03 março 2012

Olha o tipo de MINISTRA que temos no Brasil...

Em entrevista dada em 2004 e republicada no blog do jornalista Reinaldo Azevedo, da revista VEJA, a ministra de políticas para as mulheres, Eleonora Menicucci, favorável ao aborto, não só defendeu a descriminação do aborto, como afirmou que praticou aborto por duas vezes, inclusive uma vez por decisão da organização partido operário comunista (POC), ao qual ela fora filiada. Ela conta ainda que também resolveu “por aspiração” (palavras dela mesma) aprender como fazer aborto por sucção e chegou a realizá-lo em algumas mulheres na Colômbia, quando o aborto ainda era crime naquele país. Na mesma entrevista, ela declara também que se relacionava sexualmente com vários homens na guerrilha, orgulha-se da vida de guerrilheira, afirma que teve relações homossexuais mesmo depois de casada e declara-se feminista radical.

Por pressão do governo, (que se diz democrático e a favor da liberdade de expressão) a entrevista foi excluída do site da universidade federal de Santa Catarina, após revelada pelo jornalista de VEJA, mas cópias dela foram feitas por Azevedo, que as disponibilizou em outro links, como este: //www.archive.org/details/entrevistacomeleonoramenicuccideoliveira

A seguir, alguns trechos da entrevista:

Eleonora - Dois anos Aí, em São Paulo, eu integrei um grupo do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. ( ). E, nesse período, estive também pelo Coletivo fazendo um treinamento de aborto na Colômbia.
Joana - Certo.
Eleonora - O Coletivo nós críamos em 95.
Joana - Como é que era esse curso de aborto?
Eleonora - Era nas Clínicas de Aborto. A gente aprendia a fazer aborto.
Joana - Aprendia a fazer aborto?
Eleonora - Com aspiração AMIU.
Joana - Com aquele…
Eleonora - Com a sucção.
Joana - Com a sucção. Imagino.
Eleonora - Que eu chamo de AMIU. Porque a nossa perspectiva no Coletivo, a nossa base…
Joana - é que as pessoas se auto-fizessem!
Eleonora - Autocapacitassem! E que pessoas não médicas podiam…
Joana - Claro!
Eleonora - Lidar com o aborto.
Joana - Claro!
Eleonora - Então vieram duas feministas que eram clientes, usuárias do Coletivo, as quais fizeram o primeiro auto-exame comigo. Então é uma coisa muito linda.
Joana - Hum.
Eleonora - Muito bonita! Descobrirem o colo do útero e…
Joana - Hum.
Eleonora - Ter uma pessoa que segura na mão.
Joana - Certo.

Eleonora - E eu digo que a questão feminista é tão dentro de mim, e a questão dos Direitos Reprodutivos também, que eu sou avó de uma criança que foi gerada por inseminação artificial na mãe lésbica.
Joana - Hum, hum.
Eleonora - Então eu digo que sou avó da inseminação artificial.
Joana: (risos)
Eleonora - Alta tecnologia reprodutiva. E aí eu queria colocar a importância dessa discussão que o feminismo coloca no sentido do acesso às tecnologias reprodutivas.
Joana - Certo.
Eleonora - Entendeu? E eu diria: Eu fiz dois abortos e também digo que sou avó do aborto também porque por mim já passou.

Eleonora - Porque a minha avaliação era que eu tinha que fazer...
Joana - A luta armada aqui.
Eleonora - ...a luta armada aqui. E um detalhe importante nessa trajetória é que, seis meses depois de essa minha filha ter nascido, eu fiquei grávida outra vez. Aí junto com a organização nós decidimos, a organização, nós, que eu deveria fazer aborto porque não era possível.
Joana - Certo.
Eleonora - Na situação ter mais de uma criança, né? E eu não segurava também. Aí foi o segundo aborto que eu fiz.

Eleonora - Aí já nessa época eu radicalizei meu feminismo. Eu comecei a militar.
Joana - Onde?
Eleonora - Em Belo Horizonte, eu comecei a militar neste grupo.
Joana - Neste mesmo grupo?
Eleonora – É.
Joana - O que se fazia além de discutir?
Eleonora - Nós discutíamos o corpo.
Joana - Certo.
Eleonora - Discutíamos a sexualidade. Eu tive a minha primeira relação com mulher também.
Joana - Hum.
Eleonora - Quer dizer que foi bastante precoce pra essa... E transava com homem.
Joana - Certo.
Eleonora - Pra minha trajetória
Joana - Mesmo porque tu também estavas com o teu marido eu acho, não estavas?
Eleonora - Sim, sim.
Joana - Estavas. Ah.
Eleonora - Mas nós nunca tivemos esse... E ele era um cara muito libertário. Nós nunca tivemos essa questão de relação.
Joana: Certo.

Eleonora - Depois, em 84, eu venho pra São Paulo fazer doutorado em Ciência Política, já articuladíssima…
Joana- Imagino…
Eleonora - com o feminismo e com linhas de pesquisa bem definidas do ponto de vista feminista.
Joana - Quem é que te orientou em São Paulo?
Eleonora - Em São Paulo, foi a Maria Lúcia Montes, uma antropóloga. Embora, na época, ela fosse da Ciência Política. E, em 84, eu entro para o doutorado com uma tese que era sobre Direitos Reprodutivos e Direitos Sexuais a partir É a construção da cidadania a partir do conhecimento sobre o próprio corpo.
Joana - Isso por conta do teu trabalho com as mulheres?
Eleonora - Por conta do meu trabalho com as mulheres em uma favela chamada Favela Beira-Rio.
Joana - Certo.
Eleonora - Lá em João Pessoa.
Joana - Hum.
Eleonora - Que hoje é um bairro. Então nesta época eu fiquei quatro anos em São Paulo fazendo a tese e voltando a João Pessoa. ( ) E aí fui coordenadora do grupo de Mulher e Política da ANPOCS, do GT.
Joana: Hum.

