Por Francisco Viana / Publicado no site www.endireitabrasil.com.br
(O texto era muito longo, e para reduzi-lo ao ponto principal,
eu cortei uma longa introdução).
Afinal, o que é ser de direita'?
Na "opinião dominante" do grosso da população, na
mentalidade pública, a ideia de "direita" é coisa ruim, é coisa do
mal, e que a esquerda é a salvadora da pátria, a boazinha, aquela que pensa no
pobre, no povo, e que seus militantes são os paladinos da justiça social.
Mas, a "Direita" não tem nada a ver com essa campanha
massiva e constante de difamação e de estigmatização que é sistemática e
constantemente promovida pelos esquerdopatas.
Assim, "ser de Direita" ou ser "direitista"
consiste em:
1 - Ser a favor da liberdade econômica, do capitalismo privado
de mercado, ou seja, do liberalismo econômico, contra o favorecimento de empresários que se mancomunam com o
governo em troca de benesses, em busca de exclusividade e reserva de mercado,
enquanto financiam políticos que se mantêm no poder graças a essa relação
espúria entre poder político e poder econômico, público e privado.
O nome disso é anticapitalismo, é o antiliberalismo, é a
elitização do oligopólio e do monopólio, o clube dos "amigos do rei",
que se tornam sócios (melhor seria dizer "cúmplices") do estado e,
juntos, criam um poder totalitário. Ser de direita é ser contra cartéis, contra
monopólios, contra oligopólios, contra dumpings, contra todas essas sacanagens
criadoras de privilégios e vantagens para grupos de pessoas e de empresas, uma
'elitização' falsa e no mau sentido.
Ser de direita é ser a favor da economia de livre mercado, onde
haja ambiente favorável ao livre empreendedorismo, à livre concorrência, e um
ambiente saudável de oferta e procura, onde haja trocas voluntárias entre as
pessoas da população, sem coerção estatal, onde todos possam comprar e vender
sem ser obrigados ou coagidos por uma força maior chamada Estado. Onde todos
sejam livres para fazer suas escolhas. Isso é o liberalismo econômico, isso é o
autêntico capitalismo produtivo e de mercado, privatista, que ainda é a grande
força geradora de trabalho e riqueza de um povo.
2 - Ser a favor do estado enxuto, ou estado mínimo, que significa que o Estado deve ser reduzido ao seu mínimo tamanho, para que cumpra as suas funções essenciais e intransferíveis, que são:
- Garantir a segurança pública e defesa nacional;
- Garantir atendimento médico a qualquer cidadão;
- Garantir escolaridade para qualquer cidadão;
- Administrar os bens públicos, como rodovias, ruas, iluminação pública, prédios, praças, etc...;
- Favorecer o ingresso das pessoas no mercado de trabalho;
- Garantir acesso ao poder judiciário, para que todos tenham direito à justiça, sempre que algum direito for violado ou sofrer algum dano ou ameaça, provocados por algum grupo, ou por outro cidadão, que porventura venha lhe causar algum mal;
- Garantir que haja tratamento e fornecimento de água à população;
- Garantir a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica para a população;
- Garantir que haja coleta e tratamento de esgoto, coleta do lixo público;
- Manutenção de forças armadas profissionais e bem armadas, para defender a pátria, contra eventuais inimigos externos ou internos, que possam tramar a deterioração da democracia e a tentar implantar regimes totalitários;
- Etc.
Essas funções supracitadas são as funções básicas de um Estado e
devem estar explicitadas em sua Carta Magna.
O Estado deve administrar e garantir, que esses deveres e
obrigações que a Constituição lhe impõe, sejam geridas de modo a não beneficiar
nenhuma pessoa, grupo, ou empresa em particular.
Mesmo as empresas estatais deverão ser privatizadas, assim que
houver capitais no país para assumi-las, uma vez que ao estado não cabe a
prerrogativa de ser empreendedor, a não ser por períodos, em que os capitais
disponíveis para tanto não existiam ainda de forma suficiente. Impedir que isso
aconteça é desvirtuar a finalidade do estado.
Governar é essencialmente prestar serviços públicos de boa
qualidade à população, que deve contribuir para que esses serviços sejam pagos.
