12 junho 2021

Lição 12: O Diaconato


TEXTO ÁUREO

“Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus” (1Tm 3.13).


VERDADE PRÁTICA

“Embora o diaconato seja um ministério específico, a diaconia é uma missão de todo o crente.”


HINOS SUGERIDOS: 115, 175, 394.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Fp 1.1 - Auxiliares dos líderes da igreja local

Terça - At 6.1-5 - Homens exemplares

Quarta - At 6.6 - Separados com imposição de mãos

Quinta - 1Tm 3.12 - Bons líderes no lar

Sexta - 1Tm 3.13 - Chamados para servir

Sábado - Mt 20.26-28 - Jesus veio para servir


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Timóteo 3.8-13.


8 - Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância,

9 - guardando o mistério da fé em uma pura consciência.

10 - E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.

11 - Da mesma sorte as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.

12 - Os diáconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas.

13 - Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.

 

INTERAÇÃO COM O PROFESSOR


Servir: uma ordenança de nosso Senhor (Mc 12.30,31). O ministério de serviço ao próximo é o símbolo de amor na instituição dos diáconos relatada no livro dos Atos dos Apóstolos, no sexto capítulo. Aqui, os apóstolos foram coerentes com o ensinamento de Jesus de Nazaré. Há muito, o nosso Senhor havia ensinado sobre a urgência de resolver questões sociais e de caráter humanitário de quem quer que fosse. O problema registrado em Atos 6 foi de caráter étnico, mas hoje outros grandes problemas afligem muitos membros da igreja local. Que o serviço dos diáconos de Cristo nos inspire a cultivar um estilo de vida diaconal baseado na história de Jesus de Nazaré.


OBJETIVOS:

  • Analisar o estilo de vida diaconal de Jesus.
  • Explicar a instituição do ministério do diácono.
  • Discorrer sobre o perfil e a função do diácono.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

 

Prezado professor, para concluir a presente lição, sugerimos uma atividade prática para executá-la junto à classe. Procure o secretário da igreja e se informe sobre as pessoas enfermas que não podem ir aos cultos rotineiros. De acordo com a quantidade de enfermos, e após a Escola Dominical, separe grupos de três ou quatro pessoas (depende da quantidade de alunos) para fazerem uma visita. Ao chegar no lar da pessoa visitada, ore, leia a Palavra e cante para ela. Converse um pouco de modo que ela sinta-se bem acolhida. Ao final da atividade, reúna todos os grupos e explique-lhes que esta é uma prática diaconal transbordante de amor e baseada no ensino de Jesus de Nazaré (Mt 25.36,43).


COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO


Palavra Chave: Diácono: Aquele que serve por amor.


No primeiro século da era cristã, a Igreja cresceu sob o avivamento do Espírito e expandiu-se pelo mundo. Na mesma medida em que cresceu, surgiram também problemas na esfera social, demandando urgentes providências. Por uma sábia e unânime decisão, em assembleia, a igreja de Jerusalém escolheu sete homens de moral ilibada e cheios do Espírito Santo, para administrarem esse “importante negócio” (At 6.3). Nesta lição estudaremos esse importante ministério de serviço que, por causa de uma crise étnica na igreja, levou os apóstolos a propor medidas que serviram de base para instituir a função diaconal. Esta, até hoje, faz parte do ministério ordenado pelas igrejas cristãs.


I. A DIACONIA DE JESUS CRISTO

1. Significado do termo. O termo grego diaconia significa “ministério” ou “serviço”. A vida inteira de Jesus aqui na Terra demonstrou o verdadeiro sentido da diaconia em todos os seus aspectos. Na realidade, seu ministério terreno evidenciou o quanto Ele foi “apóstolo da nossa confissão” (Hb 3.1), profeta (Lc 24.19), evangelista (Lc 4.18,19), pastor (Jo 10.11), mas principalmente, diácono por excelência (Mt 20.28). O apóstolo Paulo disse que Jesus, “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.6-7). Segundo a Bíblia de Estudo Palavras-Chave, a expressão “tomando a forma de servo” denota o sentido de uma condição humilde.

2. Serviço de escravo. Na véspera da sua crucificação, o Senhor Jesus reuniu os seus doze discípulos para comer a última ceia. Tomando uma toalha e uma bacia com água, ele começou a lavar os pés dos discípulos, um a um (Jo 13.4,5). Não há atitude mais comovente do nosso Senhor como o relato do lava-pés, demonstrando serviço, exemplo e humildade. A “diaconia da toalha e da bacia” é a convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17).

