17 setembro 2010

Curso de discipulado 1

LIÇÃO 1 – CONHECENDO A BÍBLIA


A palavra Bíblia significa “livros” ou conjunto de livros juntos em um só. A Bíblia é a Palavra de Deus, porque através dela o Senhor se dá a conhecer à humanidade. Isto se chama revelação divina.
A Bíblia foi escrita por cerca de 40 pessoas, que viveram em diferentes lugares e em épocas bem distantes, num período de aproximadamente 16 séculos. Os idiomas em que a Bíblia foi escrita foram o hebraico e o grego, com algumas passagens em aramaico. Os escritores bíblicos eram pessoas das mais variadas atividades: Reis, profetas, criadores de gado, pescadores, sacerdotes, médico e até cobrador de impostos. Eles escreveram seus livros separadamente. Entretanto, quando unidos em um só volume, formou-se uma perfeita harmonia e unidade. Isso mostra que a Bíblia teve um único autor, ou seja, o Espírito Santo inspirou homens santos, para que escrevessem a Bíblia. A Bíblia não contém qualquer erro ou falha, por isso dizemos que ela é inerrante e infalível. 
A Bíblia contém duas divisões principais que são o Antigo e o Novo Testamento. Juntos, eles somam um total de 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. 
Como a Bíblia foi escrita originalmente em hebraico e grego precisou ser traduzida para outros idiomas. A tradução do Antigo Testamento para o grego foi feita por setenta anciãos de Israel. Por isso recebeu o nome de Septuaginta. Já a tradução da Bíblia para o latim foi feita por Jerônimo e foi chamada de Vulgata. Para a língua portuguesa, a principal tradução utilizada no Brasil é a de João Ferreira de Almeida. Desta tradução existem outras versões que apresentam algumas diferenças, não na mensagem, mas nas palavras, para facilitar a compreensão.
Para usar a Bíblia de forma eficiente é preciso ler, memorizar os versículos, estudar e meditar. Para um bom estudo da Bíblia é preciso os seguintes materiais: A Bíblia, de preferência em mais de uma versão, uma chave bíblica, um dicionário bíblico, um dicionário de língua portuguesa, um manual de temas bíblicos e um caderno para anotações. O mais importante, porém, é que antes de estudar a Bíblia oremos a Deus, pedindo sabedoria.
A Bíblia é a única regra de fé e prática do cristão.


LIÇÃO 2 – CONHECENDO DEUS


Várias teorias baseadas em diferentes sistemas religiosos tentam explicar, justificar e até mesmo negar a existência de Deus. A Bíblia, por sua vez, não tenta provar a existência de Deus, mas parte do pressuposto de que a sua existência é uma realidade incontestável.
Nós só podemos conhecer a Deus, à medida que Ele se revela. Deus se revelou através da criação, através das suas qualidades descritas na Bíblia Sagrada e através do seu Filho Jesus Cristo que se fez carne e habitou entre a humanidade. Através das coisas criadas, podemos deduzir que um Deus Todo-poderoso e infinitamente superior a nós criou o universo e o sustenta. Pela revelação bíblica, podemos conhecer a revelação que Deus deu de si mesmo, como as suas qualidades morais reveladas através dos seus nomes e os seus feitos.
Os nomes mais comuns de Deus descritos na Bíblia são:
Deus: Fala do seu poder criativo e total.
Senhor ou Yahweh: É Deus relacionado com as pessoas para ajudá-las e salvá-las. 
Senhor no sentido de governador e dominador: É aquele que exige serviço e lealdade do seu povo.
Pai: Mostra que todas as coisas e os seres humanos foram criados por Ele e estão debaixo da sua proteção.
Alguns aspectos do caráter de Deus ou atributos divinos nos revelam quem Deus é:
- Soberania: Significa que Deus é maioral, chefe e supremo.
- Eternidade: Significa que Deus sempre existiu. Não teve princípio, nem terá fim a sua existência.
- Onisciência: Significa que Deus tem todo o conhecimento. Nada o apanha de surpresa.
- Onipresença: Deus é infinito e está presente em todo o tempo e espaço. Ninguém se esconde dEle.
- Onipotência: Significa que Deus pode fazer tudo o que lhe agrada. Para Deus não há nada impossível.
- Imutabilidade: Deus não muda em sua natureza e aspectos.
- Asseidade ou transcendência: Deus é autoexistente. Ele existe fora do universo, não estando, portanto, limitado ao tempo e espaço, ou sujeito às leis da física. 
Embora Deus seja tão Grande e Santo, Ele é imanente, ou seja, Ele se envolve com o dia-a-dia do homem que Ele criou. Ele quer se relacionar conosco e compartilhar as sua bênçãos.