Joana - Já. E com relação às organizações das quais tu participavas?
Eleonora - Ah, primeiro que as mulheres dificilmente chegavam a um cargo de poder.
Joana - Mas tu eras a chefe?
Eleonora - Eu era. Fui uma das poucas. Por quê? Eu me travesti de masculino.
Joana - É? Como era?
Eleonora - Eu tinha atitudes masculinas (...) Era decidida, determinada, forte, sabia atirar.
Joana - Huuunnnn.
Eleonora - Entendeu?
Joana - Entendi.
Eleonora - Sendo que muitas mulheres sabiam isso tudo.
Joana - Certo.
Eleonora - Transava com vários homens.
Joana - Certo.
Eleonora - Essa questão do desejo e do prazer sempre foi uma coisa muito libertária pra mim, e por isso eu fui muito questionada dentro da esquerda.
Joana - É?
Eleonora - É.
Joana - Dentro do mesmo grupo do qual tu eras a líder?
Eleonora - Sim. Porque o próprio... Por questões de segurança, eu só poderia ter relação sexual com os companheiros da minha organização.
Joana - Certo.
Eleonora - Num determinado momento, sim, mas na história do movimento estudantil, também já existia isso.

Eleonora - E, depois, imediatamente eu quis ter outro filho.
Joana - Hum.
Eleonora - E muito no sentido de... pra provar para os torturadores, mesmo que fosse simbolicamente, que o que eles tinham feito comigo não tinha me tirado a possibilidade de reproduzir e de ter uma escolha sobre meu próprio corpo.
Joana - Hum.
Eleonora - Então eu tive mais um filho e logo que ele nasceu também de cesária eu me laqueei.
Joana - Certo.
Eleonora - Então eu tinha... Eu fui presa com 24 para 25 mais ou menos.
Joana - Nossa Senhora!.
Eleonora -.E sai com 30.
Joana - Certo.
Eleonora - Assim, da história toda e com 30 para 31, tive o meu segundo filho e fiz a laqueadura de trompas.
(...)
Joana - E então, tu saíste da cadeia em 74.
Eleonora - Certo.
Joana - Tu tiveste algum contato com o feminismo dentro da cadeia, com leituras feministas.
Eleonora - Não.
Joana - Ou depois?
Eleonora - Não, não. Ao longo da cadeia eu tive. Durante a cadeia? Eu tive muitas reflexões com as minhas companheiras de cadeia.
Joana - Tá.
Eleonora - Uma delas é a Dilma Roussef.
(...)
Joana - Fizeram uma espécie de grupo de consciência?
Eleonora - Grupo de reflexão lá dentro.
Joana - Grupo de reflexão.
(...)
Eleonora - Porque eu já saí. É... Eu já saí em 74, eu saí em outubro.
Joana - Certo.
Eleonora - No dia 12, Dia da Criança, eu saí já bem claro que eu era feminista.
Joana - Certo.
Eleonora - E, logo que eu saí da cadeia, eu em Belo Horizonte, fui procurar um grupo de mulheres.
Joana - Esses grupos de consciência?
Eleonora - É, só que era um grupo de lésbicas.
Joana - Certo.
Eleonora - E eu não sabia. Era um grupo de pessoas amigas minhas.

Eleonora - E eu digo que a questão feminista é tão dentro de mim, e a questão dos Direitos Reprodutivos também, que eu sou avó de uma criança que foi gerada por inseminação artificial na mãe lésbica.
Joana - Hum, hum.
Eleonora - Então eu digo que sou avó da inseminação artificial.
Joana: (risos)
Eleonora - Alta tecnologia reprodutiva. E aí eu queria colocar a importância dessa discussão que o feminismo coloca no sentido do acesso às tecnologias reprodutivas.
Joana - Certo.
Eleonora - Entendeu? E eu diria: Eu fiz dois abortos e também digo que sou avó do aborto também porque por mim já passou.
Joana - Sim.
Eleonora - Também já passou nesse sentido. E diria que eu sou uma mulher muito feliz e muito realizada. E eu pauto em duas questões: na minha militância política e no feminismo.

Informações do Blog do Reinaldo Azevedo e do Blog do pastor Silas Daniel.

23 fevereiro 2012

EU PREFIRO SER UM DIZIMISTA...


Há algum tempo, alguns colegas postaram no FACEBOOK, a foto de um documento de um veículo, cujo valor é de 140 mil reais. O veículo, segundo eles, pertence à Igreja Universal do Reino de Deus. Abaixo da foto está uma frase irônica: “ESTA É A OBRA QUE O SEU DÍZIMO PAGA”. 

Eu tenho muitas divergências em relação à IURD. Acho que ela nem deveria ser considerada uma Igreja Evangélica, devido às doutrinas e práticas que expõe, como uso de sal grosso, galho de arruda, defesa do aborto, ênfase apenas no bem-estar material e financeiro, barganha com DEUS e pregação de milagres mediante contribuições à Igreja. São práticas que contrariam o ensino bíblico e o cristianismo histórico. Entretanto, com relação à prática do Dízimo, é uma recomendação bíblica. O Dízimo é uma expressão de gratidão a DEUS pela provisão e um compromisso com a divulgação do Evangelho.

Se, no entanto, a Igreja que recebe os dízimos, utiliza-o para outros fins, alheios à pregação do evangelho, servindo para enriquecimento dos seus líderes, é a DEUS que estão roubando. Certamente haverão de prestar contas com Ele, pois, Deus não se deixa escarnecer.