3. O discípulo é um serviçal. Certa vez, Tiago e João pediram ao Senhor lugares de destaques, “à direita” e “à esquerda” de Jesus, quando da implantação do seu Reino (Mc 10.35-37). Os discípulos ainda não haviam compreendido a mensagem de Jesus. A proposta do Nazareno nunca foi a de estabelecer uma hierarquia de poder temporal para a sua igreja, mas a de serviço conforme demonstra sua resposta a eles: “entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal [diakonos]. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.43-45).

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

A diaconia de Jesus Cristo está centralizada na disponibilidade em servir o próximo.


II. A INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS

1. O conceito da função. A palavra diácono (gr. diakonos), segundo o Dicionário Vine, refere-se àquele que presta trabalhos voluntários aludindo aos exemplos dos criados domésticos dos tempos do Novo Testamento. O termo destaca, em especial, a função de um mestre ou de um pastor cristão, entrelaçando o sentido técnico do diácono ou diaconisa. Outra palavra grega relacionada a “diácono” é doulos. Esta refere-se a “um servo” ou “um escravo” (Mt 13.27,28; Jo 4.51). Portanto, a ideia preponderante que a função do diácono remonta é a do serviço voluntário prestado, pelo “ministro”, o “servo” ou o “assistente”, para alguém.

2. Origem do diaconato. “A bênção”, “problema” e “reivindicação” são palavras-chave para o advento do ministério formal dos diáconos em o Novo Testamento. A bênção foi o extraordinário crescimento da igreja local em Jerusalém. A questão étnica causada pela situação social de muitos que aceitavam a fé, especialmente envolvendo viúvas judias de fala hebraica e as de fala grega (At 6.1), era o problema. A reivindicação pode ser vista na manifestação verbal destas viúvas que, sentindo-se injustiçadas pelo que elas interpretaram ser uma forma de discriminação dos líderes da igreja de Jerusalém, cobraram sua assistência (At 6.1).

3. A escolha dos diáconos. Para resolver o impasse, orando e impondo-lhes as mãos, os apóstolos separaram sete irmãos de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria para administrar uma questão étnica e social (At 6.2-7). Foi uma decisão de caráter pacificador e de muito bom-senso para a igreja não se perder em permanentes desentendimentos. O objetivo era estimulá-la a resolver a questão reconhecendo o caminho equivocado antes aderido pelos líderes até aquele momento. Assim, eles puderam executar as mudanças necessárias e resolveram uma questão que poderia trazer sérios problemas para a igreja de Jerusalém.

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O livro dos Atos dos Apóstolos, no capítulo 6, descreve a instituição do ministério de diácono.


III. O PERFIL E FUNÇÃO DO DIÁCONO

1. Qualificações do diácono. As qualificações dos diáconos descritas no livro de Atos e na primeira carta a Timóteo revelam que em nada elas diferem da atribuição ética exigida aos bispos (1 Timóteo e Tito).

a) Caráter moral (1 Tm 3.8). Os diáconos devem ser pessoas honradas, dignas, corretas e íntegras. Não pode haver “língua dobre” neles, isto é, a sua palavra deve ser sim, sim e não, não. A ganância por dinheiro tem de passar longe da sua vida, pois sua função é exatamente a de executar trabalhos administrativos da igreja local, como auxiliar nas tarefas do culto e acompanhar as viúvas e os pobres da Igreja do Senhor.

b) Caráter espiritual (1 Tm 3.9,10). Ter a plena convicção do que é crer no Evangelho. O diácono guarda a revelação de Deus que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor (cf. Rm 16.25). Por isso, a liderança e a igreja local devem avaliar o candidato ao diaconato levando em conta o seu caráter moral e espiritual.

c) Caráter familiar. O candidato deve ser marido de uma mulher, fiel à sua esposa e bom pai. A exemplo dos bispos, os diáconos devem ser zelosos com o seu lar, amar as suas esposas com amor sacrifical. Devem respeitar os seus filhos, para obterem deles o mesmo respeito. O “serviço” do diácono à sua família revelará como ele servirá a igreja local.

2. A função dos diáconos em Atos 6. Quando foram instituídos diáconos, sete homens de fala grega foram separados para assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega. Os diáconos não podiam permitir que houvesse injustiças de caráter social na igreja do primeiro século. A função do diaconato era fundamentalmente de caráter social.

3. A função dos diáconos hoje. Atualmente, a função primordial do diácono é auxiliar a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como a distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança da liturgia do culto, bem como de outras tarefas já mencionadas.