Governar é decidir os destinos do município, do estado e da
nação, necessariamente nesta ordem e nunca ao contrário, com o apoio da
cidadania e do empresariado, com ações civis e militares adotadas segundo a
lei, sem casuísmos e fisiologismos, com as soluções sendo oferecidas de maneira
universal e para todos os cidadãos, independentemente de sua condição social,
de seu poder aquisitivo, de suas crenças – e até na ausência delas –, de sua
cor de pele, procedência nacional, etnia, ascendência social, sexo, altura,
peso, orientação moral, orientação sexual, orientação filosófica, orientação
religiosa, orientação política, etc.
Governar com MÉRITO, é garantir que todas as pessoas POSSAM
RECEBER, de uma administração ISENTA, o mesmo tratamento perante a Lei e uma
distribuição de justiça rápida e eficaz.
São essas as funções de um Estado democrático e meritocrático,
onde as pessoas só opinem no âmbito do qual estão preparadas para opinar dentro
do seu grau de escolaridade (educação e ensino), ou seja, dentro do seu grau de
mérito. E que, fugir disso, é errado, é ingerência indevida, usurpação e desvio
de função, é intromissão espúria na vida dos cidadãos.
3 – Ser de direita é ser do Direito, da lei, e a favor das
liberdades individuais, que são: o direito a
liberdade de expressão, o livre exercício de sua consciência, o direito de ir e
vir sem dar satisfações, o direito a propriedade privada, o direito a
privacidade e a inviolabilidade de seu lar, direito a educar seus filhos como
bem entender, mas de qualquer forma educá-los; direito de escolher com quem se
associar, de frequentar ou não frequentar culto religioso, direito de comer e
beber o que quiser, direito de viver sua vida sem ser importunado por ninguém e
tutelado por quem quer que seja. E ter o direito à defesa própria da pessoa, de
terceiros, e do patrimônio sem que isso seja considerado fazer justiça com as
próprias mãos.
Claro que cada um desses direitos acarreta deveres
correspondentes que o consubstancia, a serem cumpridos por cada pessoa da
sociedade, empresa ou associação e principalmente pelo Estado, numa prática que
respeite as normas de convivência social, estabelecida nos códigos civil,
criminal, etc.
Caso contrário o governo se torna uma completa bagunça, e as
pessoas tenderão a achar que seus direitos vão muito além do ponto em que
começam os direitos dos outros. As liberdades individuais são invioláveis e
indiscutíveis e, por isso mesmo, somente são válidas quando elas observam os
limites do respeito ao direito dos outros.
Enfim, é o cúmulo da deformidade jurídica, da interpretação
egoísta, egocêntrica, deturpada da letra da lei, para benefício próprio e em
prejuízo dos demais. Isso é contra os direitos individuais. Ser de direita é
primar pelo bom senso da aplicação da lei, a favor do ditado que diz, a sua
liberdade termina onde começa a minha, e vice-versa.
Qualquer direito só se consubstancia com o cumprimento de deveres correspondentes e essa é a máxima da direita, ou melhor, do direito. Direitos sem deveres são anomalias jurídicas, com exceção dos chamados direitos naturais que são axiomáticos e, pois, não carecem de deveres correspondentes, muito embora existam os deveres naturais de vida gregária entre os homens.
4 – O direitista é a favor dos valores da família verdadeira, pois ela é a base da nossa sociedade, tanto do ponto de vista
moral quando cultural. Quando pessoas são criadas e educadas num lar bem
estruturado, tendem a se tornar cidadãos de bem.
Pessoas criadas em lares divididos, em lares desfeitos, ou por
pais deseducados, sem escolaridade mínima, ou que foram criados na rua, à larga
das vistas de seus pais, tornam-se indivíduos que se envolvem facilmente com
criminosos, com drogas, etc., e a probabilidade de terem uma vida digna se
reduz muito.
Quem é criado, ensinado e educado numa família com valores
sólidos, com tradição, tem melhores chances, melhor estrutura, tem amparo
familiar nos momentos de dificuldade, o que não ocorre com quem não tem uma
família de fato.
Portanto, um "direitista" prima pela defesa e pela
preservação da família.
5 - Ser contra as drogas, contra a liberação destas, a favor da
criminalização do uso e do porte e da venda. Tais
entorpecentes só causam o mal, destroem a intelectualidade do indivíduo,
torna-o agressivo, fora de si, gerando dependentes, que consequentemente
obrigam o poder público a ter de gastar verba pública no seu tratamento, o que
nem sempre é feito de modo eficaz.
