02 julho 2018

Quem é você? De onde veio? Para onde vai?


Certo jovem, incumbido na faculdade de elaborar um texto filosófico, afastou-se da correria da cidade para uma região rural, a fim de poder refletir com mais tranquilidade. Sentado embaixo de uma frondosa árvore — com aquela pose de pensador, parecendo Rodin no seu bronze — pôs-se a arrazoar sobre as três grandes indagações da Filosofia: Quem sou? De onde vim? Para onde vou?

Apesar de essas questões atravessarem milênios, alimentando a dialética dos grandes pensadores, o jovem (que fora orientado em seu curso a questionar) não se cansava de perseguir respostas, ainda que não fossem conclusivas. Ele não tinha a ambiciosa pretensão de obter respostas definitivas, mas elas aguçavam mais e mais o seu senso crítico.

Após fazer alguns apontamentos acerca do que pensara, avistou no horizonte uma pessoa que rapidamente se aproximava. Era um homem com uma aparência muito simples, trajando camisa xadrez — bem desgastada — e calça de tergal. O rosto dele, sombreado pelo chapéu de palha, apresentava-se visivelmente sofrido pela ação do sol. Os seus pés descalços e uma enxada sobre o ombro direito completavam o quadro.

— Bão dia — disse o homem. — Bom dia — respondeu o acadêmico. Curioso, ao ver tantos livros espalhados, o trabalhador do campo perguntou ao universitário: — O sinhô é dotô?

A pergunta soou um tanto inocente para o jovem, que respondeu, segurando-se para não dar uma gargalhada: — Ainda não... — Devi di sê priciso istudá muito pra modi sê dotô. Nóis da roça num sabemo assiná nem o nome — insistiu o sertanejo na conversa. O rapaz, então, resolveu fazer uma brincadeirinha: — Para se tornar um doutor basta apenas responder três perguntas: Quem é você? De onde veio? Para onde vai? Admirado com o que acabara de ouvir, o roceiro respondeu: — O sinhô deve di tá brincando; quem é que num sabe respundê isso? Inté os minino piqueno sabe disso. Sou Zé Cipriano, venho da roça e vo pra casa armoçá. O sinhô num sabe isso não, dotô?

Essa historinha mostra que o fato de alguém ser um acadêmico não lhe confere capacidade para responder às tais perguntas. Há muitos mitos teóricos, que, devido às sucessivas vezes em que foram abordados, cristalizaram-se, transformando-se em “verdades” inquestionáveis. É estranho o fato de pessoas admitirem que são produtos do acaso. A negação da humanidade do homem provém da falta de pensar dos que abraçaram uma crença absurda e ultrajante, que só gera um sentimento depreciativo da humanidade, uma negação de sua origem e de seu propósito. Como conceber que o Universo e a própria vida, com toda a sua complexidade, são resultados de uma involuntária reação química em um lago primordial? Bem mais simples, porém lógico, coerente e exeqüível, é abrir mente e olhos, e reconhecer, ante as evidências, a nossa honrosa projeção por um Criador, e a necessidade urgente de nos relacionarmos com Ele.

A pergunta inquietante é: Para onde você vai? Jesus Cristo, o único Salvador, disse:

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.”

Bem, existem dois caminhos; a escolha é sua: basta pensar; e aceitar o sacrifício de Jesus. Espero que, sem preconceito, reconsidere as suas convicções e opte pelo lugar que Deus projetou para os que o aceitam. Receba Jesus em seu coração; aceite como Salvador e Senhor aquEle que disse:

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.”
(João 10.9).
Fonte: www.editoracpad.com.br/evangelizacao


Três promessas de Deus para o futuro


   
O futuro é um grande mistério para nós, mas, Deus sabe todas as coisas. Ele não nos revela tudo, afinal, isso tornaria nossa vida muito aborrecida! Mas, Ele nos faz algumas promessas na Bíblia, que nos dão segurança e esperança para o futuro:

1. Vitória depois da aflição
“Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.” (João 16.33).     
Deus não promete um futuro sem aflições. Mas, Ele promete vitória sobre o mundo, para todo aquele que crê em Jesus. Todos passamos por dificuldades, mesmo quando somos fiéis a Deus. Mas, o sofrimento não é o fim. A vitória já está garantida!