Ora, eu sou um dizimista há alguns anos e nunca me fez falta o dinheiro que contribuo na Igreja que faço parte. Ao contrário: Percebo a bênção de Deus a cada dia em minha vida. 

Conheci muitas pessoas que sempre foram contrárias ao dízimo, afirmando que não iriam dar dinheiro para a Igreja. No entanto, davam quantias muito mais vultosas, para adquirir produtos cujas propagandas afirmavam ser "uma boa idéia", "a número 1", "a que desce redondo", "o que desce macio e reanima", etc. O uso destes e outros produtos similares, lhes trouxeram danos irreparáveis ao fígado, ao coração, aos pulmões, etc. 

Alguns deles, devido ao uso desses produtos, perderam a família, amigos, empregos, etc. Outros vegetam nas sarjetas das grandes cidades, pois, perderam a família e a autoestima, preferindo se autodestruírem. Há ainda os que dão quantias diárias à SOUZA CRUZ, ou à PHILIP MORRIS (o nome é bem sugestivo), deixando às vezes de comprar pão para os seus filhos para comprar produtos que serão queimados e, como consequência, adquiriram câncer de pulmão, do estômago, da laringe, problemas do coração, infartos e derrames, impotência sexual, mau hálito e morte prematura.

Há ainda os que não dão dízimos, pois, segundo eles não são idiotas. Porém, estes mesmos, ajudaram Fernandinho Beira-mar, Pablo Escobar, Juan Carlos Abadia, Marcola, Nem da Rocinha e muitos outros do mesmo ramo, a comprarem mansões e carros muito mais luxuosos. Além disso, as figuras citadas acima mataram impiedosamente muitos jovens, policiais, juízes e muitos moradores de comunidades carentes.

DIANTE DO EXPOSTO, AINDA PREFIRO SER UM DIZIMISTA. ACHO MUITO MAIS PROVEITOSO.

Pb. Weliano Pires

21 fevereiro 2012

A Importância da Bíblia para dias atuais

Pr. Paulo Romeiro

A Palavra de Deus - viva, infalível, eterna - é totalmente fidedigna. É somente ela que deve nortear as decisões, que sacia a fome do coração e preenche as lacunas da alma. Ela revela quem é o Criador, quem é Satanás, exibe o plano de Deus para salvação dos perdidos e expõe os erros que vão surgindo, frutos dos pecados e imperfeições humanas.

Os fatos históricos demonstram que os relatos e os ensinos bíblicos são de origem divina. A Bíblia contém uma revelação divina. Não se trata de uma fé cega, calcada no subjetivismo. Trata-se de uma fé objetiva que pode ser analisada e explicada. A pessoa que abraça o cristianismo não precisa aposentar a cabeça. Ela deve continuar pensando e exercendo o seu senso crítico. A fé cristã, embora transcenda a razão, não é irracional. Ela faz sentido. Alguém até colocou isso muito bem na seguinte frase: "O meu coração não consegue se alegrar totalmente com aquilo que a minha mente não entende a contento".

Existem aqueles que afirmam não crer na Bíblia por que ela foi escrita por homens. Quando alguém me diz isso, pergunto logo: "E você, queria que ela tivesse sido escrita por um cavalo? Aí sim, não daria para crer". A Bíblia foi de fato escrita por homens, e o próprio apóstolo Pedro não negou isso ao escrever: "Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo" (II Pedro 1.20, 21).

UM LIVRO INCOMPARÁVEL

O que vem a seguir sãos algumas declarações que demonstram ser a Bíblia Sagrada um livro sem paralelo, diferente de todos que já foram escritos:

A Bíblia é o único livro no mundo que oferece provas objetivas de ser a Palavra de Deus. Somente a Bíblia fornece provas reais de ser divinamente inspirada.

A Bíblia é a única Escritura sagrada que oferece salvação eterna como um dom totalmente gratuito da graça e da misericórdia de Deus.

A Bíblia contem os mais elevados padrões morais dentre todos os livros.

Somente a Bíblia apresenta o mais realístico ponto de vista sobre a natureza humana, tem o poder de convencer as pessoas de seus pecados e a habilidade de transformar a natureza humana.

Somente a Bíblia oferece uma solução realística e permanente para o problema do mal e do pecado humano.

As características internas e históricas da Bíblia são excepcionais em sua unidade e consistência interna, apesar dela ter sido produzida por um período de mais de 1,500 anos, por mais de 40 autores diferentes, em três línguas, em três continentes, discutindo uma enorme quantidade de assuntos controvertidos, e ao mesmo tempo mantendo uma harmonia entre eles.

A Bíblia é o livro mais traduzido, mais comprado, mais memorizado e o mais perseguido em toda a história.

Somente a Bíblia tem resistido dois mil anos de intenso escrutínio pelos seus críticos, não apenas sobrevivendo aos ataques, mas prosperando e tendo a sua credibilidade fortalecida por tais críticas.

A Bíblia tem moldado a história das civilizações mais do que qualquer outro livro. A Bíblia tem tido mais influência no mundo do que qualquer outro livro.

Somente a Bíblia tem uma Pessoa específica (centrada em Cristo) como assunto em cada um de seus 66 livros, detalhando a vida dessa Pessoa através de profecias e tipos, por um período de 400 - 1,500 anos antes dela nascer.

