17 setembro 2010

Curso de Discipulado 2

LIÇÃO 1 – O DISCÍPULO E A COMUNIDADE

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. (2 Coríntios 5.17).

Como sal da terra e luz do mundo, o crente deve dar sabor, purificar e conservar positivamente o mundo, com o poder do evangelho de Cristo. Para isso, deve relacionar-se com a sociedade normalmente, dando sempre bom testemunho de Cristo, para a glória de Deus. Na sua oração sacerdotal em João 17, o Senhor Jesus disse: “Não peço que os tire do mundo, mas que os livre do mal”. Isso significa que não devemos nos afastar fisicamente do mundo, mas exercer sobre ele, influência positiva para transformá-lo.

1. UMA NOVA VIDA ESPIRITUAL

A partir da conversão, passamos a viver uma nova fé e uma nova esperança. Muitos de nós antes de conhecer a Cristo, até tínhamos uma vida religiosa, mas agora tudo mudou. Experimentamos a fé viva e verdadeira, plantada no coração pela Palavra de Deus, que nos leva à salvação. O apóstolo Paulo passou pela experiência da conversão. Era um cumpridor zeloso das tradições religiosas de seus pais. Após ter sua vida transformada por Jesus, tornou-se um ativo pregador do evangelho. 

A salvação segundo a Bíblia é pela graça de Deus, mediante a fé.(Efésios 2.8-10). Por isso não precisamos praticar boas obras para sermos salvos. Este caminho jamais nos leva a Deus. Porém a fé genuína em Deus produz boas obras, pois a Bíblia afirma que a fé sem as obras é morta.(Tiago 2.26).

A fé também resulta em esperança, a âncora da nossa salvação. Esta esperança traz certeza, não só para a eternidade, também para a vida terrena. O salvo enxerga acima das circunstâncias, para sempre viver em triunfo.

2. UMA NOVA VIDA MORAL

O conceito bíblico de moral é absoluto, ou seja, não pode ser relativizado, como querem alguns. Eles condenam alguns pecados e se omitem em relação a outros. Em todas as áreas precisamos estar comprometidos com os valores do Reino de Deus. Como será que a comunidade nos vê? Será que nos julgam cumpridores das normas que regulam a vida em sociedade? Pense nisso. A Bíblia diz que devemos ser exemplo dos fiéis.

3. UMA NOVA VIDA SOCIAL.
A partir da conversão, o crente precisa evitar lugares impróprios, afastar-se das más amizades e das situações, que poderão levá-lo ao fracasso. O Salmo 1 nos dá as recomendações necessárias, para não perdermos a comunhão com Deus. A amizade do mundo é inimizade contra Deus. Devemos fugir de toda a aparência do mal. 

A vida social também tem outro lado, que não pode ser deixado de lado. É aquele que Tiago nos ensina: o dever de ajudarmos as pessoas carentes da comunidade. Devemos procurar nos informar sobre os programas de ajuda aos necessitados da nossa igreja e nos envolver. Os empresários devem ser justos com os empregados e os empregados devem dedicar-se ao emprego como se estivesse fazendo para o Senhor.

LIÇÃO 2 – O DISCÍPULO E O LAR CRISTÃO

“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; Se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”. (Josué 24.15). 

A salvação que recebemos através de Jesus Cristo resulta em grandes mudanças no nosso modo e vida. O apóstolo Paulo afirmou em Gálatas 2.20: “... Vivo não mais eu mais Cristo vive em mim.” O lar é o ponto de partida desta nova experiência. O lar não é simplesmente uma casa, onde a família se reúne. É a dimensão física que traduz o propósito de Deus, ao instituir o casamento. (Gênesis 2.18). Deus criou uma companheira para o homem, porque Ele não deseja que o homem viva solitário. 

O lar é a expressão maior da unidade familiar, porque as qualidades como companheirismo, solidariedade e respeito, podem ser demonstradas na vida do casal e no seu relacionamento. Diante do que representa o lar para a sociedade, você como novo crente, tem um importante papel a desempenhar, para que todos possam ser beneficiados pela sua nova vida. Jesus mesmo disse: “Vós sois a luz do mundo...” (Mateus 5.14). A expressão “luz do mundo” neste texto significa que as trevas são afastadas e que existe segurança para a caminhada, pois os perigos são expostos pela claridade. Esta luz é você, que precisa caminhar a partir do seu próprio lar.

O lar é uma extensão da igreja, porque o bom testemunho cristão deve começar a ser vivido no lar. Não é possível ter um comportamento de crente no templo e um de incrédulo no lar. Se isto acontecer, é porque não houve uma conversão de fato.
A vida cristã implica em um compromisso sério com Cristo. Isto é um processo, no qual somos aperfeiçoados dia após dia. O aprendizado é diário aos pés de Cristo, até que se alcance a maturidade espiritual. Isso reflete no comportamento no lar. 

Entretanto, se os seus familiares não forem crentes, você não pode impor à força, a sua conversão aos seus parentes. É o Espírito Santo que faz a obra, portanto, não devemos extrapolar os limites da liberdade e perturbar os demais familiares. Isto pode fechar ainda mais as portas para o Evangelho. Aproveite as oportunidades, com cuidado, para mostrar o amor de Jesus. Lembre-se que o seu testemunho falará mais alto do que as suas palavras.

