disse que um olhar malicioso para uma mulher, já é considerado adultério diante de Deus. (Mt 5.27,28). Existem dois pecados nesse sentido: o pecado da lascívia, que é cometido pela pessoa que expõe o próprio corpo para provocar desejos; e o pecado da impureza sexual, que é cometido por quem olha e fica imaginando coisas impuras. 

2. Jó em defesa de sua ética social (31.16-23). Jó tinha um coração amoroso e disposto ajudar o próximo, sem esperar nada em troca, pois, as pessoas que ele ajudava (os pobres, viúvas e órfãos) não tinham com que lhe retribuir. A verdadeira filantropia deve ser feita no anonimato e sem interesses de autopromoção. Há pessoas que até ajudam aos necessitados, mas, fazem questão de tirar fotos, fazer vídeos e divulgar nas redes sociais, com o objetivo de obter vantagens políticas ou elogios à sua religião. Jesus disse que devemos "dar esmolas com a mão direita, sem que a esqueceu saiba."

3. Jó busca a resposta de Deus (31.35-37). Por último, Jó nutre esperança em relação ao seu futuro. Ele está consciente da sua inocência e deseja apresentar-se diante de Deus e ser ouvido por Ele, pois, tem certeza de que seria inocentado. Na verdade, nenhum ser humano tem condições de se justificar diante de Deus, por seus próprios méritos. Mas, Jó não tinha o conhecimento da Graça de Deus, que foi revelada através de Jesus Cristo, nosso Senhor. Segundo a concepção da sociedade da época, Deus punia os ímpios e poupava os justos. Os amigos de Jó, partindo deste pressuposto, diziam que os sofrimentos eram a punição pelos pecados cometidos. Jó, porém, tinha a consciência tranquila de que não era ímpio. Sendo assim, ele almejava se apresentar diante de Deus e fazer a sua defesa. 

CONCLUSÃO

Não podemos perder a esperança. Quando estamos debaixo de alguma pressão, é necessário olhar para o que Deus fez e confiar que Ele pode fazer hoje. O que Deus fez no passado, pode fazer no presente e no futuro.


Pb. Weliano Pires
Ministério do Belém
São Carlos - SP.

Assembleia de Deus


REFERÊNCIAS:
REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2020. 
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO.  Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2020. 



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