"Vendo, então, os irmãos de José que seu pai já estava morto, disseram: Porventura nos odiará José e certamente nos retribuirá todo o mal que lhe fizemos.
E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus?
Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida.
Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles." (Gênesis 50.15,19-21)
Todos nós, de alguma forma, passamos situações tristes e desagradáveis no passado. Em alguns momentos, fomos injustiçados, caluniados, agredidos (física ou apenas verbalmente), perseguidos, demitidos injustamente, abandonados por alguém que amávamos, traídos, etc. Uns mais outros menos. Mas, o fato é que há coisas do passado que nos fizeram sofrer.
O texto bíblico acima trata da situação de José, o filho preferido de Jacó, que fora vendido como escravo, pelos próprios irmãos e que, posteriormente, se tornou governador do Egito.
Os irmãos de José, por inveja, venderam-no como escravo, para se livrarem dele e, de forma cruel e desumana, contaram ao seu pai que um animal selvagem o despedaçara.
José foi levado ao Egito e se tornou escravo de Potifar, o chefe da Guarda de Faraó. Potifar ficou admirado com os bons serviços prestados por José e o nomeou encarregado geral da sua casa, devido ao grau de confiança que tinha nele. Entretanto, a esposa do patrão assediou sexualmente a José e, não sendo correspondida, acusou-o de tentativa de estupro. Potifar, mesmo tendo plena confiança em José, mandou prendê-lo.
Na prisão, José teve um comportamento diferenciado, em relação aos demais prisioneiros. Isso chamou a atenção do chefe da prisão, levando-o a colocar José como responsável pelos demais presos.
José passou dois anos preso, por um crime que não cometera. Durante este período, ele foi usado por Deus para interpretar os sonhos do padeiro e do copeiro do rei, cuja interpretação se cumpriu integralmente.
Depois de dois anos que José estava preso, Faraó sonhou dois sonhos. Chamou os seus sábios e pediu-lhes que os interpretassem, mas, eles não conseguiram. Foi aí que o copeiro lembrou-se do que acontecera na prisão e falou de José para Faraó.
Faraó mandou buscar José na prisão, contou-lhe os seus sonhos e José lhe deu a interpretação. Encantado com a interpretação e sabedoria de José, Faraó conversou com os seus conselheiros e nomeou José como governador geral do Egito.
Conforme a interpretação de José, vieram sete anos de fartura e, logo em seguida, sete anos de fome. Durante a fome, os irmãos de José foram ao Egito comprar alimentos e foram atendidos por José, porém, não o reconheceram. Depois, José se identificou para eles e, por fim, trouxe toda a sua família para o Egito, para perto de si e os sustentou.
Após a morte de Jacó, os irmãos de José ficaram receosos de que José fosse se vingar deles, por todos os males que eles lhe fizeram. Enviaram um pedido de perdão, em nome do pai, que ele tanto amava, dizendo que o pai antes de morrer, havia pedido que José os perdoasse. José, então, respondeu que eles não se preocupassem com isso, pois, o mal que eles intentaram fazer contra ele, Deus havia transformado em bem, para salvar a vida deles mesmos da fome.
Nós não temos o poder de alterar fatos que aconteceram no passado. O que foi feito está feito e não há como mudar isso. Entretanto, a forma como nós lidamos com isso no presente e como agiremos no futuro, fará toda diferença. Podemos escolher, permanecer presos ao passado, amargurados por aquilo que nos fizeram, ou perdoar as agressões sofridas e construir um futuro diferente, considerando as lições aprendidas e evitando cometer os erros do passado.
Se foi você que fez mal a alguém no passado, faça como os irmãos de José: procure a pessoa ofendida e peça-lhe perdão. Faça o possível para corrigir os danos causados por você. Se não for possível corrigir, lute para que isso jamais se repita com outras pessoas e use o seu exemplo como aprendizado.
Caso você tenha sido vítima da maldade de outras pessoas e isso tenha lhe causados prejuízos e sofrimentos, libere perdão, mesmo que a pessoa não se arrependa. O seu perdão não fará diferença alguma para uma pessoa má, que não se arrepende de ter feito você sofrer. Mas, fará um bem enorme a você mesmo. O perdão tira um peso enorme da nossa alma, eliminando toda raiz de amargura e abrindo as portas para ser feliz novamente.
Devemos trazer à memória apenas os fatos do passado que nos trazem alegria e esperança. Temos o poder de escolher o que fazer com os males que nos causaram. Podemos ficar nos alimentando deles e revivendo as dores, ou perdoando e fazendo o bem para que outras pessoas não passem por aquilo que passamos.
(Weliano Pires)
Excelente texto ,refletir cada palavra é trazer para dentro de nós o bem que se tira de cada palavra.
ResponderExcluirParabéns meu pastor!que o senhor Jesus te abençoe sempre e sua família.
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