Somente a Bíblia proclama a ressurreição de sua figura central (Jesus Cristo), provada na história. [1]

A IMPORTÂNCIA DA HERMENÊUTICA

O mundo vive cercado de um desenvolvimento tecnológico e científico sem precedentes na história da humanidade. E apesar de todos os avanços conseguidos até agora, o ser humano continua sendo um fracasso moral e espiritual desde o Éden. Por essa razão, a Bíblia Sagrada tem sido, e sempre vai ser, um livro indispensável.

Por se tratar de um livro de extrema importância, é preciso, ao mesmo tempo, interpretá-lo de acordo com as regras da hermenêutica, a ciência que estuda a interpretação de textos.

Assim, pode-se dizer que a Bíblia é como uma navalha. Com ela se faz a barba, mas com ela se corta também o pescoço... Depende da maneira como ela é usada. Quando os princípios da hermenêutica e da exegese bíblica são abandonados, os abusos, as manipulações e os ensinos controvertidos começam a se multiplicar ao redor da Palavra de Deus. A ética desaparece do ministério cristão e da vida dos adeptos do cristianismo. Infelizmente, a situação atual reflete bastante este abandono da fidelidade bíblica, gerando mau testemunhos, suspeita, heresias e transtorno para o progresso do evangelho. Parte disso será tratado, a partir de agora, neste artigo.

O leitor vai constatar que vários segmentos do evangelicalismo brasileiro abandonaram os princípios sólidos de interpretação bíblica, sucumbindo às pressões do marketing, do mercado e do capitalismo, em suas formas de atuar e de desenvolver o ministério cristão.

O QUADRO ATUAL

Uma das características de boa parte da Igreja Evangélica Brasileira é a sua avidez por novidades. Muitas igrejas hoje, ditas evangélicas, não se contentam mais com a sã doutrina pregada pelos apóstolos e pais da Igreja - mais tarde defendida pelos reformadores - e vivem numa busca constante de novidades e modismos doutrinários.

Uma das últimas novidades a invadir o arraial evangélico brasileiro chegou de Bogotá, na Colômbia. Idealizado por César Castellanos Dominguez, o G 12 (Grupo dos Doze) é um movimento que propõe o crescimento das igrejas através de células, com reuniões nas casas. Até aí, tudo bem! De fato, não existe nada de errado em dividir a igreja em células ou grupos familiares para reuniões nos lares ou outros locais. Muitos grupos ao redor do mundo tem feito isso e até com bons resultados. Pode dar certo para uma igreja, enquanto que para outras não. Depende das circunstâncias, do contexto geográfico, social ou de outros fatores.

Agora, o que preocupa em relação ao G 12 é o emprego de práticas e ensinos contrários a Palavra de Deus, tais como quebra de maldições hereditárias, cura interior, mapeamento espiritual e liberar perdão à Deus. O G 12 é ainda apresentado como o último avivamento de Deus na terra. É, de fato, muita pretensão!

Outra coisa curiosa é a facilidade com que muitos líderes têm de criar os locais sagrados de peregrinação. Enquanto o catolicismo romano conta com Aparecida do Norte, Lourdes, Fátima, o movimento da Nova Era com a Fundação Findhorn, na Escócia, o Instituto Esalen, na Califórnia, Machu Pichu, no Peru, muitos evangélicos partiram em caravanas para Toronto, no Canadá, em busca da gargalhada sagrada.

Outros foram em grupos para Pensacola, nos Estados Unidos, em busca de avivamento. E agora a febre virou-se para Bogotá, na Colômbia, em busca, segundo seus adeptos, da única fórmula capaz de fazer a igreja crescer aos milhões. Qual será a próxima onda?

A igreja evangélica, hoje, em sua grande maioria, é uma igreja mundana, que segue os mesmos padrões de mercado e competição do mundo secular. Há uma mudança da visão bíblica para a visão empresarial.

Antigamente, as qualidades valorizadas num líder cristão eram a sua vida de oração e ética, as suas habilidades e dons para interpretar e transmitir a Palavra de Deus, o seu convívio com as ovelhas, cuidando de suas feridas e levando as suas cargas.

Hoje, o líder bem sucedido deve ser um animador de auditório, um especialista em marketing, sempre apressado, vestido com roupas de grife, freqüentando os melhores restaurantes e vivendo em mansões, com uma agenda cheia, sem tempo para orar, meditar e conviver com as ovelhas. Aliás, há muitos líderes hoje que amam a multidão e odeiam os indivíduos. Eles gostam da massa, mas nunca têm tempo para as pessoas. Os tempos realmente mudaram!

Assim, as pressões do mercado levam os líderes e as igrejas a se tornarem extremamente criativos na tarefa de arregimentar seguidores. Estes já não são vistos como uma vida, uma alma pela qual Cristo morreu, mas como uma fonte de renda para encher os cofres de uma instituição que vai saciar a ganância e a luxúria de seus dirigentes. Surgem, assim, as sete sextas-feiras do poder, as sete quartas-feiras da prosperidade, os cultos de libertação, a reunião dos empresários, etc.

Outra coisa preocupante é o grande uso de símbolos, práticas e artefatos para pregar-se o evangelho. Há de tudo: tapete ungido, arruda, sal grosso, corredor do amor, vassoura de fogo, mirra para embelezamento do corpo, cair, soprar, sandália de fogo, uma série enorme de correntes (da prosperidade, libertação, saúde, do amor etc.).

Ora, o evangelho não foi feito para os olhos. O evangelho foi feito para o coração e para o intelecto, para a mente. Tanto que a fé cristã tem poucos símbolos. Ela tem os símbolos do batismo e da ceia. Não há preocupação com uma variedade de símbolos, pois o cristão adora a Deus em espírito e em verdade.