LIÇÃO 3 – CONHECENDO A SALVAÇÃO


A salvação é a maior bênção que o ser humano pode receber. É o resultado da morte expiatória de Cristo, que livra o homem da condenação eterna.
De acordo com Romanos 3.23, a salvação é necessária porque o homem estava destituído da glória de Deus. O pecado entrou no mundo através de Adão, que desobedeceu a Deus. Como representante da raça humana, Adão transferiu para os seus descendentes, a natureza pecaminosa. A principal conseqüência do pecado é a condenação eterna. No homem, o pecado o afetou nas esferas física, mental e espiritual. 
Os principais efeitos do pecado foram: A autojustificação, o medo, a maldição da terra, a expulsão do homem do Jardim do Éden, a violência, a corrupção do gênero humano, as enfermidades e a morte.

 
A salvação possui três aspectos:
1) Justificação: Significa que o homem, morto em seus pecados, não tinha condições de justificar-se diante de Deus. A Justiça de Cristo, o Justo, é concedida ao homem gratuitamente, pela fé. 
2) Regeneração: É o novo nascimento realizado no interior do homem pelo Espírito Santo. Antes, o homem era inimigo de Deus. Agora, justificado, ele se torna membro da família divina e é adotado como filho de Deus.
3) Santificação: O homem abandona as práticas pecaminosas e separa-se (santifica-se) para o serviço do Senhor. A santificação consiste em dizer não para o pecado e sim para Deus.
Jesus Cristo é o único Salvador (Atos 4.12). Portanto, a salvação só pode ser alcançada pela fé nele. Segundo Efésios 2.8-10, a salvação é pela graça, mediante a fé. Não vem das obras para que ninguém se glorie. Não vem de nós mesmos, mas é dom ou presente de Deus.


LIÇÃO 4 – CONHECENDO A IGREJA


A palavra Igreja vem do grego ekkésia e significa um grupo de pessoas chamados para fora. Portanto, a Igreja é um grupo de pessoas que deixaram o mundo espiritualmente, não fisicamente, para seguir a Cristo. A Igreja é um organismo vivo, que tem a própria vida de Cristo. Foi o próprio Senhor Jesus que fundou a Igreja e prometeu que as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
A Bíblia mostra alguns símbolos da Igreja: O Corpo de Cristo, a Noiva de Cristo, o Templo de Deus, a Família de Deus, etc.
Os principais objetivos da Igreja são: Evangelizar o mundo, cultuar a Deus, praticar a mordomia cristã, cuidar da disciplina e da conduta cristã.
O Senhor Jesus deixou duas ordenanças para a Igreja: O batismo nas águas e a Ceia do Senhor. Através do batismo, o crente testemunha, publicamente a sua identificação com Cristo e mostra, simbolicamente, que morreu para o mundo e nasceu para Deus.
A ceia do Senhor é um memorial instituído por Jesus, para os crentes relembrarem a sua morte e anunciar a Cristo até que Ele venha.
Os elementos da Ceia são o pão e o vinho, que representam respectivamente o corpo e o sangue do Senhor Jesus.