SINOPSE DO TÓPICO (III)

Para o perfil e a função do diácono deve-se levar em conta o caráter moral, o caráter espiritual e o caráter familiar do candidato.


CONCLUSÃO


O diaconato foi instituído pelos apóstolos de Cristo quando a comunidade cristã cresceu e precisou ter pessoas que pudessem resolver questões relacionadas a problemas sociais que demandavam atenção e cuidado. Hoje, os diáconos servem à igreja e a Deus em trabalhos diferentes, e a liderança das igrejas locais deve valorizar o seu trabalho e reconhecê-los como excelentes servidores do Reino de Deus, pois, no sentido lato, todos somos diáconos da Igreja de Deus.


VOCABULÁRIO

Lato: De grande amplitude; não restrito, largo, extenso.


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ANDRADE, Claudionor de. Manual do Diácono. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.

STOTT, John R. W. Cristianismo Equilibrado. 1 ed., RJ, CPAD, 1995.


Q U E S T I O N Á R I O


1. Qual o significado do termo grego “diaconia”?

“Ministério” ou “serviço”.


2. Qual o significado da “diaconia da toalha e da bacia”?

Significa a convocação cristocêntrica para uma vida de serviço humilde (Jo 13.12-17).


3. Quais as qualificações para o diaconato?

Caráter moral, caráter espiritual e caráter familiar.


4. Qual a função dos diáconos em Atos 6?

Assistir socialmente as viúvas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega.

5. Qual a função dos diáconos hoje?

Auxiliar a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança do culto, bem como de outras tarefas para as quais for designado.


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Teológico


Comunhão Quebrada: A Comunidade Escolhe Sete Diáconos


Os crentes se dedicam a formar uma comunidade de comunhão (At 2.42), que acha expressão em compartilhar as possessões com os necessitados. Como exemplo positivo de comunhão, Lucas chamou atenção a Barnabé (At 4.36,37); em contraste, Ananias e sua esposa são exemplos negativos (At 5.1-11). No capítulo 6, Lucas informa um desarranjo na comunhão causado pela negligência da comunidade para com suas viúvas gregas. No meio de tremendo progresso da Igreja, este problema coloca a unidade eclesiástica em sério perigo.


Nesta época, a comunidade cristã consiste em dois grupos: os judeus gregos (hellenistai, ‘crentes de fala grega’) e os judeus hebreus (hebraioi, ‘crentes de fala aramaica’). Os judeus gregos de Atos 6 são crentes que foram fortemente influenciados pela cultura grega, provavelmente enquanto viviam fora da Palestina, ao passo que os judeus hebreus são cristãos que sempre viveram na terra nativa da Palestina” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1: Mateus a Atos. 4 ed., RJ: CPAD, 2009, p.657).


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Teológico


“[Sobre a Escolha dos diáconos]


[...] Lucas não declara como é feita a escolha dos sete homens, mas a congregação como um todo vê a sensatez da proposta dos apóstolos (v.5) e participa na escolha destes diáconos. A qualificação básica é a espiritualidade, mas eles devem ser distintos de duas maneiras.


Eles têm de ser ‘cheios do Espírito Santo’. Em vez de ser meros bons administradores ou gerentes de recursos, esta qualificação lhes exige que sejam capacitados pelo Espírito na ordem dos discípulos no Dia de Pentecostes. Quer dizer, eles devem ter o poder de uma fé que faz milagres.


Eles também têm de ser ‘cheios [...] de sabedoria’. Complementar aos atos de poder está o discurso inspirado pelo Espírito. Os diáconos têm de ser poderosos em obras e palavras. Como pessoas competentes e maduras que são inspiradas pelo Espírito, elas têm de ter bom senso prático e serem capazes de lidar com delicados problemas de propriedade. Seu ministério inclui negócios empresariais e a distribuição de ajuda para os necessitados, mas também deve ser espiritual e carismático. Eles devem exercer quaisquer dons espirituais que Deus lhes concedeu.


Entre os sete homens escolhidos para servir como diáconos estão Estêvão e Filipe (os únicos dois sobre quem Lucas apresenta detalhes). Filipe se destaca como pregador carismático (At 8.4-8,26-40; 21.8); ele é o primeiro a fundar uma igreja entre os samaritanos. Estêvão é descrito como ‘homem cheio de fé’ (v.5), sem dúvida significando a fé que faz milagres. Ele faz ‘prodígios e grandes sinais entre o povo’ (v.8), e seus oponentes não sabem como lidar com a pregação que ele faz (v.10). O ministério destes dois homens ilustra os ministérios dos diáconos carismáticos, os quais se estendem muito além das preocupações práticas do dia a dia da Igreja.


