“Venho para essa campanha calcado em um trabalho que realizei nas duas gestões como prefeito de Osasco”
Celso Giglio já foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Osasco, foi uma vez deputado federal e duas vezes deputado estadual. Seu currículo também conta com dois mandatos como prefeito de Osasco. Em 2010 ele foi eleito deputado estadual e este ano tenta assumir a prefeitura de Osasco pela terceira vez. Confira abaixo a entrevista concedida ao programa Bate-Papo, realizado com Vrejhi Sanazar, e veiculado pela TV Cidade. Dentre os principais assuntos abordados, Giglio fala sobre transporte, educação e ainda analisa o cenário político eleitoral do município.
Como estão os preparativos para a campanha?
A candidatura para prefeito de Osasco acontece ao apelo popular. Muitas pesquisas foram feitas e elas nos colocavam, sem que tivéssemos feito qualquer campanha, em primeiro lugar. Foi um apelo do meu partido e do governador [do Estado de SP, Geraldo Alckmin], para que nós retornássemos para a cidade trazendo um novo surto de progresso. A campanha em Osasco é sempre uma campanha difícil, mas no sentido de atingir toda a população. Nós não temos uma emissora de grande porte que transmita [a campanha] para a região, então fica mais difícil.
E qual é a solução para isso?
São panfletos, andanças, carros de som, reuniões, tudo para que possamos levar nossa mensagem para toda cidade. É uma campanha que está no início. E estamos muito estimulados pela presença da população em nossos eventos, sobretudo pelo estímulo que vem do povo.
Por que escolher Ana Paula Rossi como vice?
Acho que as mulheres têm uma caminhada crescente no âmbito da política nacional e estadual, então por quê não crescer também no município? Pensamos, em um primeiro momento, em homenagear a mulher. E a Ana Paula acrescenta bastante na nossa chapa. Depois queríamos também que fosse uma pessoa competente, séria, de família e que realmente amasse Osasco, e Ana Paula tem essas qualidades. Ela ainda trouxe de lambuja o sobrenome Rossi. O Francisco Rossi foi um grande prefeito [de Osasco] e é uma família que fez muito pela nossa cidade. A Ana Paula se enquadrou muito bem nessa candidatura de vice e estou muito feliz e orgulhoso de tê-la em nossa chapa.
Qual análise o senhor faz do cenário político eleitoral de Osasco?
Acho que é um cenário político que favorece a candidatura de quem apresenta projetos concretos e embasados em trabalhos já feitos na cidade. Estamos muito otimistas em relação ao quadro político que se apresenta.
É possível dizer qual político já ganhou a eleição?
Acho complicado dizer quem já ganhou porque não existe isso. Eleição a gente ganha após a contagem dos votos no dia da votação. O que temos é um voto favorável quando o Ibope nos coloca com 35% e os demais candidatos na faixa de 19%, 15% e outros candidatos com percentuais menores. Mas até a eleição ainda temos muito tempo. Respeito muito os nossos adversários. Quero fazer uma campanha propositiva falando dos projetos para Osasco. Temos muito que trabalhar para ganhar as eleições. Vamos fazer uma campanha modesta e com poucos recursos, mas que será uma campanha de muita alegria e que terá cheiro do povo. Uma campanha com o povo que temos certeza que será vencedora, mas precisamos trabalhar até lá.
Como o senhor avalia as pesquisas que apontam o senhor à frente?
Isso é um retrato da atual situação política da cidade. É uma fotografia do município. Venho para essa campanha baseado e calcado em um trabalho que realizei nas duas gestões como prefeito de Osasco. Quando construímos o hospital Antonio Giglio, a maternidade Amador Aguiar, o Pronto Socorro, o Teatro Municipal, a Biblioteca, a Fito da Zona Norte, enfim, todas as áreas desde a cultura passando pelo esporte e chegando na saúde e educação. A nossa proposta é recuperá-los e fazer com que eles voltem a atender como quando foram inaugurados, com presteza, respeito, carinho e atenção. Em relação às escolas desejamos que os alunos tenham professores satisfeitos, com salários dignos, com material e uniforme no tempo certo e com merenda de qualidade.
O que o PSDB tem feito para conquistar os moradores de Osasco?
O PSDB tem demonstrado sua força através de grandes investimentos não só em Osasco como em toda região Oeste. Por exemplo, a transformação do velho trenzinho que levava nossa gente a São Paulo hoje está transformado em metrô de superfície interligado à rede do metrô paulistano. Temos o Poupatempo. Temos uma série de obras que demonstram a atenção que o PSDB tem com a população de Osasco.
Fale um pouco sobre suas emendas parlamentares destinadas a Osasco.
Temos, sobretudo, emendas parlamentares destinadas a entidades beneficentes, que cuidam de pessoas portadores de deficiência, de crianças pobres, de idosos. Eu dividi nossas emendas e pulverizei as entidades que consideramos muito sérias, que elas possam, através das emendas do deputado Celso Giglio fazer um trabalho de fôlego como tem feito até agora.
Ao sair do governo o senhor foi criticado por haver excesso de funcionários. Como o senhor pretende resolver essa questão?
Nunca tivemos excesso de funcionários. Tivemos sempre o que era necessário mesmo porque expandimos o serviço que a prefeitura prestava e houve esse pequeno aumento, na época, para que as novas vagas fossem preenchidas, mas isso nunca passou de 12 mil.
Houve a restrição de caminhões no Centro expandido de Osasco, mas não houve melhoria no trânsito em determinados horários. Na sua opinião qual é a solução para isso?
Acho que o transporte em Osasco é muito precário. Ele precisa ser totalmente transformado e remodelado. A mobilidade urbana está muito complicada. Existe uma quantidade muito grande de carros em vias pequenas para o tráfego. É preciso que a cidade tenha seu plano de infraestrutura e que novas vias sejam abertas. Não resolve tirar o caminhão, o ônibus, ou fazer rodízio. Temos poucas vias ligando os mais importantes bairros. São necessárias grandes intervenções e que nós vamos fazer, com a ajuda do governo do Estado, criando novas rotas.
Quando era prefeito o senhor mantinha as escolas especiais. Hoje os alunos foram migrados para as escolas da rede. Como o senhor avalia essa mudança?
Nossa escola especial era exemplo para todo o Brasil. Depois veio a lei que obriga a inclusão, mas desde que atenda de fato os deficientes e o que vemos não é isso. Praticamente desativaram a escola especial e, com isso, muitas crianças deficientes ficam em casa porque várias escolas não oferecem atenção necessária para que esta inclusão seja feita de verdade. Falta acessibilidade, monitoramento. Mas a escola especial vai voltar a funcionar como funcionava antes, se Deus quiser.
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