Isto quer dizer que o nosso serviço a Deus deve ser segundo a orientação do Espírito Santo em dentro dos parâmetros da Palavra de Deus, que é a verdade (Jo 17.17). Assim, uma grande necessidade do momento no mundo evangélico é uma volta ao fundamento firme da Palavra de Deus.

DE VOLTA À BÍBLIA

Quando o apóstolo Paulo chegou a Mileto, enviou um recado aos anciãos de Éfeso para que se encontrassem com ele, pois queria falar-lhes. O texto de Atos 20.17-38 revela vários aspectos do caráter de Paulo e algumas de suas prioridades ministeriais. O texto também fala de sua humildade, suas lágrimas e tentações na pregação do evangelho.

Paulo relata aos líderes de Éfeso que, nas suas viagens, ele nunca sabe o que lhe vai acontecer, senão aquilo que o Espírito Santo lhe revela, de cidade em cidade, dizendo que lhe esperam prisões e sofrimentos (v. 23).

Assim, pode-se perceber que não existe na vida do apóstolo a preocupação com o conforto, a busca do luxo ou de reconhecimento. Ele nem mesmo considera a sua vida importante. Para ele, o mais importante é cumprir a sua carreira e dar testemunho do evangelho (v.24). Por isso, Paulo nunca deixou de anunciar-lhes toda a vontade de Deus (v.27).

Em seguida, Paulo faz uma séria advertência: "Sei, que depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentre vocês mesmos levantar-se-ão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos para si. Por isso, vigiem! Lembrem-se de que, por três anos, jamais cessei de advertir a cada um de vocês, noite e dia, com lágrimas" (Atos 20.29-31).

Por um lado, vemos hoje o crescimento das seitas e a infiltração de heresias no seio da igreja evangélica com muita tristeza. Por outro lado, somos obrigados a reconhecer de que se trata de um cumprimento profético.

A Bíblia diz que isso iria acontecer. Ao escrever à Timóteo, Paulo declara: "O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios" (1Timóteo 4:1).

Na segunda vez que escreve a Timóteo, o apóstolo volta ao assunto. Mesmo sabendo que sua morte está próxima, a preocupação de Paulo ainda é com a sã doutrina. Observe suas palavras:

Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos por sua manifestação e por seu Reino, eu o exorto solenemente: pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo seus próprios desejos, juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. (2Timóteo 4.1-4).

Paulo não diz à Timóteo: pregue sonhos, visões, revelações ou experiências. Embora haja espaço para tudo isso na vida espiritual, a ênfase do apóstolo é na Palavra de Deus.

Não foi apenas Paulo quem se preocupou com a sã doutrina. O apóstolo Pedro também tratou do assunto na sua segunda carta, ao escrever:

Mas surgiram também profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos destes homens, e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. (2Pedro 2.1-2).

Talvez esteja aqui a resposta que muitos têm nos feito ao redor do Brasil. Por que os movimentos religiosos controvertidos e as igrejas evangélicas que abrem suas portas para ventos de doutrinas crescem tanto? A resposta é: por que é bíblico. A Bíblia disse que muitos seguiriam os seus falsos ensinos. Muitos, hoje, querem dar validade bíblica a um determinado movimento por causa do seu crescimento.

Ora, o crescimento numérico não é um critério válido para definir se algo é de Deus ou não. Se assim fosse, como ficaria o dilúvio, quando a maioria estava fora da arca e apenas uma minoria dentro dela? Se a quantidade fosse um critério válido, teríamos então que admitir que o Islamismo é a única verdade de Deus na terra, pois não há grupo maior ou que cressa mais.


Multidões de Muçulmanos em Meca

O argumento da quantidade é muito usado pelos líderes do G-12. Ora, se juntássemos todas as igrejas do G-12, o movimento não seria maior do que a Igreja Mórmon. Logo, quantidade não pode ser a evidência de que Deus esteja aprovando algum movimento.

Como é bom constatar que os líderes de Éfeso levaram a sério as palavras de Paulo em Mileto. Quando lemos a carta à Igreja de Éfeso, no Apocalipse, vamos encontrar a seguinte declaração do Senhor:

Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos mas não são e descobriu que eles eram impostores. Você tem perseverado e suportado sofrimentos por cauda do meu nome e não tem desfalecido. (Apocalipse 2.2, 3).

Diante dos textos mencionados aqui e ao olhar o cenário evangélico brasileiro hoje, nada se torna mais importante para igreja evangélica do que uma volta à Palavra de Deus.

A Igreja no Brasil precisa, urgentemente, voltar a pregar o evangelho da salvação e não da solução. A enfatizar os tesouros eternos e não o sucesso presente.

Lamentavelmente, há igrejas, hoje, mais interessadas em fabricar milionários do que em transformar pecadores em santos. Infelizmente, em muitos púlpitos evangélicos, Satanás já levou a melhor. Que Deus tenha misericórdia de nós!

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[1] Essas declarações foram extraídas da Encyclopedia of Cults and New Religions (Enciclopédia de Seitas e Novas Religiões), de John Ankerberg e John Weldon, Harvest House Publishers, Eugene, Oregon, EUA, 1999, pp. 670 - 671.


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06 fevereiro 2012

CLASSE MÉDIA SEM DEIXAR DE SER POBRE

Todo inverno é a mesma história: os alquimistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e os acrobatas da Fundação Getúlio Vargas, a FGV, aquecem o governo a que se subordinam com mágicas numéricas que ampliam a extraordinária coleção de espantos produzidos pela Era Lula. Nesta semana, por exemplo, (em Julho /2009) o IPEA descobriu que, apesar da crise mundial, a classe média brasileira ficou só 1% menor. Uma marolinha.