Tais indivíduos passam a praticar roubos e furtos para sustentar
seu vício, visto que não conseguem trabalho, pois ninguém em sã consciência dá
emprego a drogados. E isso vira um círculo vicioso.
Ser de direita é defender as liberdades individuais, mas não
significa que essa liberdade deva ser irrestrita e inconsequente a ponto de
destruir a própria vida ou transformar o indivíduo num pária social improdutivo
e perigoso. Drogas geram dependência, geram debilidades, geram agressões e
violências, além da destruição dos relacionamentos e das famílias.
Portanto, elas não podem ser toleradas em hipótese alguma. E a
criminalização deve ser cláusula pétrea na Constituição e não objeto de
relativismo moral, como pregam os defensores do "politicamente
correto" típico de quem quer a ruína da sociedade.
6 - Ser 'de direita' é favorecer a submissão total de todas as instituições às leis estabelecidas, ou seja, ser a favor do "império da lei", onde cada cidadão e cada autoridade constituída esteja submetida à lei, e não haja nunca qualquer ente federativo, qualquer órgão de governo, qualquer dos poderes da nação, autarquias, grupos econômicos, empresas, ou qualquer pessoa que possa agir ou se posicionar fora ou acima da lei. Todos devem respeitar a ordem estabelecida, e responder por seus atos.
7 - Ser a favor da reta interpretação da lei, sem deturpar o sentido das coisas é virtude da direita, pois o
que estamos vendo a esquerda fazer é exatamente o contrário. Se alguém pratica
um crime, ele é criminoso porque teve uma má escolha de atitude e de ação
social, originada ou não por má índole, e não porque seja uma "vítima da
sociedade".
Essa interpretação a favor do crime e contra as vítimas é uma
interpretação contumaz da esquerda socialista, que vê a bandidagem como seus
aliados na desestabilização da democracia para favorecer a sua revolução e, por
isso, essa defesa e essa facilitação da vida deles por meio de legislações que
beneficiam tais grupos e indivíduos são, na realidade, ferramentas de seus
servos e aliados na universalização e banalização das drogas, bem como do
crime.
'Direitista' é contra isso e entende que, se a pessoa cai na
vida do crime, é porque ela é de má índole ou se deixou envolver em
circunstâncias que, para se conformarem, necessariamente tem que haver o
desprezo à Lei e aos interesses da sociedade que criou a Lei.
O interesse da coletividade não pode servir de desculpa para que se passe por cima do interesse do indivíduo, desde que obediente e em acordo com a Lei. Atos criminosos, tanto de pessoas, como de grupos, de empresas, e do estado, se tolerados ou banalizados perante a lei, destroem qualquer nação em pouco tempo. O 'direitista' pensa assim e está convicto de que a verdade o acompanha.
Se você é a favor desses pontos, ou da maior parte deles (4
pontos pelo menos), então, você tem grandes chances de ser um 'direitista' ou,
na pior das hipóteses, um 'centro-direitista'.
Ficou claro o que é ser de direita?
Pois bem, direitista não é contra a regulamentação estatal na
economia, desde que essa regulamentação não colida com as leis próprias da
economia como atividade humana, ou estimulem o capitalismo de estado, que não
se justifica ou não é mais necessário.
Direitista vê com nitidez a diferença entre tributo ou imposto e
contribuição. O primeiro se destina a cobrir as despesas de governo e com as
forças armadas de defesa do país. A contribuição se destina a ser empregada no
financiamento dos serviços públicos que a Constituição diz ser obrigações e
deveres do estado.
O termo "carga tributária" refere-se, em última
análise, a quantidade de dinheiro que é arrecadado apenas para o funcionamento
do estado. Respeitar esses conceitos não interessa aos esquerdopatas, que
querem que impostos e contribuições vão parar no mesmo saco e recebam o mesmo
tratamento.
Por isso, não temos serviços públicos decentes, a despesa do
governo é um saco sem fundo e nossas Forças armadas são uma piada, sem o menor
poder dissuasivo junto a eventuais inimigos externos e motivo de riso junto aos
inimigos internos de sempre, ou seja, exatamente os esquerdopatas.
Os direitistas são a favor sim, de um estado enxuto e mínimo o
necessário para que exerça suas obrigações e deveres constitucionais sem
interferir com as demais instâncias de poder, que são o estado e o município.