A ordenação dos sete diáconos fornece bom modelo para ministrar as minorias da Igreja. Como na Igreja primitiva, devemos nos preocupar com o modo como as minorias — os pobres, as viúvas, os órfãos e as pessoas de diferentes origens raciais — são tratadas. Semelhante às viúvas crentes de fala grega, tais pessoas são indefesas, e suas necessidades podem ser negligenciadas. Cada congregação deve ter um programa próprio para ministrar aos que estão em desvantagem e às minorias, e entregar este ministério àqueles que são espiritualmente dotados e compromissados a cuidar deles” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1: Mateus a Atos. 4 ed., RJ: CPAD, 2009, pp.657-8).


SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


O Diácono


Por que existe o ministério do diácono? Qual a sua função e importância na vida da igreja local? Estas perguntas podem e devem ser trabalhadas em sala de aula. Muitos alunos não têm a convivência da realidade e dos meandros da organização eclesiástica de suas igrejas locais. Por isso, esta é uma excelente oportunidade para abordar um assunto que faz parte da vida cristã de todo membro em uma comunidade local.


Para responder as perguntas elaboradas acima, deve-se partir do sexto capítulo do livro dos Atos dos Apóstolos, pois ali, pela primeira vez, foi constituído um ministério específico de caráter social para resolver uma variante problemática de aspecto étnico: entre as viúvas de fala hebraica e as de fala grega. Tal problema poderia atravancar o avanço da igreja local que estava em Jerusalém. Os apóstolos sentiram-se cobrados em solucionar um problema não muito fácil, entretanto, os ministérios da Palavra e da Oração não poderiam ficar em segundo plano. Mas igualmente, a sobrevivência humana.


Orientados pelo Espírito Santo, e também dotados por um profundo bom senso, juntamente com a igreja, os apóstolos não hesitaram em tomar a decisão de separar sete homens judeus de fala grega: Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau — para resolverem uma questão de caráter social e urgente. Assim, a igreja de Jerusalém voltou a normalidade da sua atividade coadunando a prática proclamatória do Evangelho com o serviço de interferir socialmente na vida dos crentes, e não-crentes também, para suprir a necessidade de quem precisava de ajuda. Por isso, o caráter do ministério diaconal é profunda e biblicamente enraizado numa intensa preocupação social. O diácono de Atos não foi chamado para fazer trabalhos meramente litúrgicos, (como colher dízimos e ofertas e servir a Santa Ceia), mas principalmente a cuidar dos mais necessitados, visitar as viúvas e os enfermos, amparando quem realmente precisa de cuidados na comunidade cristã local.


Por conseguinte, o serviço de diácono não é simplesmente uma função eclesiástica, mas um estilo de vida ensinado e promovido por Jesus de Nazaré. Quando um crente olha para o verdadeiro diácono ele deve sentir-se impulsionado para viver um estilo de vida diaconal, como o de Cristo em seu ministério terreno. Pois o diaconato é um estilo de vida centralizado em Jesus de Nazaré, jamais em si mesmo.


11 junho 2021

OS DEVERES DO PRESBITÉRIO

Neste terceiro e último tópico da lição 11, faremos um resumo dos principais deveres dos presbíteros na  Bíblia que são: apascentar a Igreja de Deus, liderar a Igreja local e ungir os enfermos. Pedro e Paulo admoestaram os presbíteros a pastorearem e apascentarem o rebanho de Deus. (1 Pe 5.2; At 20.28). Isso demonstra que os presbíteros e bispos exerciam a função pastoral. Tiago, por sua vez, falou que os presbíteros deveriam ser chamados para ungir os enfermos (Tg 5.14,15).

1. Apascentar a igreja (1 Pe 5.2). Conforme vimos nos tópicos anteriores, faz parte da função dos presbíteros pastorear a Igreja local. Alguns entendem que o ministério pastoral na Bíblia era exercido pelos presbíteros. Outros entendem que era o presbitério (colegiado de anciãos) que governava a Igreja e não apenas um presbítero em cada Igreja. O fato é que os presbíteros têm a missão de pastorear a Igreja de Deus, conforme vemos na orientação do apóstolo Pedro (1 Pe 5.1,2) e no discurso do apóstolo Paulo aos anciãos/bispos/presbíteros da Igreja de Éfeso (At 20.28).