Rogério precisa saber que continua onde nunca esteve, lembrei. Em 6 de agosto de 2008, contei-lhe a grande notícia do inverno passado: em companhia de outros 4 milhões de brasileiros, acabara de subir de categoria social. “Você agora é da classe média”, comuniquei ao paulistano João Rogério de Sousa Alves, 36 anos, casado há 15, motorista de táxi há 13, que mora com a mulher e duas filhas no bairro de Cachoeira, um amontoado de construções tristonhas na periferia profunda de São Paulo.

A rua é asfaltada e o serviço de água funciona razoavelmente, mas a rede de saneamento básico ainda não chegou lá. Como os vizinhos, os Alves jogam detritos e dejetos no leito de um córrego que os despeja no Rio Tietê. A casa, alugada por R$ 300 mensais, tem dois cômodos de 12 metros quadrados cada um. Um serve de cozinha, sala de visitas, sala de jantar e copa. O outro é o quarto, dividido ao meio por um lençol ali pendurado para proteger a privacidade inexistente: do outro lado da cortina improvisada ficam as camas das filhas e a TV comprada em janeiro de 2006 por R$ 800, fatiados em 12 prestações.

Acorda às 5h, busca o carro na garagem da frota de táxis, estaciona antes das 6h numa esquina na região dos Jardins, trabalha 16 horas por dia e vai dormir perto da meia-noite. Folga aos domingos se juntou o necessário durante a semana. Não tira férias há mais de 10 anos. “Não tenho esses luxos”, resume. ”Vivo uma vida de pobre”. Ganha por mês cerca de R$ 1.800, que se somam aos R$ 400 que a mulher consegue como diarista. A renda familiar, portanto, ultrapassa os R$ 1,064 que, por decisão do IPEA, riscam a fronteira onde acaba a classe pobre e começa a classe média.

“Quem ganha mais que mil e sessenta e quatro reais mudou de classe”, insisti. Ele achou estranho ter subido na vida sem mudar de vida. Só é pobre quem ganha entre R$ 207 e R$ 1.063, expliquei. ”Como é que posso ser da classe média se não tenho como fazer o que faz a classe média?”, intrigou-se. E como acha que é a vida na categoria a que foi subitamente promovido pelo governo?

A classe média vai ao cinema ou ao teatro uma vez por semana, exemplificou. Rogério não vai ao cinema há 15 anos e nunca foi ao teatro. “Vontade eu tenho, o que não tenho é dinheiro”, resignou-se. Ficou quieto alguns minutos. No fim da corrida, revelou que estava pensando em fazer um teste. ”É fácil descobrir se deixei mesmo de ser pobre”, sorriu. ”Vou tentar subir pelo elevador social pela primeira vez”.

Ficou sabendo hoje que a classe média continua do mesmo tamanho. Ele permanece, portanto, onde o IPEA decidiu que está há quase um ano. Perguntei-lhe se fez o teste. João Rogério de Sousa Alves contou que a classe média das estatísticas continua subindo pelo elevador de serviço.

TEXTO DO JORNALISTA AUGUSTO NUNES

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/a-classe-media-inventada-pelos-alquimistas-federais-continua-a-subir-pelo-elevador-de-servico/

30 janeiro 2012

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O PASTOR SILAS MALAFAIA E A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE (CIRO SANCHES ZIBORDI)

Respeito o pastor Silas Malafaia. Gosto de suas argumentações sobre a defesa da vida e dos valores morais esposados na Palavra de Deus. Considero Malafaia uma pessoa preparada para representar os evangélicos em audiências públicas a respeito do PLC 122, do aborto, etc. Tenho também amigos na igreja pastoreada por ele: a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, na Penha-RJ.


Foi por isso que sempre evitei citar o nome de Malafaia, neste blog. Mas tenho uma palavra para ele e acredito que não ficará indignado contra mim, haja vista ser a minha mensagem bíblica e respeitosa.


Recentemente, Silas Malafaia concedeu uma entrevista à revista Igreja (novembro de 2011) e deu uma resposta que o tornou repreensível, à luz da Palavra de Deus. Peço a todos que admiram esse renomado pastor que não vejam este artigo como um ataque pessoal. Atentem para as referências bíblicas que vou citar e as considerem como palavras inspiradas do Senhor que se aplicam a todos que o servem.


“O senhor está sendo duramente criticado pelo setor mais conservador da igreja por causa da teologia da prosperidade pregada por alguns convidados de seu programa, como Morris Cerrullo e Mike Murdock. Como o senhor responde a estas criticas de que a teologia da prosperidade não tem base bíblica e é uma heresia?” — perguntou o entrevistador, da revista Igreja.


Antes de discorrer sobre a resposta de Malafaia, é importante corrigir duas coisas na pergunta acima. Primeira: não é somente o setor mais conservador da igreja que critica Malafaia por causa da teologia da prosperidade. Não se trata de extremistas combatendo extremistas. Na verdade, todos os cristãos equilibrados, que têm a Bíblia como a sua fonte primária de autoridade, são contrários à falaciosa teologia da prosperidade. Outra correção: tal heresia não tem sido pregada apenas por Morris Cerrulo e Mike Murdock. O próprio entrevistado é um dos seus propagadores.


Vamos à resposta do pastor Malafaia: “Primeiro quem fala isto é um idiota! Desculpe a expressão, mas comigo não tem colher de chá! Por que quando é membro eu quebro um galho, mas pastor não: é um idiota. Deveria até mesmo entregar a credencial e voltar a ser membro e aprender. Para começar não sabe nada de teologia, muito menos de prosperidade. Existe uma confusão e um radicalismo, e todo radicalismo não presta”.