LIÇÃO 5 – CONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO


A oração é a chave da vitória. O hino 296 da Harpa Cristã diz que “Jesus teve completa vitória, porque sempre viveu em oração”. Mas, o que significa orar? 
Orar não é rezar ou ficar repetindo frases de efeito. Orar é conversar com Deus e ter comunhão com Ele. Na oração agradecemos a Deus, por tudo o que Ele nos deu e falamos para Ele das nossas dificuldades, enfermidades e necessidades. Além disso, intercedemos pelas necessidades de outras pessoas.
Podemos orar de várias formas: Em pé, como Josafá (2 Crônicas 20.5,6); Deitado, como o rei Ezequias (2 Reis 20.2,3) e de joelhos como disse o apóstolo Paulo em Efésios 3.14. Muitos cristãos consideram esta última a melhor maneira de orar, pois é uma demonstração de submissão, reverência e humildade.
Não existe um lugar específico para a oração. Entretanto, o templo é chamado por Jesus de casa de oração. (Mateus 21.13). Consagrações, vigílias e círculos de oração nas nossas igrejas são reuniões, onde o Senhor tem operado muitas maravilhas. Também podemos orar em particular. É uma ótima oportunidade para estarmos a sós com o nosso Deus. Os lares evangélicos que se reúnem diariamente para orar são felizes e harmoniosos. O culto doméstico é muito importante para a união e prosperidade da família.
Devemos orar sempre. Ao deitarmos, levantarmos, antes das refeições, antes de tomarmos decisões, nas tentações, nas enfermidades, nas perseguições e nas mais diversas situações que enfrentarmos.
A oração é um diálogo que devemos ter diariamente com Deus. O Espírito Santo nos ajuda e nos ensina a orar. É diferente da reza, que é uma repetição de citações elaboradas por alguém.


LIÇÃO 6 – O DISCÍPULO E A FÉ


“A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova, das coisas que não se vêem” (Hebreus 11.1). Esta é a melhor definição de fé. A fé é a base da esperança que faz o crente seguir avante, deixando as incertezas e as dúvidas para trás. 
Tudo o quanto fizermos, se não tiver a fé como base não terá nenhum sentido. A Bíblia diz que “tudo o que não é por fé é pecado”. (Romanos 14.23). Se a fé não estiver operando, a incredulidade predomina, gerando incertezas e fracassos.
A fé só tem valor, se ela for concentrada na pessoa de Jesus Cristo. A fé direcionada a qualquer outra pessoa, ou objeto, constitui-se em idolatria.
O capítulo onze da epístola aos Hebreus é considerado como a galeria dos heróis da fé, porque descreve personagens que viveram nos tempos do Antigo Testamento, firmados nas promessas de Deus para o futuro. A crença que eles tiveram na vinda de Cristo ao mundo levou-os a serem vitoriosos, mesmo em meios às mais ardentes perseguições.


Há três qualidades de fé:
1) A fé para a salvação. É aquela que leva o homem, a reconhecer os seus pecados e aceitar o sacrifício de Cristo em seu lugar.
2) A fé vitoriosa. Significa que o trabalho de cada crente é proporcional ao tamanho da sua fé. No exercício da vida cristã a fé varia de intensidade. A fé vitoriosa é a fé grande. Os que têm esta fé podem fazer grandes coisas para Deus.
3) O dom da fé. É a manifestação sobrenatural do Espírito Santo na vida crente, que o capacita a realizar maravilhas. 
A fé produz salvação e segurança. Ela não vê o fracasso e nos conduz à vitória. Necessitamos de mais fé, para termos paz com Deus, pois “sem fé é impossível agradá-lhe”. (Hebreus 11.6). A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus. (Romanos 10.17).


LIÇÃO 7 – O DISCÍPULO E A OBEDIÊNCIA


A palavra obediência segundo os dicionaristas significa “ato de submeter-se à vontade de alguém”. Com relação ao cristão, a obediência está profundamente ligada fé e através desta somos introduzidos à presença do Deus invisível de forma voluntária e consciente.