Em sua missão pastoral, os presbíteros devem seguir a missão do pastor, que estudamos na lição 09, que é alimentar, cuidar e proteger a Igreja de Deus. Entretanto, este trabalho não deve ser feito por imposição ou por violência, mas voluntariamente, servindo de exemplo ao rebanho.  

Os presbíteros devem se preparar teologicamente para ensinar a Palavra de Deus à Igreja, pois, o apóstolo Paulo, nos requisitos exigidos para o presbitério ou episcopado, mencionou que ele deve estar apto para ensinar. Independente do modelo de administração eclesiástica, o presbítero tem que estar preparado para o ensino bíblico.

2. Liderar a igreja local. Do ponto de vista bíblico, o ministério do presbítero tem duas áreas de atuação: governo e ensino. Para governar, as principais exigências é que ele seja irrepreensível, governe bem a sua casa, seja moderado, abstenha-se de vinho, tenha boa reputação, seja experiente, moderado, esteja pronto para servir, seja justo e seja exemplo em tudo para os fiéis, para a sua família e até para os infiéis. Na Igreja de Cristo não deve haver chefes ou ditadores e sim líderes servidores. Aliás, a palavra ministério na Bíblia significa servir e não mandar. Alguém já disse que “ministério é serviço e não ser visto”.

Para ensinar, o presbítero precisa conhecer profundamente a Palavra de Deus, ser humilde e viver o que ensina, pois, somente assim, terá autoridade e credibilidade. Devemos aplicar ao presbítero as lições que aprendemos sobre o dom ministerial de mestre ou doutor. Ele deve seguir o exemplo de Jesus que é o nosso mestre por excelência. Mesmo sendo o mestre dos mestres e sendo Deus,  Ele foi também o mestre da humildade. 

3. Ungir os enfermos.  (Tg 5.14). Tiago, em suas últimas instruções na sua epístola, escreveu: “Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E, se houver cometido pecados, ele será perdoado. (Tg 5.14,15).

A unção com óleo não deve ser aplicada por qualquer pessoa. A Bíblia diz para “chamar os presbíteros da Igreja e orar, ungindo com óleo em Nome do Senhor.”  O ato de ungir no Novo Testamento se aplica única e exclusivamente aos enfermos. Não existe unção para casas, carros, templos, ou qualquer objeto, na Nova Aliança. Também não existe unção de pessoas que não estejam doentes, para prosperar, ser feliz, etc. O ato de ungir os enfermos é simbólico e representa a ação do Espírito Santo na cura divina. Não é o óleo que cura e ele não tem poder místico ou medicinal. Não deve ser ingerido ou aplicado no local da enfermidade. Deve ser aplicado na testa do enfermo e “a oração da fé salvará (curará) o enfermo.”


CONCLUSÃO DA LIÇÃO


Estudamos nesta lição sobre o ministério do presbítero, bispo ou ancião, que são similares ao do pastor. Discorremos sobre as funções do presbitério na Igreja Primitiva, como um colegiado que auxiliava os apóstolos na liderança da Igreja. Falamos sobre as três formas de administração eclesiásticas e destacamos a importância dos presbíteros na Assembléia de Deus, como líderes da Igreja local, que ensinam a Palavra de Deus cuidam e protegem a Igreja e são auxiliares dos pastores setoriais. 


Pb. Weliano Pires

10 junho 2021

A IMPORTÂNCIA DO PRESBITÉRIO

No segundo tópico, falaremos a respeito da importância do presbitério na Igreja primitiva e nos dias atuais. Veremos a definição grega da palavra presbitério, a atuação do presbitério na Igreja Primitiva e a necessidade de valorização do presbitério nos dias atuais.

1. Significado do termo. A palavra “presbitério” (gr. presbyterion), tanto no Sinédrio judaico (Lc 22.66; At 22.5), quanto na Igreja Cristã (1 Tm 4.14) era usada para se referir a um grupo de homens mais velhos, dignos, sábios e experientes. O Sinédrio judaico era a suprema corte judaica, formada por sacerdotes anciãos e escribas. Os anciãos que faziam parte do Sinédrio eram líderes comunitários muito respeitados, que eram indicados para representar os israelitas na corte ao lado dos escribas e sacerdotes. Eram semelhantes ao corpo de jurados que acontece hoje nos tribunais. Porém, naquela época os anciãos não eram qualquer pessoa, escolhida aleatoriamente como acontece nos jurados. Os anciãos precisavam ser pessoas idôneas, notáveis e respeitadas na sociedade. 

