18 fevereiro 2013

Crescimento da Igreja, mas, a que preço?

A maioria das Igrejas Evangélicas da atualidade tem adotado a 'numerolatria' (idolatria dos números) com relação ao crescimento da Igreja. É claro que é importantíssimo a Igreja crescer. É maravilhoso, ver pessoas vindo à Igreja e aceitando a Fé Cristã. Mas, esse crescimento não pode ser a qualquer custo.

Há uma filosofia no mundo atual chamada pragmatismo. A característica principal desse pensamento é: Isso funciona? Se funciona, vamos adotar. No mundo dos negócios, o marketing adotou isso. “O cliente sempre tem razão”, dizem. Os empresários fazem pesquisas, para descobrirem o que o consumidor quer e, a partir daí, desenvolvem os seus produtos. Se o produto é bem aceito, então vamos produzir. Não se pergunta: Isso é correto? Mas, pergunta-se: Isso funciona? Será aceito?

Infelizmente, muitas Igrejas adotaram essa filosofia. O evangelho que se prega está baseado na aceitação popular. O povo deu glória? Então vamos pregar isso. A Igreja está crescendo? Então o pastor é bom. Aconteceu algo sobrenatural? Então vamos continuar.

A Igreja é de Deus e deve ser medida pela Palavra de Deus. O crescimento deve está condicionado à Verdade Bíblica. As perguntas que devemos fazer são as seguintes: O que estou pregando tem base bíblica? Então vou continuar. Aconteceram milagres? Sim. Mas, foi de acordo com a Bíblia? Não. Então tenho que rejeitar! Apareceu um anjo. Mas, falou contrário à Bíblia? Seja ANÁTEMA! O povo aceitou a minha pregação? Não. Mas, vou continuar mesmo assim, pois, não estou aqui para agradar a homens. Era assim que os apóstolos agiam.

(Texto baseado em uma mensagem que ouvi do Reverendo Hernandes Dias Lopes)

Os erros doutrinários da teologia da prosperidade.

Introdução


O ‘movimento de fé’, ‘confissão positiva’ ou ‘teologia da prosperidade’, como é mais conhecido, é um movimento extremamente pernicioso e falacioso, que distorce as Sagradas Escrituras, prometendo para as pessoas, coisas que a Bíblia nunca prometeu e, consequentemente levando-as à decepção. Infelizmente, este movimento tem ganhado cada vez mais espaço no meio evangélico, por pessoas bem intencionadas, mas, ingênuas e por espertalhões, que vêem nisso uma oportunidade de arrancar dinheiro dos incautos.

O movimento teve origem com Essek William Kenyon, um pastor dos EUA. Kenyon se converteu aos 17 anos, em uma Igreja Metodista. Depois de alguns anos, afastou-se da Igreja, tornando-se agnóstico. Após casar-se, passou a congregar em uma Igreja Batista, sendo ordenado pastor em 1894. Depois, teve programas de televisão e atuou como evangelista itinerante. Ao estudar na Faculdade Emerson de Oratória, deparou-se com o novo pensamento do hipnotizador e curandeiro, Finéias Park Hust Quimby (1806-1866), um conhecido guru da seita Ciência da Mente ou Ciência Cristã, que fora fundada por Mary Baker Eddy. Kenyon foi profundamente influenciado por esses ensinos, que negam a existência do pecado e das doenças.

As idéias de Kenyon foram abraçadas e divulgadas pelo pastor americano Keneth Hagin, o qual nasceu com problemas do coração, ficando inválido por quinze anos. Após ser curado pelo Senhor, passou a afirmar que o crente não pode ficar doente.

No Brasil, o movimento teve início com as chamadas Igrejas Neopentecostais, no início da década de 70. Os principais expositores dessas doutrinas foram Edir Macedo e R. R. Soares. Entretanto, há muitas outras Igrejas pentecostais e neopentecostais que seguem essas doutrinas.

 

Vejamos os principais ensinos desse movimento e a respectiva refutação bíblica:

1) O Crente não pode ser pobre. Keneth Hagin afirmava que Jesus era ‘milionário’ e que nós, como ‘filhos de Deus’ não podemos ser pobres.

A Bíblia ensina o contrário. Vejamos: “Jesus respondeu: "As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça". (Lucas 9.58); “Por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso, satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois, o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.” (I Tm 6.8-10).

 

2) O Crente não pode ficar doente. Segundo os teólogos da prosperidade, Jesus já ‘levou’ todas as nossas enfermidades, baseando-se em Isaías 53.4. Afirmam que toda doença provém do diabo e quem está doente não tem fé ou está em pecado.