Mas, como viver esta nova vida no lar, se os demais familiares não forem crentes? Você não pode impor pela força, a conversão de seus parentes. É o Espírito Santo quem faz a obra. Seja prudente, sem que isto signifique falta de ação. Se você é marido, pode introduzir lentamente o culto doméstico, levando a esposa e os filhos a participarem com alegria. Levá-los à igreja depois, será uma questão de tempo. Porém, se você for a esposa, busque a concordância do marido, antes de iniciar o culto doméstico, para que isto não venha ser motivo de brigas. Da mesma forma, os filhos devem obedecer aos seus pais, que não são crentes, mostrando que rebeldia é coisa do passado. Se, no entanto, você for pressionado a fazer alguma coisa contrária à sua fé, seja educado e responda com mansidão, que você agora tem um novo projeto de vida, que é o de servir a Cristo.

Finalmente, estabeleça um programa de oração e leitura da Palavra de Deus. Seja um poder de atração para levar os seus familiares a Cristo. Convide-os a participarem de um culto na sua igreja. Você também pode levar pessoas maduras espiritualmente, para visitá-los. Porém de modo que a visita seja recebida sem constrangimento. Se os seus familiares gostam de ler, presenteie-os com literaturas evangélicas de qualidade, principalmente com aquelas que trazem testemunhos marcantes que possam tocar os seus corações.

LIÇÃO 3 – O DISCÍPULO E A TENTAÇÃO

“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tiago 1.13). 

Tentação são os pensamentos que invadem a mente humana e tentam seduzi-la para a prática do mal, que contraria a vontade de Deus. A tentação não se constitui em pecado, se não cedermos a ela. Às vezes, ela surge como algo vantajoso, ou uma oportunidade que não pode ser desperdiçada, porém, se cedermos a ela, seremos os únicos prejudicados.

Foi por intermédio da tentação, que o pecado entrou no mundo. É de procedência maligna. Satanás, o maior inimigo de Deus a introduziu no mundo, para derrubar o homem, o ser criado à imagem e semelhança de Deus. Embora não proceda de Deus, a tentação é permitida por Ele até o ponto que podemos suportar, para provar o nosso grau de obediência, lealdade e amor à sua Palavra.

Os principais agentes da tentação são o Diabo, o mundo e a carne. O mundo refere-se ao sistema maligno, que impera nos filhos da desobediência. A Bíblia afirma que o mundo jaz no maligno (I João 5.19). Este sistema, que é influenciado pelos demônios, conduz a humanidade à perdição. A carne refere-se à natureza caída do homem natural, distanciado de Deus. Por causa do pecado, os instintos do corpo foram afetados e se não forem controlados, cometem as maiores barbaridades. Esses desejos são conhecidos como concupiscência da carne. O diabo é o principal agente da tentação. Ele usa os outros dois, o mundo e a carne, para seduzir a humanidade ao pecado.

A tentação se manifesta através do corpo, da alma e do espírito humanos. O espírito e a alma são inseparáveis e constituem o homem interior. A alma é a sede das emoções humanas. O corpo é a parte física, ou seja, os órgãos do corpo humano reunidos. Este corpo, sem o espírito e a alma, está morto e não tem como pecar. O espírito e a alma contribuem, para a consumação do pecado, através do corpo. O Espírito Santo, através da mensagem bíblica renova o homem interior, para que não viva mais, na prática do pecado.

Para vencermos as tentações, precisamos resistir ao Diabo e às suas astutas ciladas, com que ele investe para nos derrubar. Em segundo lugar, precisamos fugir do mal e de toda a sua aparência. Em outras palavras, devemos fugir de tudo aquilo, que possa nos levar ao pecado. Fugir da tentação não é um ato de covardia, é a manifesta vontade de Deus. Por último, para vencermos a tentação, devemos nos reavaliar. A cada dia verificar qual o nosso grau de crescimento espiritual. Se algo nos impede de sermos mais santos hoje do que fomos ontem, é o momento propício de mudarmos de atitude, a fim de a nossa santificação seja constante, pois “sem a santificação, ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14b). 

LIÇÃO 4 – O DISCÍPULO E A IMPUREZA

“E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro” (I João 3.3).

A vida cristã exige constante vigilância, perseverança e santidade. O maior obstáculo à santificação do cristão é a impureza. Segundo os dicionários, a palavra impureza significa sujeira, contaminação; mácula, etc. O que se encontra em estado de impureza é impuro, imundo, contaminado, sujo, sórdido, sensual, lascivo, imoral obsceno, etc..

No Antigo Testamento, Israel era um povo chamado por Deus para ser santo. Os pagãos eram considerados imundos, praticavam toda sorte de imoralidade e cultuavam varias divindades obscenas (na verdade, demônios). Portanto, Israel devia separar-se deles. Por meio de Israel, O Senhor tornar-se-ia conhecido como o Verdadeiro Deus, digno da adoração de todos os povos.

LIÇÃO 5 – O DISCÍPULO E A IDOLATRIA

LIÇÃO 6 – O DISCÍPULO E A TEMPERANÇA

LIÇÃO 7 – O DISCÍPULO E O PERDÃO

LIÇÃO 8 – O DISCÍPULO E A MORDOMIA CRISTÃ

LIÇÃO 9 – O DISCÍPULO E O LOUVOR

LIÇÃO 10 – O DISCÍPULO E O BATISMO NAS ÁGUAS

LIÇÃO 11 – O DISCÍPULO E A SANTA CEIA

LIÇÃO 12 – O DISCÍPULO E A VOLTA DE JESUS

LIÇÃO 13 – O DISCÍPULO E A MISSÃO DE DISCIPULAR

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