2. Jesus vai voltar
“Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez.” (Apocalipse 22.12).   
Um dia, Jesus vai voltar para buscar aqueles que o amam. Quando isso acontecer, todas as pessoas serão julgadas e cada um será retribuído de acordo com o que fez. Isso significa que quem morreu no pecado será castigado. Mas, quem é salvo receberá a vida eterna. A justiça será feita e tudo será restaurado!

3. Restauração e vida eterna
“Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: 'Agora, o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais, Ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou'.”. (Apocalipse 21.3-4)   
No fim dos tempos, Deus vai restaurar todas as coisas. Já não haverá mais sofrimento nem dor. Todos que amam Jesus receberão uma vida nova, eterna, para sempre juntos de Deus. Nosso futuro próximo poderá ter dificuldades, mas a eternidade será maravilhosa!

Não desista de Jesus, ele tem coisas maravilhosas preparadas para seu futuro!

Fonte: www.bibliaon.com

24 junho 2018

Três razões para crer que Deus existe

Existem centenas de razões, para se crer que Deus existe! Deus nos dá provas da sua existência e seu do poder, de muitas formas diferentes. Nos momentos de dúvida e confusão, essas provas ajudam a manter a fé.

Essas são apenas três, das muitas provas que Deus existe:

1. A natureza
“Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas....” (Romanos 1.20)
Nosso mundo é espantoso! Mesmo quando tudo parece caótico, toda a matéria age e interage, de acordo com regras complexas. Na natureza, tudo tem o seu lugar. Cada criatura é extremamente detalhada e existem milhões de criaturas vivas! O mundo é demasiado complexo e funciona demasiadamente bem, para ser apenas obra do acaso. Somente um grande Artista, poderia ter criado um mundo tão bem elaborado... Tudo o que você vê, ouve e sente prova que Deus existe.

2. A Bíblia
“Antes de qualquer coisa, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1.20-21)
Não existe nenhum outro livro como a Bíblia. São 66 livros, escritos ao longo de aproximadamente 1600 anos, em vários estilos diferentes, por vários tipos de pessoas, que viveram em circunstâncias muito diferentes. E todos com a mesma mensagem! Quanto mais você descobre sobre a Bíblia, mais você vai se surpreender! Isso é porque, na verdade, a Bíblia foi inspirada por um único Autor: Deus!

3. Jesus
“Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo.” (Hebreus 1.1-2)
Deus não se limitou a falar conosco através da natureza e de textos escritos. Ele veio ao mundo pessoalmente e andou entre nós! Em Jesus encontramos a maior razão para crermos na existência de Deus. Em tudo que Jesus disse e fez, ele mostrou o poder e a sabedoria de Deus. Através de Jesus, você pode conhecer a Deus pessoalmente e comprovar que ele é real e o ama. 

Quantas outras razões você tem para crer que Deus existe?

Fonte: www.bibliaon.com

07 junho 2018

Cristo fará que estejamos com Ele na glória

Vejamos agora outra coisa que Ele fará em João 17: 24: “Pai, aqueles me destes quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo…”

Essas palavras ele as disse no cenáculo, na última noite, antes de ser crucificado e sofrer a terrível agonia e morte no Calvário. Vejo alguns aqui, cujos rostos começam a serem iluminados perante a ideia de que verão ao Rei em sua formosura. Sim, em um dia glorioso isso terá lugar.

Alguns crêem que o dia em que se convertem já conseguiram tudo. Sem a menor sombra de dúvida, obtemos a salvação para o nosso passado, a paz para o presente, mas teremos também a glória futura. É por isso que Paulo se regozijava. Dizia ele: “Estas leves aflições, estes açoites, estas pedras que me lançam; tudo isto é muito pouco, a glória que há mais além, excede, contudo, a tudo isto, que não conta para nada com tal que que possa ganhar a Cristo” E assim, quando as coisas vêm contra nós, reanimemo-nos e lembremos que a noite vai passar e logo haverá um amanhã para nós.

Falta somente um ponto às oito coisas que vimos. Consideramos as coisas que Cristo fará: dar-nos-á descanso, não rejeitará a ninguém e receberá a todos que se alegrarem com Ele, nos fará limpos, dará testemunho que pertencemos a Ele, nos fará pescadores de homens, não nos deixará órfãos, nos ressuscitará no último dia e fará que estejamos com Ele na glória.