Quem acompanha as mensagens de Silas Malafaia, sabe que ele tem estilo próprio. Ele não escolhe muito as palavras. Mas tudo tem limite. Aliás, nosso limite está na Palavra de Deus. E o que está escrito em 1 Pedro 3.15? “Antes santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”.


Eu não sou perfeito. Silas Malafaia não é perfeito. Nenhum de nós é perfeito. Mas somos todos servos do Senhor. Qual é a recomendação do Senhor aos seus servos, em sua Palavra? Em 2 Timóteo 2.24,25 está escrito: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem”.


Que mansidão e temor vemos em xingamentos a pastores? Alguém dirá: “O Silas é assim mesmo. É o jeito dele. Eu o conheço há muito tempo”. Reconheço que cada um tem uma personalidade. Mas, para que existe o fruto do Espírito? Para moldar o nosso caráter e mudar o nosso interior, a fim de que sejamos astros nesse mundo tenebroso (Mt 5.13-16; Fp 2.14,15) e demonstremos a todos que temos amor, humildade, verdade, alegria, paz, longanimidade, justiça, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio, etc. (Gl 5.22; Ef 5.9; 1 Pe 5.5).


“Há casos em que é preciso botar pra quebrar. Não dou colher de chá para pastores” — Malafaia poderá argumentar. Concordo, em parte. Jesus, o nosso paradigma (1 Jo 2.6; 1 Co 11.1; 1 Pe 2.21), realmente foi firme, quando necessário. Chamou os fariseus de hipócritas e condutores cegos (Mt 23) e Herodes de raposa (Lc 13.32), bem como verberou contra os maus pastores de algumas igrejas da Ásia (Ap 2-3). Entretanto, Malafaia precisa reconhecer — não para concordar comigo — que a sua crítica e o seu xingamento aos oponentes da teologia da prosperidade têm sido generalizantes.


Muitos homens de Deus respeitadíssimos se opõem à teologia da prosperidade e ao pensamento mercantilista de Mike Murdock e Morris Cerullo. São todos eles idiotas que precisam entregar a credencial? O próprio Silas Malafaia, durante muitos anos, foi um ferrenho oponente da teologia da prosperidade. Há, inclusive, vídeos no YouTube que apresentam sua verberação contra essa heresia. Mas ele não entregou a sua credencial de pastor nem voltou a ser membro para aprender. Pelo que tudo indica, a sua mudança de crítico da aludida heresia para propagador dela ocorreu por influência do telemilionário Murdock e outros.


Concordo que todo o extremismo é perigoso, como disse Silas. Não é porque sou contrário à teologia da prosperidade que serei, por causa disso, favorável à teologia da miséria. Afinal, a Bíblia diz que devemos nos contentar com o que temos, e não nos conformar com o que temos (Fp 4.11-13; 1 Tm 6.8-10). Conformar-se é uma coisa. Contentar-se, outra. Posso estar contente com um carro velho, pois o contentamento vem do Senhor. Mas não preciso me conformar com isso, pois Deus pode me dar um carro melhor.


Por outro lado, é evidente que a teologia da prosperidade é uma aberração, à luz da Bíblia. Por quê? Porque ela é reducionista e prioriza a prosperidade material. Ela faz com que toda a mensagem da Bíblia gire em torno de conquista de dinheiro, bens, riquezas. E induz o crente a supervalorizar as coisas desta vida terrena e passageira, em detrimento das “coisas que são de cima” (Cl 3.1,2; 1 Co 15.57).


Sinceramente, penso que o pastor Silas Malafaia é um grande comunicador, uma pessoa muito influente. Gostaria muito que ele fosse mais equilibrado, coerente e adotasse uma conduta em tudo pautada nas Escrituras. Lamento — lamento muito mesmo — por ele ter abraçado a teologia da prosperidade e por usar impropérios contra quem se lhe opõe. Se usasse os dons que Deus lhe deu e o seu carisma para pregar o Evangelho de maneira contundente, com verdade (Jr 23.28), seria muito mais respeitado por cristãos e não-cristãos.


Com temor e tremor,


Ciro Sanches Zibordi


(Fonte: Blog do Ciro)

O PT, que dá a oposição como liquidada, estuda agora um futuro confronto com os evangélicos

O fato mais importante da semana passada se deu na sexta-feira, em Porto Alegre. Seu protagonista é Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e olhos, ouvidos e mão — pesada! — de Luiz Inácio Lula da Silva no governo. Carvalho é o homem que guarda os arcanos petistas, os seus segredos, os seus porões. Depois do Babalorixá de Banânia, é quem mais conhece o partido. Transita em todas as esferas, especialmente no mundo sindical — e o sindicalismo nunca foi para pessoas de estômago fraco. O de Carvalho é de avestruz. Não por acaso, ele foi o principal articulador do PT nos eventos pós-morte de Celso Daniel. Foi quem organizou a reação do partido e determinou o papel que cada um deveria desempenhar. Tinha sido braço-direito do prefeito. Segundo irmãos de Celso, confessou-lhes que levava malas de dinheiro do esquema de corrupção de Santo André para o PT — no caso, para José Dirceu. Ambos negam, é evidente. Mas volto.

O evento mais importante foi a palestra de Carvalho a militantes de esquerda no Fórum Social de Porto Alegre. É aquele evento que contou, na sua fase palaciana, com a presença do terrorista e assassino Cesare Battisti, a quem os petistas deram guarida. Para Carvalho, no entanto, “terrorista” é a polícia de São Paulo… Esse foi o trecho politicamente mais delinqüente de sua fala, mas não foi o principal.