Há na Bíblia vários exemplos de obediência. Entre eles destacamos:
1) Abraão. (Gênesis 12). Deus ordenou que ele deixasse a sua terra, os seus parentes e a casa de seus pais e seguisse para uma terra desconhecida, que Deus iria lhe mostrar. Abraão deixou tudo e saiu, porém, levou consigo o seu sobrinho Ló. Lá na frente, os empregados se desentenderam e eles foram obrigados a se separarem. Entretanto, Abraão embora fosse o patriarca, deu ao seu sobrinho o direito de escolher para onde queria ir, confiando na promessa de Deus de abençoá-lo. Deus havia prometido alguns privilégios para Abraão, caso lhe obedecesse: Ele seria pai de uma grande nação, seria grandemente abençoado e seria uma bênção para todas as famílias da terra. 
Num dado momento da vida de Abraão, sendo ele já avançado em idade e não tendo filhos ele se precipitou. Induzido por Sara sua mulher, ele acabou tendo um filho com a sua escrava Agar, fora do plano de Deus, que havia lhe prometido um filho. Isso trouxe conseqüências que até os dias atuais, prejudicam os descendentes de Abraão. Surgiram vários problemas familiares e ainda hoje, há hostilidade entre os Judeus, descendentes de Isaque, o filho da promessa e os Árabes, descendentes de Ismael o filho da escrava.
2) Paulo. O apóstolo Paulo após um encontro com o Cristo ressurreto, no caminho de Damasco, obedeceu e o mundo inteiro foi beneficiado pela sua obediência. Paulo evangelizou o mundo de sua época. Ele mesmo declarou: “Pelo que não fui desobediente à visão celestial”.
3) Jesus. Este foi o maior exemplo de obediência. Em obediência ao Pai, ele deixou a sua glória, para vir a este mundo, morrer numa cruz para nos salvar. Em tudo, Cristo foi obediente e submisso ao Pai, na sua vida terrena. 
Nós devemos obedecer a Deus, através da Sua Palavra, obedecer à Igreja, que é a fiel depositária do plano de salvação e aos nossos pastores, pois a Bíblia assim o determina em Hebreus 13:17: “Obedecei a vosso pastores...”.


A obediência produz alguns efeitos na vida daqueles que a praticam:
1) Os que obedecem a Deus têm o Espírito Santo (Atos 5.32);
2) São inabaláveis (Mateus 7.24);
3) São conhecidos (Romanos 16.19);
4) Obedecem a Deus e O glorificam (2 Coríntios 9.13);
5) São irrepreensíveis (Filipenses 2.12-15).
A obediência é tão importante que obedecer ou desobedecer pode interferir fatalmente nos destinos de todas as pessoas. Deus considera a obediência superior a qualquer obrigação religiosa.

LIÇÃO 8 – O DISCÍPULO E O DÍZIMO (Malaquias 3.8-10)


Pagar o dízimo significa tirar dez por cento de toda a renda pessoal e investi-la nos negócios de Deus aqui na terra.
O dízimo não deve ser pago por mera obrigatoriedade, mas, como um ato de fé nas promessas de Deus.
O dízimo aparece pela primeira vez na Bíblia em Gênesis 14.20, quando Abraão paga o dízimo de tudo a Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo. Melquisedeque é apontado na Epístola aos Hebreus como uma figura de Cristo. O dízimo, portanto, vem antes da Lei de Moisés.
No texto de Malaquias 3.8-10, quem não paga o dízimo é chamado de ladrão por Deus. Além disso, nesse mesmo texto, Deus promete abençoar grandemente os dizimistas.
No Novo Testamento, Jesus falou sobre o dízimo em Mateus 23.23, repreendendo os Fariseus que davam o dízimo por motivações erradas e omitiam a justiça e a misericórdia. Porém, Ele disse ser necessário “fazer estas coisas (dar o dízimo), sem omitir aquelas (exercitar a justiça e a misericórdia)”.
Nas epístolas, a palavra dízimo não aparece, mas a idéia está implícita nos escritos do apóstolo Paulo. Em 1 Coríntios 16.2 ele diz que as contribuições devem ser proporcionais à prosperidade de cada um e o dízimo é exatamente isso.
O dízimo é uma bênção para a igreja local. Ele serve para a evangelização, para enviar missionários, construir templos, sustentar obreiros que se dedicam integralmente à obra de Deus e para suprir o dia-a-dia da administração da igreja.
Se todos os crentes fossem dizimistas, não seriam necessárias campanhas de arrecadações, para a realização das tarefas da igreja.
Seja um dizimista! Deus se agrada disso e te abençoará cada dia mais!