Os pecadores hão de dizer: “Levantar-me-ei e irei ao meu Pai” Quem quer dizer isso hoje? Quem quer ir a Deus como foi o filho pródigo? Posso vê-lo daqui. Ele está olhando em direção ao horizonte, às colinas distantes, onde aparece a casa do Pai que abandonou e sabe que ali seu pai amoroso, com a cabeça branca, o está esperando. O filho diz para si mesmo: “Estou perecendo aqui de fome enquanto na casa de meu pai há abundância de pão. Me levantarei e irei ao meu Pai.” Esta foi o momento decisivo de sua vida. Não é algo glorioso?

Quando o Sr. Spurgeon pregava outro dia em West End, fez um resumo das coisas que o público tinha ouvido falar antes. Alguns, lhes disse, haviam pisado por cima das orações dos fiéis mestres da escola dominical que lhes suplicavam com lágrimas e que iam às casas para falar com elas. Houve resistência de todas as suas súplicas e sua influência já não os afetavam. E também lhes disse que passaram por cima das lágrimas e orações de suas mães que, talvez, já descansam no sepulcro hoje. Também pularam por cima das lágrimas e orações de seu pai e de seu pastor, um homem piedoso e fiel. Houve um tempo em que seus sermões lhes faziam efeito, mas agora já não lhes causam impressão alguma. Foram em algumas reuniões especiais e não houve comoção por parte deles. E mesmo assim, dizem que seguem seguros. Bem, é verdade, mas recordem que você está chegando aceleradamente mais próximo ao inferno e que não há homem que possa abrigar esperanças de ser salvo se deixa endurecer seu coração.

Amigos meus, digam: “Me levantarei hoje”. Haverá alegria no céu hoje pelo seu regresso. Leia Lucas 15:10: “há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Regresse agora e viva!

(Tópico 8, do Sermão "as 8 coisas que Cristo realizará", pregado no Século XIX pelo Evangelista D. L. Moody)

Cristo nos ressuscitará no último dia

Sendo assim, há outra coisa que Ele fará, segundo João 6.40; no capítulo aparece quatro vezes: “ e eu o ressuscitarei no último dia”.

Acho doce a ideia de ter um Salvador que tenha poder sobre a morte. Meu bendito mestre tem as chaves da morte e do inferno. Eu sinto muito pelos incrédulos e infiéis, pois eles não têm esperança de uma vida eterna. Mas todo filho de Deus pode abrir este capítulo e ler a promessa e seu coração saltará dentro dele de prazer em fazer isso.

Em geral, os comerciantes colocam os melhores produtos na vitrine para que todos vejam sua qualidade. O mesmo aconteceu quando Cristo esteve nesta terra e nos deu uma amostra do que Ele podia fazer. Temos, por exemplo, os casos da filha de Jairo, do filho da viúva e de Lázaro. Ele ressuscitou os três para afastar toda dúvida que pudesse restar em nosso coração. Que obscuro e sombrio seria este mundo se não tivéssemos esperança de ressuscitar, no entanto, quando colocamos os nossos filhinhos em um túmulo, ainda que seja com peso e dor no coração, não é sem esperança. Vimos sua luta terrível com a morte, vimos sua partida, mas há uma estrela que ilumina as trevas: o pensamento de que, ainda que o laço feliz tenha sido rompido na terra, voltará a ser refeito ali, em um mundo de luz celestial. Mesmo tendo perdido um ser querido, regozije-se ao ler o que Jesus fará.

Os que morreram em Cristo voltarão a ser recobrados mais tarde. As trevas se dissiparão e a luz da manhã da ressurreição cairá sobre nós.

Há um só curto tempo de espera e logo ouviremos a voz, mesmo no túmulo, daquele que disse: “eu o ressuscitarei no último dia”. Esta é uma promessa preciosa.

(Tópico 7, do Sermão "as 8 coisas que Cristo realizará", pregado no Século XIX pelo Evangelista D. L. Moody)


Cristo não nos deixará órfãos



Achamos em João 14:18: “Não vos deixarei órfãos”. Para mim, este é um doce pensamento, de que Cristo não nos tenha deixado sozinhos, neste escuro deserto aqui. Embora Ele tenha subido ao céu e já ocupou Seu lugar a destra do Pai em Seu trono, não nos abandonou. Como diz o texto: “não nos deixou órfãos”.

Ele não abandonou José, quando o colocaram na prisão. “Deus estava com ele”. Quando Daniel foi jogado na cova dos leões, o Todo-Poderoso estava com ele. Estavam juntos, não podiam se separar. Então Deus também “caiu” na cova dos leões com Daniel.