A Bíblia e a história mostram muitos homens de Deus que adoeceram. Vejamos:

a) Timóteo: “Não continue a beber somente água; tome também um pouco de vinho, por causa do seu estômago e das suas frequentes enfermidades.” (I Tm 5.23);

b) Paulo: “como sabem, foi por causa de uma doença que lhes preguei o evangelho pela primeira vez. (Gálatas 4.13).

 

3) O crente não deve ‘pedir’, deve ‘determinar ’. De forma arrogante, o movimento afirma que o crente deve dar ordens a Deus, ‘determinar’, ‘exigir’ e ‘não aceitar’ o sofrimento e as doenças.

A Bíblia ensina que nós devemos pedir “Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. (Mt 7.7); Suplicar: “com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos.” Pedir segundo a vontade de Deus: “E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5.14)

 

4) Orar mais de uma vez por uma causa ‘é falta de fé’, pois, ‘Deus não rejeita’ nenhuma oração dos crentes. Afirmam que o crente deve orar por um problema uma única vez e ‘ordenar’ que seja resolvido.

A Bíblia afirma que Daniel orou vinte e um dias por uma causa. (Dn 10.2-4); Moisés orou a Deus por três vezes, pedindo para entrar na terra prometida e Deus lhe disse: “Não me fale mais nesse assunto!”; Jesus orou três vezes no Getsêmani, pedindo a mesma coisa. (Mt. 26.44); Paulo orou para que o Senhor lhe retirasse o espinho da carne e recebeu 'não' como resposta.

 

5) As nossas palavras tem poder. Segundo este movimento, a palavra do crente ‘tem poder” e tudo o que declararmos de bem ou de mal, se cumpre.

Mais uma vez eles inventam. Isso é antropocentrismo (o homem como o centro de tudo). As nossas palavras não têm poder algum. Quem tem poder é a Palavra de Deus. “Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz, assim a maldição sem motivo justo, não pega.” (Pv 26.2/NVI). As nossas palavras têm influência, mas não possuem poder sobre a vida de ninguém. Elas podem gerar consequências, se alguém nelas acreditar e viver em função do que foi dito. Se alguém me amaldiçoar, de nada valerá, pois, Deus já me abençoou. Balaão tentou amaldiçoar Israel. Deus ordenou que ele os abençoasse. Porém, ele aconselhou a Balaque para que colocasse o pecado diante de Israel, para que eles tropeçassem. Portanto quem amaldiçoa o homem é o pecado e não as palavras que alguém pronuncia.


Conclusão 

Nós somos servos de Deus. Ele é Senhor e faz tudo o que Ele quiser. O crente não pode jamais ordenar que Deus ou os anjos façam coisa alguma. Recentemente, ouvi um herege desses afirmando que ‘profetizou’ que na rua dele, todos seriam salvos. Ora, em lugar algum da Bíblia encontramos isso! Jesus nos mandou pregar o Evangelho e não ‘profetizar’ que alguém será salvo, como se fosse uma mágica. E, ele nunca disse que todos seriam salvos. Se você foi amaldiçoado por alguém no passado e aceitou a Cristo como Salvador, não se preocupe, pois, toda maldição foi quebrada na Cruz! “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas, segundo o Espírito. “ (Rm. 8.1). 


Deus te abençoe,

 

Pb. Weliano Pires

Caráter e reputação.


Há uma grande diferença entre caráter e reputação. Ambos são importantes na vida do crente, principalmente dos obreiros. O caráter é aquilo que Deus sabe que eu sou. A reputação é aquilo que as pessoas pensam que eu sou. O meu caráter não pode ser destruído pelas pessoas. Aquilo que eu sou, Deus sabe, independente do que pensam a meu respeito. O contrário também é verdadeiro. Mesmo que falem bem de mim, se eu não tiver um bom caráter, Deus saberá.

A reputação também é importante. Entretanto, ela pode ser destruída pelas pessoas. Um certo estadista (não me recordo quem) disse certa vez que não basta ser honesto, tem que parecer honesto. Já ouvi crentes falando que não estão nem aí, para o que as pessoas pensam a seu respeito. Mas, não deve ser assim, pois, a nossa reputação pode interferir na fé de outras pessoas. Por exemplo, se eu sou um obreiro e não tenho uma boa reputação, isso pode evitar que as pessoas venham à Igreja onde congrego. O apóstolo Paulo disse a Timóteo que ele deveria ser 'exemplo para os fiéis".

É por isso que busco ter um caráter irrepreensível diante de Deus e uma boa reputação entre as pessoas. Quando atingem a minha reputação sinto-me na obrigação de esclarecer, para não escandalizar o Evangelho.

Pb. Weliano Pires

A DESCRIÇÃO DO CÉU SEGUNDO O LIVRO DO APOCALIPSE

(comentário do 2º tópico da Lição 03: O Céu - o destino do cristão) . Ev. WELIANO PIRES No segundo tópico, falaremos da descrição do Céu con...