Todo "direitista" é basicamente um descentralizador e
acredita que a maior parte dos governos deveria estar a cargo dos municípios e
dos estados e menos a cargo do governo central, que no Brasil, é
inadequadamente chamado de "governo federal", pois estamos muito
longe de fazer jus à denominação de "República Federativa do Brasil",
porque de federalismo não temos quase nada. Estamos muito mais próximos de uma
"República Socialista do Brasil" do que de um estado federativo ou
federalista.
O estado não deve se intrometer nos negócios pessoais de
ninguém, nem das empresas, mas deve monitorá-los, para ter condições de
transferir aos cidadãos números fidedignos, do desempenho da economia e,
principalmente, da transparência de sua própria atividade de governo.
Os "direitistas", como o nome indica, são a favor do
DIREITO e, consequentemente, pelo império da Lei e acham que os governos têm
que legislar de modo equilibrado, porém eficiente, para impedir dumpings,
cartéis, monopólios, oligopólios, fusões, reservas de mercado, favorecimentos
ilícitos, tráficos de influência, "lobbies" diretos e outras
atividades corruptas, tão em voga nos governos esquerdopatas.
Os "direitistas" sabem que o capital é apátrida e que
passa a pertencer ao país, onde ele é efetivamente aplicado e que o lucro do
capitalista, só a ele interessa onde vai ser aplicado. Mas, sabem também que
quanto maiores forem as garantias jurídicas que regulam a atividade econômica
do capitalismo privado, mais estimulado o capitalista se sentirá em investir
seus lucros, ou pelo menos boa parte deles, no país onde ele os obteve.
Isso só se consegue:
- Combatendo a corrupção, implantando um verdadeiro regime federalista;
- Através de um estado que cumpra com suas obrigações constitucionais e promova uma cidadania de melhor qualidade;
- Através de um ensino profissionalizante e de uma educação que defenda os nossos valores culturais judaico-cristãos;
- Através de uma assistência médica e hospitalar universal e de padrões pelo menos decentes;
- De segurança pública ostensiva, simples, mas, implacável com os bandidos; e de uma distribuição de justiça hábil e rápida, capaz de desencorajar ao máximo, o descumprimento da lei.
Já repararam que a esquerda tem fomentado exatamente o contrário disso tudo? A esquerda tenta relativizar os crimes que deveriam ser "HEDIONDOS", por pura incapacidade de enjaular as "feras" que os cometem, e por não terem qualquer agenda que transforme, de fato, os hábitos e estilo de vida dos encarcerados pelo trabalho, reeducação e ensino profissionalizante, capazes de realmente criar condições de que possam um dia serem reintegrados à sociedade e capacitados a levar uma vida digna.
Os esquerdopatas vêem nas penitenciárias, espécies de
"universidades" do crime, preparando mão de obra para agredir mais
ainda a sociedade no pouco tempo que permanecem presos.
Os "direitistas" são contra a "regulação de
preços pelo estado", mesmo que a monitoração estatal da economia mostre
diferenças exageradas entre eles. O dever do estado é mostrar ao consumidor,
onde determinado produto está mais barato em relação à sua qualidade.
O estado deve incentivar grupos de compra coletiva, para
pressionar a inflação para baixo, mas não deve agir como intermediário nessas
ações.
Os chamados "institutos de pesquisa de opinião", tão
rápidos e eficientes em épocas eleitorais, deveriam ser postos em ação
permanente de informar ao consumidor, onde os produtos que consomem estão
disponíveis a preços e condições mais favoráveis.
Os "direitistas" só estão interessados num tipo de
igualdade: o da aplicação da lei e da liberdade. São contrários a qualquer tipo
de privilégios quanto a isso, ou contra a anomalia conhecida como "foros
privilegiados", comumente aplicados a políticos ou ricos, que têm o poder
espúrio de se evadir à lei.
Os "direitistas" sabem que não existe igualdade na
natureza, nem na sociedade humana e entender isso é o passo inicial, para
diminuir as desigualdades exageradas.
O anticapitalismo privado, geralmente comandado pelo nefasto
capitalismo estatal, só é capaz de gerar uma pobreza igualitária, e não gera
qualquer capacidade de trabalho e de riqueza.
Um estado rico só é autêntico, quando o povo é rico. Caso contrário, acaba se transformando num gigante de pés de barro, que irá se esboroar sob seu próprio peso. Rússia e Europa que o digam!
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