LIÇÃO 9 – O DISCÍPULO E O ESPÍRITO SANTO


O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Ele aparece pela primeira vez nas Escrituras em Gênesis 1.2: “... E o Espírito do SENHOR se movia sobre a face das águas”. 
O Espírito Santo não é uma força impessoal como algumas seitas sugerem, mas é uma pessoa, pois Ele possui atributos pessoais, como Intelecto, vontade e sentimentos. (Romanos 8.27; 1 Coríntios 2.10,11, 16). O Espírito Santo revela (2 Pedro 1.21), ensina (João 14.26), intercede (Romanos 8.26), ordena ( Atos 13.2), testifica de Cristo (João 15.26), fala à igreja (Apocalipse 2.7), convida os pecadores à salvação (Apocalipse 22.7). Somente uma pessoa seria capaz de tais ações.
Além de ser uma pessoa, o Espírito Santo é Divino. A sua divindade fica evidente, quando são conferidos a Ele atributos ou qualidades divinas como Onipotência (Lc 4.14), Onipresença (Salmo 139.7-10), Onisciência (Salmo 139.2), Eternidade (Hebreus 9.14), etc. E também, a Bíblia afirma que o Espírito Santo é Deus em Atos 5.3,4, quando Pedro diz a Ananias que este havia mentido ao Espírito Santo. Logo após, Pedro diz que Ananias havia mentido a Deus.
Alguns símbolos são usados na Bíblia, para indicar a obra do Espírito Santo: Fogo, Vento, água, azeite e pomba.
O Espírito Santo opera no pecador, no crente e na igreja. No pecador Ele regenera a natureza pecaminosa do homem, tornando-o nova criatura. No crente o Espírito Santo consola, conduz, ensina, concede poder, intercede e santifica. Na igreja, o Espírito Santo coordena a obra missionária, separando e ordenando obreiros; Atua na pregação, usando os pregadores para convencer os pecadores a se arrependerem. 
Sem a presença do Espírito Santo a igreja se torna uma organização religiosa sem vida, vazia e sem poder. 


LIÇÃO 10 – O DISCÍPULO VIVENDO CHEIO DO ESPÍRITO SANTO


“E não vos embriagueis com vinho em que há contenda, mas enche-vos do Espírito. (Efésios 5.18)”.
No momento em que o homem arrepende-se dos seus pecados e aceita a Cristo como Salvador, ele recebe o Espírito Santo. Entretanto, a partir desta experiência, surge a necessidade de um revestimento do poder de Deus, que vem do batismo no Espírito Santo. Este batismo é uma promessa do Pai (Joel 2.28), Um revestimento de poder (Marcos 16.17,18) e uma necessidade (Atos 19.6). Os dias atuais são de densas trevas, portanto o revestimento do poder de Deus é indispensável.
O Espírito Santo concede aos crentes os dons espirituais (1 Coríntios 12.8-10) e o fruto do Espírito (Gálatas 5.22). Os dons espirituais descritos na Bíblia são: A palavra da sabedoria, a palavra da ciência, a fé, os dons de curar, a operação de maravilhas, a profecia, o discernimento de espíritos, a variedade de línguas e a interpretação de línguas. O Fruto do Espírito descrito em Gálatas 5.22 é o resultado da comunhão do crente com o Espírito Santo. Não são vários frutos, mas um só fruto que é composto de nove virtudes: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança.
O Espírito Santo como nosso líder, nos ensina todas as coisas, nos santifica e dirige a Igreja. 
Para receber o batismo no Espírito Santo, o crente precisa em primeiro lugar orar (Atos 1.14), depois estar em comunhão com Jesus, pois é Ele quem batiza. A propósito: Você já recebeu o batismo no Espírito Santo? Ainda não? Busque a Deus. Peça com fé e Ele te batizará. 


LIÇÃO 11 – O DISCÍPULO E OS DONS DO ESPÍRITO SANTO


“Acerca dos dons espirituais, não quero irmãos, que sejais ignorantes. (1 Coríntios 12.1) “.

