29 julho 2025

O AMOR MANIFESTADO NA COMUNHÃO CRISTÃ

(Comentário do 1⁰ tópico da Lição 05: Uma Igreja cheia de amor).

Ev. WELIANO PIRES 

No primeiro tópico falaremos da manifestação do amor na comunhão cristã. Inicialmente, falaremos do expressivo crescimento da Igreja de Jerusalém, que passou de cento e vinte pessoas para três mil e em seguida para quase cinco mil pessoas. Na sequência, falaremos dos desafios desse crescimento para a Igreja de Jerusalém. Por último, falaremos da vida interior da Igreja de Jerusalém, com base na expressão “era um o coração e a alma” (At 4.32), que mostra a unidade desta Igreja.

1. O crescimento da Igreja Cristã. A Igreja em Jerusalém experimentou um extraordinário crescimento em poucos dias. Logo após a eloquente pregação de Pedro no dia de Pentecostes, Lucas relatou que “naquele dia agregaram-se quase três mil almas”. (At 2.41). No segundo discurso de Pedro após o Pentecostes, Lucas diz que o número de convertidos chegou a quase cinco mil (At 4.4). Não sabemos quantos dias demorou entre estes dois discursos, mas pelo contexto, podemos concluir que foram poucos dias. 

Este grande número de convertidos na Igreja em Jerusalém não foi de conversões superficiais, como vemos em muitos congressos, onde as pessoas vão à frente pela emoção, ou por insistência dos pregadores. O texto de Atos 2.41-46 deixa muito claro que eram conversões autênticas. Foram batizados os que de bom grado receberam a Palavra. Conforme vimos na lição 2, os convertidos perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão, nas orações e em cada alma havia temor. Estavam todos os dias no templo e comiam juntos nas casas uns dos outros, com alegria e singeleza de coração. Quem não gostaria de congregar em uma Igreja assim? Parecia ser um ensaio do Céu.

2. Os desafios do crescimento. Se por um lado, é maravilhoso ver o crescimento da Igreja, com milhares de pessoas sendo salvas, por outro lado, como disse o comentarista, os desafios de uma Igreja grande também são grandes. Se hoje temos vários problemas em uma Igreja com trezentos membros, imagine uma Igreja com cinco mil pessoas, sob a liderança de doze apóstolos inexperientes, sem nenhuma estrutura administrativa e sem templos para acomodar as reuniões! Inicialmente, eles se reuniam nos arredores do templo judaico e nas casas, mas logo veio a perseguição das autoridades religiosas e eles não podiam mais se reunir no templo.

Não sabemos ao certo como eram feitas as contribuições, pois a Igreja estava iniciando e os dízimos e ofertas dos judeus eram entregues no templo aos levitas. Sendo assim, os apóstolos não tinham dinheiro para custear as próprias despesas e socorrer os necessitados. Como se dedicavam integralmente à pregação do Evangelho e ensino da Palavra de Deus aos novos convertidos, eles também não tinham tempo de trabalhar para se manter. Certamente recebiam contribuições dos irmãos, que os tinham em grande estima (At 5.13). 

É natural em um grupo formado por um grande número de pessoas, surgirem problemas e divergências, pois as pessoas são diferentes e não são perfeitas. O que a Igreja pode fazer para enfrentar estes desafios e manter a união dos seus membros? É importante termos em mente, que mesmo em uma Igreja com conversões genuínas, como era o caso de Jerusalém, pode haver divergências de opiniões e pessoas carnais como Ananias de Safira. Somente através da ação do Espírito Santo, o amor de Deus é derramado nos corações, tanto da liderança quanto dos membros da Igreja e mantém a unidade da Igreja. Onde não há amor, o egoísmo, o individualismo e as confusões tomam conta.

3. A vida interior. A Igreja de Jerusalém era uma Igreja unida em todos os aspectos. O texto áureo desta lição nos diz que “era um o coração e a alma da multidão dos que criam” (At 4.32). A Nova Versão Transformadora (NVT) traduziu esta frase assim: “Todos os que creram estavam unidos em coração e mente”. De fato, eles formavam uma grande comunidade de irmãos que sentiam prazer em estar juntos, compartilhando bonanças e dificuldades. A Igreja de Cristo precisa unir-se na tarefa de proclamar o Evangelho aos perdidos, mas também manter a comunhão entre os irmãos. De nada adiantará alcançarmos as pessoas que estão lá fora, se elas chegarem ao nosso meio e virem divisões, fofocas, egoísmos, soberbas e falsidades.

Esta união da Igreja em Jerusalém não veio por acaso. Eles não eram super crentes, com uma natureza incorruptível. Os apóstolos mantinham uma rotina diária de oração, pregação e ensino da Palavra de Deus. Com isso, o Espírito Santo convencia milhares de pessoas a se renderam a Cristo, operava sinais e maravilhas e derramava o amor de Deus no coração dos crentes. Onde há oração, evangelismo e ensino da Palavra de Deus não há espaço para obras da carne.

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