Se tivermos Cristo conosco, podemos tê-Lo por completo. Não pensemos no quão fraco somos. Elevemos os nossos olhos a Ele e pensemos nEle como nosso irmão mais velho, que tem todo o poder, porque lhe foi dado, nos céus e na terra.

Disse Jesus: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28:20). Alguns amigos e filhos podem nos deixar; e é muito triste, um momento quando um membro de nossa família se vai para um país distante, por exemplo, para a Austrália. Mas, graças a Deus, um cristão e Cristo nunca estarão separados.

Ele está conosco aqui e nós estaremos com Ele pessoalmente. Estaremos com Ele e o veremos em Sua formosura, em breve. No entanto, não somente Ele está conosco, mas, também nos deixou o seu Espírito Santo, o qual nos diz todas as coisas. Damos honra ao Espírito Santo, porque reconhecemos que está aqui no meio de nós. Ele tem poder para dar vista ao cego, liberdade ao cativo e abrir os ouvidos do surdo, para que possamos ouvir as gloriosas palavras do evangelho.


(Tópico 6, do Sermão "as 8 coisas que Cristo realizará", pregado no Século XIX, pelo Evangelista D. L. Moody)

06 junho 2018

Cristo nos fará pescadores de homens

Creio que existem muitos cristãos que foram avisados para dizer: “Quero fazer um algum trabalho para Cristo”. Bom, Cristo diz: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4:19 e Marcos 1:17). Não existe cristão que não possa trazer alguém ao Salvador. Cristo disse: “E eu, quando for levantando da terra, todos atrairei a mim” (João 12:32) e o nosso dever é exatamente esse, levantar a Cristo e viver para Ele. Você pode pregar com a eloqüência do anjo Gabriel, mas, se vive como um demônio, sua pregação não servirá para nada. Não importa quão eloqüente você seja e quão charmosa seja a linguagem que usa, sua pregação não servirá para nada. Não vale nada seguir a este homem ou àquele, siga a Cristo e somente a Ele. Ele é quem diz que nos fará pescadores de homens. Duvido que Pedro tenha pescado tantos peixes em um dia, como pescou homens no dia de Pentecostes. Qualquer rede romperia se tivessem de arrastar três mil peixes. Nosso Senhor disse: “Siga-me, Pedro, e eu te farei um pescador de homens” e Pedro o obedeceu e, aqui, no dia de Pentecostes, podemos ver o resultado. No entanto, há uma razão, uma grande razão a qual muitos falham. Muitos homens bons tem me perguntado: “Por que não temos resultado algum? Trabalhamos firmes, oramos muito, pregamos conscientes e não há nenhum sucesso?” Eu lhe digo: “É porque muitos passam todo o tempo disponível remendando suas redes. Não é estranho que não pesquem nada”. É importante celebrar reuniões para os interessados e deste modo lançar a rede e então ver se há algum resultado. Se sempre se está remendando a rede, não pescará muitos peixes. Quem já ouviu um homem que foi pescar e levando a rede, em seguida, deixou-a ali, sem usá-la? Todo o mundo se riria dessa loucura. Havia um ministro em Manchester que veio um dia e me disse: “Queria que me dissesse por que nós e alguns ministros não temos mais resultados do que temos tido?”. Sugeri a ele a ideia de pegar algumas redes e completei: “É necessário lançar a rede”. Disse a ele que existem muitos ministros em Manchester que podem pregar muito melhor que eu, mas que não lançavam a rede. Muitas pessoas têm objeções às reuniões aos interessados, mas eu insisti sobre a importância das mesmas e o ministro respondeu: “Nunca lancei a rede. Vou tentar no próximo domingo”. Ele o fez e, oito pessoas, interessadas, ansiosas, foram ao seu estudo. No domingo seguinte vieram me ver e me disseram que nunca haviam tido um domingo tão maravilhoso e abençoado em sua vida. A próxima vez que foi lançada a rede, havia quarenta pessoas e quando veio me ver novamente na Casa de Ópera em que eu pregava outro dia, me disse alegre: “Moody, tive oitocentas conversões o ano passado. É um grande erro começar sem lançar a rede”. Portanto, amigos, se quiserem pescar homens, é necessário lançar a rede. Se somente se pescar um homem, já será algo. Pode ser um menino, mas conheci um menino que por meio dele a família inteira se converteu. Não sabemos o que há na cabeça dura deste garoto na sala dos interessados. Ele pode se transformar em um Martinho Lutero, um reformador que faça tremer o mundo, pois é impossível prever. Deus