Os dons do Espírito Santo são meios, pelos quais os membros do Corpo de Cristo são habilitados e equipados, para a realização da obra de Deus.
Os dons do Espírito Santo se classificam em três grupos:
1. Dons de revelação: Palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento de espíritos.
2. Dons de Poder: Fé, dons de curar, e operação de maravilhas.
3. Dons de inspiração ou elocução: Profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas. 
A Palavra da ciência é o dom, que permite ao crente conhecer os segredos divinos e a Palavra da sabedoria leva-o a aplicar corretamente, os segredos revelados. Por isso, estes dois dons se completam.
O discernimento de espíritos ajuda o crente a separar o falso do verdadeiro, o puro do impuro, o santo do pecador, o joio do trigo e especialmente, a intenção dos corações. (João 4.1).
Os dons de cura são concedidos como uma solução divina capaz de amenizar o sofrimento humano, através da fé em Cristo.
A operação de maravilhas se constitui em manifestações especiais do poder de Deus, inexplicáveis e superiores à capacidade humana. O Supremo Senhor apenas usa da forma que Ele quer, as leis e forças que Ele mesmo criou.
O dom da fé é a capacitação espiritual e sobrenatural que conduz o crente a confiar em Deus, a fim de realizar proezas em nome do Senhor.
A variedade de línguas e a interpretação das línguas também são dons que se completam. O dom de variedade de línguas capacita o crente a transmitir uma mensagem de Deus à congregação em outras línguas, portanto só terá eficácia se houver interpretação.
A Profecia como dom significa falar aos homens em nome de Deus. É o único dos dons que está sujeito ao julgamento da igreja. A profecia tem como objetivo exortar, confortar e consolar a igreja.
Não devemos dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas, “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”.(1 João 4.1; 1 Tessalonicenses 5.20,21).


LIÇÃO 12 – O DISCÍPULO E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO


“Mas o fruto do Espírito é: Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas, não há lei”. (Gálatas 5.22,23).
O fruto do Espírito é a expressão da natureza e do caráter de Cristo através do crente, ou seja, é a reprodução da vida de Cristo no crente.
O fruto do Espírito em contraste com as obras da carne possibilita ao cristão autêntico viver de modo íntegro diante de Deus e dos homens. O fruto do Espírito consiste nas nove virtudes ou qualidades da personalidade de Deus, implantadas pelo Espírito Santo no interior do crente, com a finalidade de conduzi-lo à perfeição.
1. Qualidades universais. Estão direcionadas ao nosso relacionamento com Deus: Amor, alegria e paz.
a) Amor ou caridade. Tradução da palavra grega “ágape”. É o amor que flui diretamente de Deus. É capaz de amar até aos inimigos, desejando-lhes o bem e perdoando as ofensas. 
b) Gozo ou alegria. Qualidade de vida caracterizada pela boa vontade e senso de bem estar espiritual, por causa de um bom relacionamento com Deus, apesar das dificuldades e intempéries da vida. (Atos 16.25).
c) Paz. Qualidade espiritual, produzida pela reconciliação, pelo perdão dos pecados e pela conversão da alma transformada segundo a imagem de Cristo.
2. Qualidades sociais. São virtudes direcionadas ao relacionamento entre os cristãos: Longanimidade, benignidade, bondade.
a) Longanimidade. Qualidade do que é paciente; Demora em irar-se. Deus é longânimo e tem demonstrado isso, tolerando pacientemente todas as iniqüidades do homem.
b) Benignidade. Qualidade do que é desejoso do bem a todos, inclusive dos inimigos. Quem é benigno mostra-se afável e gentil para com o próximo, sem amargura e inflexibilidade.
c) Bondade. Generosidade que flui de uma santa retidão dada por Deus. Deus é bom e aqueles que têm o fruto do Espírito, praticam o que é bom para todos, sem acepção de pessoas. 
3) Demais qualidades. Fé, mansidão e temperança ou domínio próprio.
a) Fé ou fidelidade. É a certeza de que Deus existe e está sempre conosco. (Hebreus 11.6) A fé é a confiança plena da alma em Jesus Cristo, resultante de uma experiência com Ele.
b) Mansidão. Submissão do homem para com Deus e em seguida para com o próprio homem. É o resultado da verdadeira humildade, que nos leva a reconhecer o valor dos outros e a recusar considerar-se superior a eles.
c) Temperança ou domínio próprio. Qualidade ou virtude de quem é moderado; sobriedade; Autocontrole. Uma pessoa temperante evita os extremos. Devemos ser moderados nas palavras, nas ações e nos pensamentos.
O Fruto do Espírito Santo não é produzido na vida de quem vive de qualquer maneira. O cristão precisa dedicar-se à oração, ao estudo da Palavra de Deus e passar por várias provas, para alcançar o seu crescimento espiritual.