2. A atuação do presbitério.  Não sabemos ao certo quando surgiu o presbitério na Igreja Primitiva. Mas, conforme vimos no tópico anterior, ele estava presente nas Igrejas de Jerusalém, Antioquia, Listra e Icônio, nos relatos de Atos dos apóstolos e participava das discussões e decisões da liderança da Igreja junto com os apóstolos. A atuação do presbitério cristão na Igreja Primitiva se assemelha às dos anciãos de Israel nas comunidades e no Sinédrio. (At 11.30; 15.2-6.22-23; 16.4; 21.18). 

Nas referências bíblicas aos presbíteros no Novo Testamento eles aparecem sempre no plural: “presbíteros”, “bispos” ou “anciãos” (At 11.30; 15.2,4,6; 20.17; Tg 5.14; 1Pe 5.1). Isso nos leva a deduzir que a função pastoral era exercida por um colegiado de obreiros mais experientes e não por um único líder. 

O presbitério da Igreja Primitiva formava uma espécie de conselho ou assembléia que deliberava junto com os apóstolos, sobre assuntos doutrinários, éticos e administrativos da Igreja. (At 15.2,6,9-11; At 16.4). Eles faziam o papel exercido hoje pelos pastores e evangelistas nas convenções, no caso das Assembléias de Deus. 

Conforme vimos na lição 09, quando tratamos do ministério pastoral, há três tipos de administração eclesiástica: Episcopal, presbiteriana e congregacional. Cada uma delas tem as suas particularidades e o papel do presbítero é diferente em cada uma delas. Já falamos disso na lição 09 e eu vou apenas trazer um pequeno resumo, para compreendermos melhor o assunto: 

a. Presbiteriano. O governo da Igreja é exercido através do presbitério. Os presbíteros se reúnem e tomam as decisões. Nessa forma de governo, o pastor é apenas um líder espiritual, que cuida da oração, ensino da Palavra de Deus e visitas. Este é o modelo das Igrejas Presbiterianas.

b. Episcopal ou assembleiano. O governo da Igreja é exercido através de bispos ou pastores. Nessa forma de governo, os pastores ou bispos são tanto líderes espirituais como administradores da Igreja. Este é o modelo da Assembléia de Deus.

c. Congregacional. O governo da Igreja é exercido pelos membros da Igreja, através de uma equipe ou junta administrativa, escolhida pelos membros. Este é o modelo das Igrejas Batistas. 


Segundo o Pr. Isael de Araújo, em seu livro Dicionário Movimento Pentecostal, publicado pela CPAD, inicialmente as Assembléias de Deus adotaram um sistema de governo eclesiástico intermediário, semelhante ao presbiteriano. Não admitiam hierarquia, nem um episcopado formal. Entendiam que a função de bispo e pastor era a mesma e o cargo de presbítero era o de um auxiliar do pastor. Entretanto, em algumas regiões, o presbítero exercia um cargo correspondente ao de pastor, onde, na ausência deste, ele desempenha todas as funções pastorais: unge, ministra a Ceia e batiza. Porém, na Convenção Geral de 1937, na AD de São Paulo (SP), foi debatida a questão sobre se os anciãos (presbíteros) não poderiam ser considerados pastores. Estabeleceram, então, a hierarquia eclesiástica que até hoje existe nas Assembleias de Deus: diáconos, presbíteros e ministros do evangelho (pastores e evangelistas).

O presbítero da Assembleia de Deus é um pastor local, pois ele pastoreia as congregações sob a supervisão do pastor setorial, que é responsável pela supervisão de várias congregações em uma região daquele campo de trabalho. 

É importante destacar que a Assembléia de Deus é uma denominação plural, cujo modelo de administração varia muito de um ministério para outro, ou de um estado para outro. Até no mesmo estado, muda de um campo eclesiástico para outro, onde os pastores de campo são presidentes. Por exemplo, no campo do Belenzinho, na Grande São Paulo, presidido pelo Pr. José Wellington, tem diferenças funcionais em relação a outros campos do interior, onde há outros presidentes. Estas diferenças, no entanto, não são doutrinárias, apenas administrativas. 

O presbítero deve seguir as diretrizes da denominação que ele faz parte, para não gerar conflitos. Exceto se as normas da sua denominação contrariarem as doutrinas bíblicas. Nesse caso, o obreiro deve ficar sempre ao lado da Palavra de Deus. 


