09 outubro 2018

O Bolsonaro é fascista?


É comum hoje em dia, quando faltam argumentos aos petistas (coisa comum), chamar os eleitores de Jair Bolsonaro de ‘facistas’ (sim, eles escrevem sem o ‘s’ depois do ‘fa’).

Se isso acontecer com você, a primeira coisa que você deve fazer é perguntar se ele sabe o que é fascismo. Evidentemente, ele não saberá responder, pois, repete esta bobagem que ouve por aí, sem ao menos saber o que significa.

A segunda coisa que você deve fazer é explicar, calmamente, que o fascismo foi um regime de governo altamente nacionalista e autoritário, que teve grande relevância na Europa no século XX.

Na Itália, o regime fascista foi estabelecido após a Primeira Guerra Mundial sob o comando de Benito Mussolini, que governou de 1922 a 1943. Na mesma época, os ideais fascistas serviram de base para o surgimento do nazismo na Alemanha.

Em terceiro lugar, chame-o para comparar as características do fascismo, com as idéias do Bolsonaro e com as da esquerda atual. Veja abaixo, oito caracteríscas principais do fascismo:

1. Valoriza o nacionalismo. O nacionalismo vai na contramão do liberalismo econômico e da Globalização. O Bolsonaro já defendeu isso, nos anos 90, no início da sua carreira política. Mas, hoje ele defende abertamente o liberalismo econômico, o fim do protecionismo, a meritocracia e as privatizações. O seu mentor econômico é o Professor Paulo Guedes, que é um liberal conhecido internacionalmente. Quem defende o nacionalismo hoje é o PT, PDT, PC do B, PSOL, PSTU e a esquerda em geral.

2. Totalitarismo e Corporativismo. Neste aspecto, o fascismo, defendeu o controle absoluto do estado sobre os cidadãos e criou os sindicatos de empregados e patrões, controlados pelo partido Comunista, para garantir que todas as áreas estivessem de acordo com os ideais do governo.
O Bolsonaro e os seus eleitores combatem duramente isso. Aliás, quem praticou este modelo foram os governos do PT, que distribuíam verbas para as Centrais Sindicais, UNE, MST e outros movimentos sociais, para que estes defendessem os interesses do governo.
Falando em totalitarismo e corporativismo, este é o modelo cubano e venezuelano, tão defendidos pelo PT e seus asseclas.

3. Ênfase no militarismo. Neste aspecto, o Bolsonaro defende o militarismo e a valorização das Forças Armadas e da Polícia. Porém, ele não defende uma polícia política para defender os interesses do governo, como fazia o fascismo. Quem fez e faz isso, foram os regimes bolivarianos de Chavez/Maduro, Evo Morales e a ditadura da Coréia do Norte.

4. Obsessão com a segurança nacional.  O fascismo usava a questão da segurança nacional, no sentido de conflitos bélicos e guerra civil. Não é esse o caso do Bolsonaro. Ele defende a segurança nacional contra criminosos e defende a proteção das nossas fronteiras, para evitar a entrada de armas ilegais e tráfico internacional de drogas. Isso não tem nada a ver com fascismo.

6. Desprezo por intelectuais e artistas. O fascismo, por ter um índice muito alto de popularidade, desprezava artistas e intelectuais e artistas que criticavam o governo e apoiavam a sua hostilização.
O Bolsonaro não hostiliza intelectuais e artistas que o criticam. Ele é crítico de artistas e intelectuais que se vendem ao governo e mentem a favor deste. Quem hostilizou duramente os críticos do governos foram os governos do PT. Lula chegou a expulsar do Brasil, um jornalista do The New York Times, que ousou dizer que ele gostava de bebidas. Rachel Sheherazade, Reinaldo Azevedo, Marco Antonio Vila, Pr. Silas Malafaia e muitos outros foram e são xingados publicamente por petistas.

7. Controle da mídia e censura. O fascismo, além de fazer o controle dos meios de comunicação pelo próprio governo, usa meios indiretos para censurar idéias contrárias ao regime.
Nesse sentido, não há nenhuma semelhança com o Bolsonaro, que defende abertamente a liberdade de imprensa e de expressão e é contrário ao governo ter influência na mídia por meio de verbas publicitárias.
O PT, por sua vez, desde que assumiu o poder em 2003, mostrou os seus tentáculos de controle dos meios de comunicação. Criou a TV Brasil, conhecida como TV do Lula, e contratou vários jornalistas simpáticos ao PT, como Franklin Martins, Tereza Cruvinel e outros. Tentou criar o Conselho Federal de Jornalismo, para avaliar antecipadamente o que poderia ser publicado. Foi duramente criticado e recuou. Depois, tentou com o PNDH-3, o controle social da mídia, onde ‘movimentos sociais’ iriam decidir o que poderia ou não ser publicado. Como estes movimentos são controlados pelo PT seria, evidentemente, censura.

8. Usa a religião como forma de manipulação. O fascismo tentou confiscar os bens da Igreja, porém, depois resolveu usar os preceitos religiosos a seu favor, apesar de Mussolini ser ateu. Nesse sentido, é muito parecido com o PT, que nasceu em parte, na chamada Teologia da Libertação da Igreja Católica e tem apoio de teólogos como Frei Beto, Julio Lancelotti, Leonardo Boff, etc. Tem apoio também de pastores da chamada Teologia da Missão Integral, que é uma versão protestante da Teologia da Libertação. Ambos deturpam textos bíblicos para defender teses socialistas. Benedita da Silva, recentemente, defendeu derramamento de sangue, usando o texto de Hebreus 9.22, que se refere à morte de Cristo.

Isso posto, concluo que quem mais se parece com o fascismo é o lulopetismo e não Jair Bolsonaro.

Weliano Pires

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