LIÇÃO 13 – O DISCÍPULO E O EVANGELISMO


“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. (Marcos 16.15).
Evangelismo é a ação, cujo objetivo é levar os homens a conhecerem sua condição de pecadores perdidos e o plano de Deus para sua salvação; Induzi-los à aceitação de Jesus Cristo como Senhor e Salvador e integrá-los na vida Cristã. Em outras palavras, é o emprego da Palavra de Deus por todos os crentes, com o sincero desejo de ganhar almas para Cristo em todos os lugares, em todo o tempo e por todos os meios.
Devemos evangelizar por pelo menos quatro razões:
1. Todos precisam de um salvador. Toda a humanidade sem Cristo estará perdida, sem exceção alguma. Por isso precisamos urgentemente anunciar o evangelho. (Atos 4.12; João 14.6; Marcos 16.15,16).
2. Porque recebemos uma ordem do Senhor Jesus. Jesus não nos pediu para evangelizar se quisermos. Ele nos deu uma ordem, portanto é nossa obrigação falar de Jesus para as pessoas. (Marcos 16.15; Mateus 28.19, Atos 1.8; Lucas 24.47).
3. Deus nos concedeu o privilégio de participarmos da sua obra. A proclamação do evangelho é um privilégio que Deus concedeu aos homens e Ele recompensará a cada um, de acordo com o seu trabalho. Os anjos desejam ardentemente realizar esta tarefa, mas Deus não lhes deu este direito. 
4. O tempo de Deus é agora. Devemos fazer a obra de Deus agora, porque não sabemos quando seremos recolhidos pelo Senhor, não sabemos o dia da sua vinda, nem quando os pecadores morrerão. Hoje no nosso país, temos liberdade de pregar em qualquer lugar livremente, porém não sabemos se no futuro será assim. 
Não podemos fazer cultos em todos os lugares, mas podemos ganhar almas individualmente em vários lugares: Nos cultos, nos lares, no trabalho, nos transportes coletivos, nos hospitais, nas penitenciárias em outras instituições públicas. 
O ganhador de almas precisa em primeiro lugar, ser salvo. Ninguém poderá fazer pelos outros, aquilo que ainda não foi feito por si. Quem ainda não tem convicção da sua própria salvação, não tem condições de evangelizar. Além disso, é necessário ler e estudar a Bíblia diariamente, ter ardente amor pelas almas, ter uma vida santa, aprender com o Mestre Jesus e ser cheio do Espírito Santo. 
A Igreja de Cristo existe, com três objetivos principais: Adorar a Deus, evangelizar o mundo e proporcionar o crescimento espiritual dos crentes. Uma Igreja que não evangeliza não pode ser chamada de igreja. Perdeu a sua identidade e a sua razão de ser. 
Tenho absoluta certeza de que com este “Curso de discipulado 1”, você cresceu mais no conhecimento, fazendo-se um servo melhor, para o serviço do Mestre. Estas treze preciosas lições, são parte das doutrinas fundamentais da Bíblia Sagrada, que terão continuidade no Curso de discipulado 2.
O referido curso é um resumo das lições bíblicas de discipulado, da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD).


Deus o abençoe,


Pb. Weliano Pires 
Superintendente da Escola Dominical da
Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Ministério do Belém
Jardim Colina do Oeste - Osasco-SP

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