3. A valorização do presbitério. Paulo disse que “os presbíteros que presidem devem ser estimados e dignos de duplicada honra” (1Tm 5.17). Algumas versões traduzem a palavra “presidem” neste texto, por “governam”. Isso mostra que os presbíteros eram os administradores das Igrejas. Infelizmente, muitos ministérios não valorizam o papel do presbitério da Igreja. Eu já ouvi pessoas dizerem que presbítero não é pastor, é apenas “dirigente” da congregação. Ora, se o obreiro lidera a congregação, sendo o responsável por doutrinar, visitar, cuidar e proteger o rebanho, como dizer que não é pastor? Alguns chegam ao cúmulo de falar que a pessoa é um “presbítero com ação pastoral!” Ora, todo presbítero tem ação pastoral! A Bíblia recomenda aos presbíteros e bispos que “pastoreiem” ou “apascentem” o rebanho de Deus.

Esta subestimação do presbitério é proposital, por parte de pessoas que se acham donos da Igreja e não querem que ninguém interfira nas suas sanhas autoritárias: Quem manda aqui sou eu! O pastor aqui sou eu! Quem não estiver satisfeito pode sair e coisas do tipo. Mas, o modelo bíblico de administrar a Igreja nunca foi assim. 


Pb. Weliano Pires


REFERÊNCIAS: 
(ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. RJ: CPAD, 2007, pp.715,16).

LIÇÕES BÍBLICAS. CPAD, 2° Trimestre de 2021.

ENSINADOR CRISTÃO. CPAD, 2° Trimestre de 2021.


09 junho 2021

A ESCOLHA DOS PRESBÍTEROS


Neste primeiro tópico da lição, falaremos a respeito da escolha dos presbíteros na Igreja do primeiro século. Veremos os conceitos das palavras presbítero, bispo, ancião e pastor. Enfocaremos também os aspectos funcionais e as qualificações exigidas para o exercício deste importante ministério. 

1. Significado da função. No grego, a palavra para presbítero é “presbyteros”. Esta palavra deriva da raiz “presby”, que significa literalmente “uma pessoa mais velha”. Evidentemente, não se refere apenas à questão da idade e sim à experiência e idoneidade. Algumas versões da Bíblia traduzem esta palavra por “ancião”. 

A palavra “bispo”, por sua vez, é a tradução do termo grego “episkopos”. Esta palavra não se refere ao episcopado monárquico existente na Igreja Romana, que se desenvolveu somente no século II. O bispo no Novo Testamento era um supervisor ou inspetor da Igreja local. Paulo usa as palavras "presbyteros" e “episkopos” para se referir ao mesmo cargo, como em Tito 1.5-9. Isso demonstra que “presbyteros” e “episkopos” são sinônimos. Já a palavra pastor no grego é “poimen” e significa um guia, um condutor, alguém que alimenta, cuida e protege o rebanho, como vimos na lição 09, quando estudamos sobre o ministério pastoral. 

2. A liderança local. Nos primeiros anos da Igreja Cristã, logo após o Pentecostes, não vemos referências a presbíteros ou bispos, somente aos apóstolos, que exerciam a liderança da Igreja. Com o crescimento rápido da Igreja, houve murmuração dos gentios, por causa da acepção que os crentes judeus estavam fazendo em relação às viúvas não judias. Então foi criado o cargo de diácono (gr. diakonos), para cuidar da assistência aos necessitados. Este será o tema da nossa próxima lição.

Somente depois da conversão de Saulo, temos menção aos "anciãos" da Igreja de Jerusalém, que receberam a coleta das contribuições da Igreja de Antioquia, para ajudar aos necessitados da Judéia, por causa da fome que aconteceu nos dias do imperador Cláudio, que fora predita pelo profeta Ágabo. (At 11.30).

Em Atos 14.23 há o relato de uma eleição de anciãos (presbyteros) nas Igrejas de Antioquia, Listra e Icônio. Depois, no capítulo 15 de Atos, quando aconteceu o primeiro concílio da Igreja de Jerusalém, para discutir se os cristãos deveriam guardar a lei, são mencionados os “anciãos” (presbyteros), junto com os apóstolos. (At 15.6). Em Atos 20.17, na iminência da prisão de Paulo em Jerusalém, ele reuniu os “anciãos” de Éfeso em Mileto e lhes fez um discurso emocionado, em tom de despedida. Ainda no capítulo 20 de Atos, no versículo 28, Paulo se refere a eles como “bispos” (episkopos) e diz que “o  Espírito Santo os constituiu para apascentarem a Igreja de Deus”, deixando evidente o trabalho pastoral dos bispos e presbíteros e a equivalência das duas funções. 