Depois de confessar que o governo quer criar uma mídia estatal para a chamada “classe C” — que, segundo Carvalho, não poderia ficar à mercê da mídia conservadora —, ele avançou: é preciso fazer uma disputa ideológica com os líderes evangélicos pelos setores emergentes!

Uau! Não pensem que isso é feito assim, na louca, sem teoria — nem que seja uma teoria aprendida, não exatamente lida. Esse pensamento de Carvalho tem história.

Os petistas, embora não o digam em público, consideram que a oposição está liquidada. Conversei dia desses com um intelectual petista que se mostrava, até ele, escandalizado com a incapacidade da oposição de articular o discurso conservador para se opor ao suposto “progressismo” do PT. Ele também estranhava o que vivo estranhando aqui: será o Brasil a única democracia do mundo com medo dos eleitores que estão mais à direita no espectro político? Pelo visto, sim! Lá na suas tertúlias, os petistas chegam a zombar dessa covardia.

Notem, a propósito, que os únicos momentos em que demonstram realmente alguma aflição e põem as suas hordas na rua é quando temem que a população adira ao discurso da ordem: então mobilizam seus bate-paus para confrontos com a polícia. Assim, podem sair gritando: “Fascistas!” Se e quando a oposição souber falar essa linguagem de modo eficiente e moderno, o PT pode ter problemas. Mas a aposta dos companheiros é que isso não vai acontecer. Tucanos, por exemplo, são reféns de sua “ilustração”.

A outra força
A força que o partido teme é justamente a religiosa. E, no caso, não é a Igreja Católica que os preocupa. Embora tenha cooptado o PRB — o partido da Igreja Universal do Reino de Deus, do auto-intitulado “bispo” Edir Macedo, dono da Record —, o PT sabe tratar-se de uma vistosa, mas pequena parte dos evangélicos. Seguindo os passos da teoria gramsciana, o “partido” tem de se consolidar como um “imperativo categórico”, de modo que toda ação concorra para fortalecê-lo. Mesmo os movimentos de crítica e reação hão de estar subordinados a este ente. Haver organismos, entidades, grupos ou religiões que cultivem valores fora do abrigo do partido é inaceitável.

Os “pensadores” do PT querem começar a criar as condições para limitar ou anular a influência das igrejas evangélicas especialmente nas questões relativas a costumes. O projeto petista se consolida é com a completa laicização da sociedade, sem espaço para a moral privada ou de grupo. Teses como descriminação do aborto, legalização das drogas, união civil de homossexuais, proselitismo sexual nas escolas (nego-me a chamar de “educação” o tal kit gay, por exemplo) tendem a encontrar resistência. E as vozes que lideram essa resistência costumam ser justamente as dos evangélicos. Setores da Igreja Católica também reagem, sim, mas sabemos que a Santa Madre está infestada de esquerdistas de batina (ou melhor: sem batina!).

Ora, conjuguemos as duas propostas de Carvalho, feitas no Fórum Social: ele quer o estado produzindo “informação” para a classe C justamente para disputar almas com os evangélicos. O PT chegou à fase em que acredita que pode também ser “igreja” — e seu “deus”, como se sabe, é o Apedeuta… Os petistas ainda não engoliram o recuo que tiveram de fazer em 2010, no debate sobre o aborto, por causa da pressão dos cristãos.

Os cristãos evangélicos entraram no alvo de médio prazo do PT. Cuidem-se ou serão também engolidos.

Por Reinaldo Azevedo
Revista VEJA - www.veja.com.br/reinaldoazevedo

26 janeiro 2012

Nota Oficial PSDB - Caso Pinheirinho

É deplorável a intromissão do governo federal, através do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, no processo de reintegração de posse da área invadida do Pinheirinho, em São José dos Campos. Ao politizar um assunto que se transformou em drama que sensibiliza a todos nós, mas sobre o qual nunca procurou encontrar uma solução, o ministro ignorou o princípio da separação entre os poderes e
a autonomia dos entes federativos.
Mais: ao dizer que o “método” do governo federal não é esse, sugeriu à nação que não se acatem decisões judiciais. Fato grave quando a atitude vem de um ministro que tem a obrigação de zelar pela Constituição.


O método do ministro e de seu governo é conhecido. O cumprimento da decisão judicial fez com que o PT movimentasse todos seus tentáculos políticos e sua máquina de desinformação, com o intuito de atingir três metas: culpar o Governo do Estado pelo fato, caracterizar como de extrema violência a intervenção policial no local e se apresentar como paladino da justiça social, fazendo falsas promessas e criando expectativas irreais para os moradores do local.


Criaram, o ministro e seu partido, nos moradores do Pinheirinho, uma falsa expectativa, nunca concretizada, de resolver a questão. Ao invés de fazer proselitismo político, o Governo Federal poderia ter publicado decreto de desapropriação da área, mas não o fez.


É temerário que, mal se tenha iniciado o processo eleitoral deste ano, o PT já disponha de uma fábrica tão ampla de mentiras. Pior ainda é ver esse projeto de poder ser traçado às custas da ordem democrática e do sofrimento de pessoas que os petistas, hipocritamente, fingem confortar.


O governo de São Paulo agiu em cumprimento de determinação do Judiciário, e a operação foi comandada diretamente pela Presidência do Tribunal de Justiça paulista. Enquanto o governo federal só agride, o governo paulista e a prefeitura do município providenciam a ajuda necessária para minorar o sofrimento das famílias desalojadas.


Brasília, 24 de Janeiro de 2012
ALBERTO GOLDMAN
Presidente Interino
Comissão Executiva Nacional

O PADRÃO DE CONDUTA NA CAMINHADA CRISTÃ

(Comentário do 1º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No primeiro tópico, falaremos do padrão de conduta d...