usa as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. A promessa de Deus é tão boa como um cheque do Banco da Inglaterra: “Prometo pagar ao fulano de tal…” e aqui está uma das notas de Cristo: “Se me seguirem, eu os farei pescadores de homens”. Não queres tomar posse da promessa, confiar nela e seguir a Ele agora? No entanto, se quisermos pescar homens, é necessário usar um pouco de sentido comum. Isto é, chamar pão ao pão e vinho ao vinho. Se um homem prega o evangelho e o prega fielmente, deve esperar resultados ali mesmo. Mas, se depois que proclamar as boas novas, houver necessidade que celebre uma reunião para os interessados e, se é necessário uma nova reunião, é melhor que vá até a casa das pessoas e que pregue para elas e ore com elas, pois, desta maneira, centenas de pessoas serão atraídas a Deus. Acredito que os filhos de Deus têm o privilégio de colher o fruto do seu trabalho trezentos e sessenta e cinco dias ao ano. “Bem” – disse alguém – “mas, não há tempo para semear e tempo para colher?” Sim, é verdade, há tempo para os dois, mas também pode semear com uma mão e colher com a outra. O que pensaria um camponês que estivesse semeando todo o ano e nunca colhesse? Repito, temos de semear com uma mão e colher com a outra e, se buscamos o fruto do nosso trabalho, o veremos. Se for levantado, a todos atrairei a mim mesmo, disse Cristo, e por isso temos de levantar a Cristo e buscar homens, usando a isca apropriada. Há muitos que não fazem isto e depois se maravilham do fracasso de seu trabalho. Em vez disso organizam todos os tipos de diversão para verem homens pescarem. Começam a trabalhar de uma forma falsa. Vou dizer-lhe o que este mundo que perece necessita. Precisa de Cristo e Cristo crucificado Há um vazio no coração de todo homem que precisa ser preenchido e somente indo até eles com a isca apropriada é que os pescaremos. Este pobre homem precisa de um Salvador e se temos sucesso na pesca de homens é porque pregamos o Cristo crucificado, não Sua vida somente, mas também Sua morte. Somente sendo fiel em fazer isso, teremos sucesso. E por quê? Porque há uma promessa: “Vinde após mim e eu os farei pescadores de homens”. E esta promessa vale a mesma coisa para você e para mim, como para os Seus doze discípulos, e é tão verdadeira agora como no tempo deles. Os sábios resplandecerão como o fulgor do firmamento e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas brilharão sempre e eternamente. Pense no grande privilégio de fazer uma alma chegar-se a Cristo. É como uma corrente que fluirá pelos séculos mesmo quando você não estiver mais presente. Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem. (Apocalipse 14:13). Pensemos agora em Paulo lá em cima. Há uma corrente de pessoas que vai ao céu cada dia e a cada hora, que são levadas a Cristo por meio dos escritos de Paulo. Paulo pôs em andamento uma corrente que vem fluindo desde dois mil anos. Imaginemos os homens que sobem ao céu e dizem: “Paulo, obrigado pela carta que você escreveu aos Efésios; achei Cristo nesta epístola. Paulo, obrigado por escrever a carta aos Coríntios. Paulo, achei Cristo na epístola aos Filipenses. Sou muito grato Paulo, pela epístola de Gálatas, achei Cristo nela.” E assim, me imagino junto a essas pessoas subindo e agradecendo Paulo em todo momento pelo que fez. Ah! Quando Paulo foi posto na prisão, não cruzou os braços e ficou indolente. Não, começou a escrever as epístolas que chegaram até nós ao largo das idades, levando milhares e milhares ao conhecimento de Cristo crucificado. “Sim” – disse Cristo também a Paulo – “te farei um pescador de homens se vens após mim”, e Paulo ainda segue pescando almas desde então. O diabo pensava que havia trabalhado com astúcia quando colocou Paulo na prisão, mas estava muito equivocado, pois deu um passo em falso, pelo menos desta vez. Não tenho dúvidas de que Paulo deu graças a Deus a partir da prisão de Filipos, dos açoites e do encarceramento. Tenho certeza que nunca saberemos antes de chegar ao céu as lições que os que estavam ao redor puderam ter com esta prisão.

(Tópico 5, do Sermão "as 8 coisas que Cristo realizará", pregado no Século XIX pelo Evangelista D. L. Moody)

A importância do deserto para o obreiro

“Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco”. (Gl 1.17)....