O apóstolo Pedro também deu orientações aos presbíteros, referindo-se a si mesmo como presbítero e disse para que eles “apascentassem” ou “pastoreassem” o rebanho de Deus. (1 Pe 5.1.2). Mais uma vez, fica evidente que os presbíteros exerciam a função pastoral nas Igrejas do Novo Testamento. Nas Epístolas a Timóteo e a Tito, Paulo falou dos presbíteros como líderes da Igreja local. (1 Tm 3); 1 Tm 5.17; Tt 1.5).

3. As qualificações. Na Lição 09, quando falamos sobre o ministério pastoral, destacamos as qualificações exigidas para os bispos e presbíteros, como requisitos para o pastorado, pois entendemos que são equivalentes. As qualificações exigidas para os bispos e presbíteros estão descritas em Tito 1.6-9 para presbítero e em 1 Timóteo 3.1-7 para bispo. Uma lista complementa a outra, pois, os termos são sinônimos. 


Segue abaixo, as qualificações exigidas para os presbíteros / bispos / pastores (Tt 1.6-8; 1 Tm 3.1-7), já citadas na lição 09: 


a. Irrepreensibilidade. Deve ser íntegro em todos os aspectos. Paulo falou para Timóteo “apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar”. (2 Tm 2.15). 

b. Vida conjugal ajustada. O casamento do bispo, presbítero ou pastor deve seguir o modelo bíblico e ser exemplo para a Igreja. Por isso deve ser heterossexual, monogâmico e vitalício. Não se pode admitir líderes na Igreja divorciados, polígamos, ou que tenham um casamento de fachada. 

c. Vigilância. A vigilância consiste em estar atento para não ser apanhado de surpresa. Deve fechar todas as brechas e vigiar para não cair em tentação e não escandalizar a Igreja. 

d. Sobriedade. Ser sóbrio significa ter equilíbrio, moderação e domínio próprio. Não pode perder as estribeiras e agir precipitadamente. 

e. Honestidade. A honestidade consiste em integridade, veracidade e franqueza e  na ausência de mentiras, trapaças, roubos, etc. O presbítero, bispo ou pastor tem a obrigação de ser honesto em tudo o que faz e fala. 

f. Aptidão para o ensino. É atribuição dos líderes, alimentar a Igreja com o ensino da Palavra de Deus e defendê-la dos falsos ensinos. Portanto, é indispensável que esteja preparado para ensinar. 

g. Abstinência de vinho. O alcoolismo traz muitos prejuízos, não apenas financeiros e à saúde, mas também prejuízos morais, como a insensatez, agressividade e descontrole. Por isso, o consumo de bebidas alcoólicas é incompatível com o ministério pastoral. 

h. Não violento (ou espancador). Jesus nos recomenda que aprendamos com Ele, que é manso e humilde de coração. (Mt 11.29). Pedro também recomenda que devemos responder com mansidão aos que se opõem (1 Pe 3.15). O pastor deve ser firme em seus ensinos e na defesa da verdade. Mas, não pode ser violento, mal educado e agressivo. 

i. Não contencioso. Paulo disse a Timóteo que “ao servo do Senhor não convém contender” (2 Tm 2.24). O pastor além de ser um servo do Senhor, é um exemplo para a Igreja e não pode viver em contendas, pois, isso é carnalidade. 

j. Não avarento. A avareza é tão grave que Paulo diz que o avarento é idólatra. (Ef 5.5). Paulo diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. (1 Tm 6.10). O avarento rouba, mata, aplica golpes e abre mão de qualquer princípio, por dinheiro. Por isso, é incompatível com o ministério pastoral.

l. Bom governante da própria casa. O pastor deve ter uma conduta exemplar para com a sua família. Paulo, escrevendo a Timóteo, disse que "aquele que não governa bem a sua casa não terá cuidado da Igreja de Deus." Um pastor, que a própria família não o respeita, não tem a menor condição de pastorear uma Igreja. 

m. Não neófito. Esta palavra “neófito” vem de duas palavras gregas: "neo" (novo) e “fide” (fé) e significa novo na fé, ou inexperiente. O tempo de crente é importante, pois existem coisas que só se aprende com a experiência. Um pastor inexperiente pode se precipitar e tomar decisões equivocadas. 

n. De bom testemunho para com os de fora. Os cristãos são observados pelas pessoas de fora da Igreja e o pastor mais ainda. Por isso é importante que o pastor tenha uma boa reputação no bairro e na cidade onde mora. 


Seria muito bom se todas as Igrejas da atualidade atentassem para os conselhos do apóstolo Paulo, antes de separarem obreiros. Certamente, não teríamos tantos obreiros imaturos e despreparados. 


Pb. Weliano Pires


A PAZ QUE JESUS PROMETEU

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